sábado, 2 de janeiro de 2016

Incêndios na Bacia do Almada são tão graves quanto os do litoral


O sul da Bahia vive seca histórica e uma onda de desmatamento causados pelo fogo. Faltando água em vários municípios, e o fogo queimando a única salvação dessa lavoura. A Área de Proteção Ambiental está em chamas há vários anos, e o problema do abastecimento vem se agravando ano a ano.

No ´primeiro documentário que dirigi sobre a APA Lagoa Encantada, em 2002, num parceria com a bióloga Márcia Virginia, guardamos um depoimento extraordinário de Marco Luedy, um militante pela recuperação do rio Almada: “Nós temos dois problemas. O primeiro é de engenharia florestal, reflorestar as nascentes e recompor os nascedouros do rio, manter a água; e um segundo problema que é de engenharia, para armazenar e distribuir essa água.

Quem conhece a APA no seu interior sabe, que enquanto queima o litoral para a especulação imobiliária, queimam as florestas e cabrucas no interior para a expansão de pastagens. Se no litoral a fumaça é mais publicitária, certamente, no interior da APA é ainda mais dramática – mediática. É a transformação de uma paisagem em curso, e o fim de um grande rio, que adormece na decadência de um modelo falido, e a necessidade de transformação de um povo para melhor administrar seus recursos naturais. O cenário é crítico e caótico, falta água, topos de morro estão sendo queimados, a bacia está crise, a biodiversidade ameaçada.

Nesse momento é preciso dizer ao governo que impactar com mais o desmatamento do Porto Sul, implica em proteger não apenas o remanescente da Tulha, mas como se comprometeu, criar um grande Parque nas cabeceiras do Almada, e pactuar com os proprietários rurais, o fim do avanço do desmatamento, e inicio imediato do reflorestamento de APP´s para que o rio Almada seja recuperado. (Acorda Meu Povo)

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