terça-feira, 31 de maio de 2016

Empresas de tecnologia se unem contra discurso de ódio


Publicada pelo Leia Já, site parceiro do Tribuna da Bahia

por
Nathália Guimarães
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reprodução
Empresas de tecnologia terão que encontrar o equilíbrio entre a liberdade de expressão e conteúdo de ódio
As empresas de tecnologia Facebook, Twitter, YouTube, do Google, e Microsoft, bem como a Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), apresentaram nesta terça-feira (31/5) um novo código de conduta para combater o discurso do ódio em toda as plataformas de mídia social. A UE ampliou os esforços conducentes a este código de conduta após os recentes ataques terroristas em Bruxelas, na Bélgica, e Paris, na França.
As empresas de tecnologia terão que encontrar o equilíbrio entre a liberdade de expressão e conteúdo de ódio. Com base no código de conduta, elas terão equipes dedicadas a analisar denúncias em menos de 24h e, caso necessário, removê-las de suas plataformas. As regras valem para os 28 países que são membros da UE.
Também terão de informar seus usuários sobre assuntos proibidos e poderão até enviar notificações para isso. Facebook, Twitter e YouTube vão cooperar uns com os outros para compartilhar as melhores práticas.
As empresas de tecnologia provavelmente não quer ser responsabilizadas por discursos de ódio e agora estão tomando uma posição firme sobre o tema. Mas esta será uma mudança lenta e constante.
O Twitter, por exemplo, já suspendeu 125 mil contas relacionadas com o Estado Islâmico (EI), desde meados de 2015. O grupo extremista tem usado as mídias sociais com sucesso para recrutar integrantes nos últimos anos. O Facebook, por sua vez, concordou em trabalhar com o governo alemão contra o discurso de ódio.
"Reconhecemos que espalhar discursos ilegais de ódio não só afeta negativamente os grupos ou indivíduos a que se dirigem como também impacta negativamente aqueles que pedem por liberdade, tolerância, não discriminação em nossa sociedade aberta e tem um efeito de congelamento do discurso democrático nas plataformas online", informa a UE, em comunicado.

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