Com enredo bem polêmico, Mocidade Alegre vai recontar a história do Brasil

Agremiação leva para a avenida 400 componentes em 10 alas e dois carros.
Mocidade Alegre do Parque Piauí é a terceira escola a desfilar no domingo (7).

Fernando Brito  G1PI

Rainha de bateria da Mocidade Alegre do Parque Piauí (Foto: Ellyo Teixeira/G1)

Um pouco do que você aprendeu nas disciplinas de história sobre o descobrimento do Brasil além da 'evolução' do país nos últimos anos, você vai rever de uma forma bem mais crítica neste domingo (7). É o que promete o enredo e o desfile da escola de samba Mocidade Alegre do Parque Piauí, que leva para a avenida Marechal Castelo Branco mais de 400 componentes, em 10 alas e dois carros alegóricos.

Ano passado, o desfile da agremiação homenageou uma grande personalidade indígena piauiense, o Mandu Ladino.

Segundo o carnavalesco da escola, Germano Filho, com o enredo "Ratópolis", este ano a Mocidade Alegre vai reescrever a história do Brasil de forma mais crítica, afirmando que o país se tornou uma verdadeira 'ratópolis', o que ele conceituou como uma terra administrada por 'ratos'.

"Na verdade nós esteamos reescrevendo a história do Brasil mais crítica com um enredo bem polêmico. Vamos mostrar no desfile que o Brasil descoberto há mais de 1500 anos sempre foi o mesmo país, da ‘ratinagem’, da exploração da mão de obra escrava e da estratificação social. Mostrar que os índios deixaram de ser pessoas livres para se tornarem semiescravos”, contou ele.

Mocidade Alegre do Parque Piauí é a terceira escola de samba a desfilar no corredor da folia da capital.

"A gente tem a expectativa de manter a escola com muita alegria. Depois de parados por um tempo, esse segundo ano de folia, queremos mostrar um carnaval bem mais convincente e mais dentro da proposta, mostrando aquilo que nós sempre soubemos fazer, um carnaval com muita alegria, criatividade e brilho na avenida", contou.