domingo, 26 de junho de 2016

Temos saudades do Maracanã. O povo brasileiro é solidário, mas não é bobo.


Ofelia Alvarenga
A situação é absurda, mesmo. Vi no Facebook, minha cunhada mostrou a notícia dessa doação de feijão brasileiro a Cuba, enquanto o vídeo de um supermercado não me lembro onde, aqui no Brasil, botou o feijão a R$5 o quilo, e foi uma correria só. Concordo plenamente com o comentarista Francisco Vieira. É muito fácil usar o chapéu alheio. E sem consentimento. Acho que o Brasil poderia ajudar Cuba, sim, mas não do jeito que o PT fez. Tirar daqui pra dar ali.
Lembram da Aliança para o Progresso, com os EUA? Pois é. Os americanos nunca deram mais do que podiam dar.
Às vezes fico muito revoltada com esse circo que o PT ofereceu ao povo. Tanto estádios com gente loura, não se via um negro, parecia até transmissão sueca. Claro. Cadê o $ para pagar o ingresso? O povo não tinha.
SAUDADES DO MARACANÃ – Democrático era o Maracanã de antigamente. Assisti às eliminatórias da Copa de 70 na chamada “geral”. Compramos “arquibancada”, mas não conseguimos entrar. Meu pai, como sempre, chegou em cima da hora e os PMs a cavalo assustavam todos nós.
Fomos para a “geral”, eu, meu pai e minha mãe. Meu irmão não foi. E eu ainda era noiva do marido, que trabalhava em outro Estado.
Aquele Maracanã era democrático. Duvido que consigamos retornar àquele tempo.
NÃO AOS BOLIVARIANOS – Sou brasileira, somos brasileiros, e isso significa ser cordial, humano, solidário. Mas não somos bobos.
Lá atrás, não me lembro quando, o psicanalista Hélio Pellegrino me disse que os brasileiros das favelas, hoje comunidades, eram o último ouro que possuíamos, e citava as mulheres que cuidavam dos filhos umas das outras.
O brasileiro é, sim, solidário. Bobo não é não. Já foi, está deixando de ser.
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