segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Baianos e turistas reclamam dos preços "salgados" em Salvador


Yuri Abreu
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Atrações para distração de baianos e turistas neste verão não faltam. Pelourinho,  Farol da Barra, Mercado Modelo, Elevador Lacerda, além das praias da capital e do Litoral Norte são algumas delas. Mas, e se de repente bate aquela vontade de tomar uma água de côco ou uma cerveja ou refrigerante? E depois de tanto caminhar por esses belos cartões postais a fome aparece já no intuito de comer o tradicional acarajé?
Pois é, o melhor então é preparar o bolso. Com a proximidade do carnaval, os preços de alguns itens não apenas nos circuitos da folia, mas também fora dele chamam a atenção de quem pensa em curtir esse período de festas tentando gastar o menos possível. Os comerciantes ouvidos pela reportagem da Tribuna da Bahia reclamaram dos custos que vem tendo para a obtenção dos produtos, mas dizem que estão praticando o mesmo preço há tempos. “Se você procurar, tem gente aí que tá vendendo ainda mais caro do que nós”, justificou um deles.
Em Ondina, já no final do Circuito Dodô, o preço da água mineral varia entre R$ 2 e R$ 2,50. Vilã no ano passado quando em alguns locais chegava a custar até R$ 6, a água de coco tinha pequena variação de preço a depender do gosto do consumidor em beber o produto natural ou gelado: R$ 2,50 a R$ 3. A latinha do refrigerante tinha o custo de R$ 3. Quem quisesse comprar o litro do produto teria de gastar o dobro do valor.

Para aqueles que querem matar a sede tomando uma cervejinha existem algumas opções. Caso prefira a “piriguete”, com 269 ml, o folião terá de gastar em torno de R$ 2. Mas, se a vontade for maior, a preferência pode ser a cerveja latão, com 473 ml, que custa até três vezes mais. Contudo, se você estiver em companhia da família e, nela, tiver filhos pequenos, pode ser que eles também peçam por um picolé, cujo valor varia entre R$ 2 e R$ 10 pela região da Barra, onde começa o circuito Dodô. Já quem preferir um suco deve pagar entre R$ 3 (daqueles já prontos) e R$ 6 (o natural da fruta).
COMIDA “PESADA”
  Mas, nem todo mundo vai para a rua ou praia na intenção de passar o dia apenas tomando líquido. Afinal, são poucos os que resistem ao desejo de comer um acarajé feito na hora. Tanto na Barra, quanto em Ondina, os preços praticados pelas baianas são semelhantes: R$ 5, sem camarão e R$ 6, com o item incluso. Apesar de, alguns pontos, a reportagem ter detectado o preço entre R$ 7 e R$ 8. Para aqueles mais resistentes à tentação do tradicional quitute, as opções podem ser o consumo de salgados cujos valores variam entre R$ 3 e R$ 4,50.
Tanto para baianos, quanto para turistas, os preços praticados por alguns vendedores beiram o absurdo. “É preferível você já trazer de casa o que você vai consumir, principalmente se for água, refrigerante ou cerveja, sem contar o valor que é cobrado pelas mesas e cadeiras. É um abuso o que eles estão fazendo”, reclamou a dona de casa Nilza Dantas. “Ainda não está tão caro como em outras cidades como o Rio de Janeiro. Mas, de fato, está mais pesado passar o dia inteiro fora de casa, mesmo com tantos belos pontos turísticos para conhecer”, ressaltou a turista mato-grossense, Célia Oliveira.

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