Gerente da unidade de Manoel Urbano diz que medida visa corte de gastos.
Servidora também alega falta de pagamento de horas extras a plantonistas.
Servidora
reclama de corte de café da manhã servido aos plantonistas e alega
falta de pagamento de hora extra (Foto: Vanderferson Coelho/ VC no G1 )
Uma servidora da Unidade Mista de Saúde de Manoel Urbano,
interior do Acre, reclama que há alguns meses a administração do local
cortou o café da manhã que era servido aos plantonistas alegando cortes
de gastos. A mulher, que não quis se identificar, alega que os
funcionários precisam sair para comprar alimentos em outro local ou
levar de casa."Ficamos com fome e a comida servida no jantar é horrível e servida fria. Não existe respeito com os servidores. Tememos que o almoço e jantar também sejam cortados. Essa situação para quem trabalha o dia inteiro é muito complicada, a pessoa acaba ficando doente", reclama a servidora.
A gerente alega crise e ressalta a necessidade de contenção de gastos. "Oferecemos o café até enquanto pudemos. Infelizmente não temos de onde tirar dinheiro para custear a refeição. O café era servido às 8h, mas entendemos que o servidor que entra às 7h já tomou café em casa", diz.
Horas extras
A servidora reclama também que na escala os plantonistas ficam de serviço no hospital e ao mesmo tempo no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e que não estariam recebendo horas extras. Ela conta ainda, que uma ambulância já quebrou após ser solicitada para ajudar no atendimento em outro município, mas os funcionários tiveram que pagar a passagem de ônibus para poder voltar para casa.
"Sou plantonista da unidade, mas fico a serviço do Samu também e não recebo um adicional de periculosidade. Se vamos no Samu para atendimento em Rio Branco, por exemplo, e passamos do nosso horário nós não recebemos nada. Eles não se importam conosco e a situação fica cada vez pior", lamenta.
Socorro nega as acusações e explica que não possuem uma unidade do Samu implantada no município, apenas uma viatura. Dessa forma, segundo ela, o técnico em enfermagem de plantão deve acompanhar a ambulância em casos de emergência. No caso de veículos quebrados, ela diz desconhecer a situação e informou que nesses casos seria solicitado o guincho.
Quanto as horas extras, Socorro alega que não o benefício não existe no regime de plantão adotado. Segundo ela, o servidores possuem conhecimento dessa medida e sabem que devem acompanhar os pacientes em situações emergenciais mesmo que passem do horário.
"Isso não existe. O que acontece é o seguinte, se o Samu daqui pifar, Sena Madureira fica nos dando suporte, caso o município também não tenha uma viatura é enviada de Rio Branco. Não há oficina autorizada a consertar as ambulâncias em Manoel Urbano e nesses casos seria chamado o guincho. Em escala não se paga hora extra, o plantonista sabe que as emergências fazem parte do trabalho dele e precisamos nos manter com o que temos", finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário