quarta-feira, 29 de junho de 2016

Recesso junino da Câmara custa R$ 20 milhões aos cofres públicos

Valor equivale ao custo de construção de 500 moradias do Minha Casa, Minha Vida


Num momento em que o país atravessa grave crise financeira, e que a necessidade da aprovação de medidas econômicas é urgente para que o cenário se reverta, a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de dar dias extras de folga aos deputados no período de festas juninas, entre os dia 20 de junho e 1º de julho, teve forte repercussão negativa. Como se não bastasse o adiamento da pauta de votações, o recesso junino ainda vai custar aos cofres públicos R$ 20 milhões, segundo levantamento do jornal espanhol El País.
O cálculo se baseia no custo diário dos parlamentares: R$ 2,87 milhões. Além dos salários, a conta inclui gastos com auxílio moradia, verba de gabinete, alimentação, transporte, aluguel de veículo e imóveis, além de verbas com a divulgação do mandato.
Waldir Maranhão argumentou, por meio de sua assessoria, que a paralisação se deve a “festejos juninos, durante os quais há grande mobilização popular, especialmente na região Nordeste do país”.
Custo do recesso junino na Câmara equivale à construção de 500 moradias do Minha Casa, Minha Vida
Custo do recesso junino na Câmara equivale à construção de 500 moradias do Minha Casa, Minha Vida
Para se ter uma ideia, um imóvel oferecido em financiamentos do Feirão da Caixa custa em torno de R$ 70 mil. Os R$ 20 milhões corresponderiam a 278 moradias.
Levantamentos dão conta ainda de que o custo da obra de uma moradia do Minha Casa, Minha Vida giraria em torno de R$ 40 mil. Neste caso, os R$ 20 milhões corresponderiam ao custo da construção de 500 casas.

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