Tudo indica não passar desta semana a divulgação da lista da Odebretcht, elaborada a partir da delação premiada de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira. Serão perto de 100 parlamentares e políticos envolvidos nos esquemas de corrupção do tipo recebimento de propina, doação de dinheiro irregular, negociação de projetos de lei e medidas provisórias e outras ilegalidades.
Na dependência da aceitação das denúncias, do comportamento do Ministério Público, das investigações da Polícia Federal e da abertura de processos pelo Supremo Tribunal Federal, estarão em perigo os mandatos de muitos deputados e senadores. Coisa para um tempo razoável, mas capaz de interromper a carreira política de muita gente.
Prevê-se que alguns serão condenados a penas de cadeia, outros perderão os direitos políticos e boa parte desistirá de candidatar-se em 2018. Excelente chance para a renovação, ainda que persista a dúvida: os que virão serão melhores ou piores do que se forem? Fica o vaticínio do dr. Ulysses Guimarães, de que “pior do que o atual, só o futuro Congresso”. Estrelas de primeira grandeza deverão apagar-se, tornando-se crueldade alinhar especulações que já passeiam pelos corredores do Legislativo, pois nem todas poderão materializar-se.
De qualquer forma, na maioria dos partidos se verificará a ascensão de novas figuras, que só o futuro revelará a densidade. Até de hoje prováveis aspirantes à candidatura presidencial se especula sobre a possibilidade de não passarem incólumes ao tsunami que se aproxima. Discriminar legendas será inútil, todas deverão ser atingidas.
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