quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Taxa de desemprego sobe para 8,7% e atinge sua maior marca desde 2012


Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) mostram que mais pessoas estão em busca de vagas

por
iG São Paulo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A taxa de desocupação no Brasil passou de 8,1% para 8,7% na média móvel trimestral referente aos meses de junho, julho e agosto quando comparado com o trimestre encerrado em maio (março, abril e maio). Foi a maior taxa de desocupação da série, iniciada em 2012. Na comparação com o mesmo período de 2014 (quando a taxa foi de 6,9%) a alta é ainda mais expressiva, de 1,8 ponto percentual.
A população desocupada registrou crescimento de 7,9% no último dado verificado (com 647 mil pessoas desempregadas no período verificado e chegando ao total de 8,8 milhões de pessoas). No confronto com igual trimestre do ano passado esta estimativa subiu 29,6%, significando um aumento de 2 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho. Já a população ocupada (92,1 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações. Isso acontece porque houve uma deterioração na renda e emprego no País que tem se acentuado neste ano, o que leva mais pessoas a buscar empregos. Nos anos recentes esse contigente em busca de oportunidades era menor porque a renda média da população estava em alta. Hoje vivemos um movimento contrário, com o aumento do desemprego, o que leva, por exemplo, mais pessoas de uma mesma família a procurarem oportunidades para elevar o rendimento familiar.
O número de empregados com carteira assinada recuou 1,2% (menos 425 mil pessoas) frente ao trimestre de março a maio e caiu 3% (menos 1,1 milhão de pessoas) frente a igual trimestre de 2014. Já os contingentes de empregadores e de trabalhadores por conta própria cresceram 7,3% e 4,4%, respectivamente, frente ao trimestre de junho a agosto de 2014.
O rendimento médio real habitualmente recebido (R$ 1.882) recuou 1,1% frente ao trimestre de março a maio (R$ 1.904) e ficou estatisticamente estável em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.864). A massa de rendimento médio real habitualmente recebida para o trimestre encerrado em agosto (R$ 167,8 bilhões) caiu 1,1% frente ao trimestre móvel anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre de 2014.
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em agosto de 2015 foi calculada a partir das informações coletadas em junho, julho e agosto deste ano.
Entenda a PNAD Contínua
A PNAD Contínua é realizada por meio de uma amostra de domicílios, extraída de uma amostra mestra, de forma a garantir a representatividade dos resultados para os diversos níveis geográficos definidos. Segundo o IBGE, a pesquisa mais ampla e contínua "permite, portanto, um ganho considerável na precisão das estimativas, especialmente nas áreas rurais"
A cada trimestre, são investigados 211.344 domicílios particulares permanentes, em aproximadamente 16 mil setores censitários, distribuídos em cerca de 3.500 municípios.
Ela tem peridicidade mensal, para um conjunto restrito de indicadores relacionados à força de trabalho e somente para o nível geográfico de Brasil; trimestral, para indicadores relacionados à força de trabalho; anual, para os demais temas permanentes da pesquisa e indicadores complementares relacionados à força de trabalho; e variável, para outros temas ou tópicos dos temas permanentes a serem pesquisados com maior periodicidade ou ocasionalmente.

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