Hélio de Souza, presidente da Alego, tentou barrar a implantação da Comissão. 12 milhões de passageiros utilizam esse tipo de transporte por ano no Estado
JORNAL O HOJE - GO
Da Redação
Por entender que a
atividade pública de transporte é uma questão que afeta toda a população
goiana, o desembargador Geraldo Gonçalves da Costa, em sede de liminar,
determinou que seja instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
do Transporte para investigar o transporte intermunicipal de
passageiros em Goiás. A decisão torna sem efeito a ordem do presidente
da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Hélio de Sousa (DEM), para
que o Requerimento nº 1.724, que trata da implantação da CPI, fosse
arquivado. A estimativa é de que 12 milhões de passageiros utilizam esse
tipo de transporte por ano no Estado.
Ao conceder o
mandado de segurança, o desembargador observou que existe perigo na
demora, um dos requisitos essenciais para autorizar a medida, uma vez
que a necessidade de avaliar o problema de forma mais produtiva é
urgente e necessária. A seu ver, a regularidade ou não do transporte
coletivo intermunicipal continuaria sem qualquer explicação, caso o
pedido fosse apreciado somente no final da demanda.
“A partir do
momento em que a discussão acerca deste tipo de atividade pública de
transporte se mostrou pertinente para a população goiana, cujo mote foi
estampado por seus representantes políticos na Assembleia Legislativa,
tornou-se importante a investigação para que se esclareça a sociedade
acerca do seu funcionamento”, enfatizou.
O
requerimento para instalação da CPI foi apresentado em 30 de junho pelo
deputado Humberto Aidar (PT). Logo após a leitura, o petista colheu 34
assinaturas. Nos dias seguintes, 22 delas foram retiradas, restando
somente 12. Eram necessárias 14 assinaturas para abertura da Comissão.
“É por isso que a população não acredita mais no Legislativo. Quando
temos a oportunidade de fazer algo pelo povo, recuamos”, lamentou o
petista na época.
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