O ex-presidente FHC, um dos maiores empatas do processo de impeachment, fez novamente um apelo para que PT e PSDB deixem as diferenças de lado para brecar o avanço conservador no Brasil.
Sobre o passado terrorista de Dilma, contemporizou: “Se
a guerrilheira do passado não era tão democrática como afirma, isso não
apaga a nobreza de sua resistência ao arbítrio e à tortura.”
Para um sociólogo
como FHC, as definições e distorções para tratar a direita e suas
bandeiras no artigo deveriam ser inaceitáveis. Já para um político, que
tem seu Instituto financiado por Soros e quer a esquerda hegemônica nos
rumos do país, tudo se revela.
Disse o ex-presidente, grifos nossos:
“O atual amálgama dos
ultraconservadores em matéria comportamental com os oportunistas,
clientelistas etc., forma o que eu denomino de “o atraso”. Meu governo e
o de Lula, no início, ainda foram capazes de dar rumo ao país, o que
forçou o atraso a jogar como coadjuvante. Mais recentemente, entretanto,
houve uma inversão: o atraso passou a comandar as ações políticas,
tendo Eduardo Cunha como figura exponencial. (…)
Teremos capacidade, coragem e
iniciativa para rever posturas, caminhos e alianças? Terá o PT
disposição para uma verdadeira reconstrução e para o diálogo não
hegemônico? E os demais partidos, inclusive e principalmente o PSDB,
serão capazes de aglutinar a maioria, apesar de inevitáveis
divergências?“
O ex-presidente já tinha comentado sobre o avanço da direita em artigo para o El País Brasil:
“é preciso entender que a agenda do
atraso, preconizada por setores fundamentalistas, que se opõem aos
direitos sociais e às políticas de identidade (de gênero, cor,
comportamento sexual etc.) e equalizadoras (as cotas, as bolsas e etc.) é
tão perniciosa quanto a paixão pela hegemonia voluntarista.”
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