sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Temer afirma que pedido de impeachment de Dilma 'perdeu força'


"Agora somos parceiros", complementou o vice-presidente

O vice-presidente Michel Temer participou, nesta sexta-feira (29), em entrevista à rádio CBN, na Paraíba, que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff "há algum tempo atrás tinha mais consistência, mas perdeu (força)”.
"(O impeachment) perdeu força e agora somos parceiros e queremos a pacificação do país. Isso, no entanto, não impede o partido de ter uma candidatura própria (em 2018)", afirmou o vice-presidente.
"Estamos passando por 2016 pelas eleições municipais e vamos chegar a com candidatura própria nas eleições para presidente”, acrescentou.
Temer esteve em João Pessoa em campanha para se reeleger presidente nacional do PMDB, na convenção de março. O peemedebista está em caravana, visitando todos os diretórios estaduais do país.
Relação do vice com Dilma esfriou no final de 2015
No final do ano passado, alguns caciques do PMDB, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e alas do governo acusaram Temer de estar patrocinando o impeachment contra a presidente Dilma. Logo no início de dezembro de 2015, quando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impedimento da chefe do Executivo, Temer se distanciou do Palácio do Planalto.
Dois episódios reforçaram ainda mais as tentativas do vice de dar fôlego ao impeachment. Numa carta destinada a Dilma, e que misteriosamente vazou para alguns jornalistas, o vice elenca uma série de reivindicações que não foram atendidas pela presidente.
Dias depois, Temer ajudou a destituir o deputado Leonardo Picciani (RJ) da liderança do PMDB na Câmara. Aliado de Dilma, Picciani tentou preencher a cota de seu partido na Comissão Especial do impeachment apenas com parlamentares favoráveis ao arquivamento do processo.

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