quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Postos de combustíveis em AL devem começar a reajustar preços esta noite


Empresários aguardam novos pedidos para sentir mudança nas refinarias.
Aumento da Petrobras para a gasolina foi de 6% e 4% para o diesel.

Do G1 AL
Tabelas ainda não foram modificadas em Maceió (Foto: Karina Dantas/G1)Tabelas ainda não foram modificadas em Maceió (Foto: Karina Dantas/G1)
Os novos preços da gasolina e do diesel nos postos de combustíveis de Maceió só devem estampar as tabelas informativas ao final desta quinta-feira (30), quando o consumidor vai saber quanto precisará desembolsar a mais para abastecer o tanque.
O reajuste para as distribuidoras foi anunciado pela Petrobras na noite desta terça-feira (29). O aumento para a gasolina é de 6% e para o diesel, de 4%. Segundo a empresa, os novos valores entraram em vigor a partir de 0h desta quarta.
A alta nas refinarias deve resultar em aumento para o consumidor. O percentual, no entanto, não é necessariamente o mesmo, já que o valor do combustível nas bombas depende de determinação dos empresários, responsáveis pelo valor cobrado em cada posto.
Aumento para a gasolina é de 6% e para o diesel, de 4% (Foto: Karina Dantas/G1)Aumento para a gasolina é de 6% e para o diesel,
de 4% (Foto: Karina Dantas/G1)
O Sindicato do Comércio Varejista e Derivados do Petróleo no Estado de Alagoas (Sindicombustíveis-AL) informou que, embora haja a informação de alguns empresários de que o aumento será, em média, R$ 0,20 para o litro da gasolina e R$ 0,14 para o diesel, não pode precisar o reflexo do reajuste no estado porque isso fica a cargo dos empresários.
A maioria dos gerentes dos postos de combustíveis que a reportagem do G1 AL entrevistou não soube precisar o aumento.
Ana Ramalho é secretária de escritório do Auto Posto BR, localizado na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, e explica que isso acontece porque muitos postos ainda não compraram os combustíveis com o valor alterado.
“Aqui no posto estamos com o tanque vazio e já solicitamos mais combustíveis, que só devem chegar no final do dia. Com eles, vem a nota fiscal informando a taxa a ser cobrada. É a partir disso que vamos definir o valor”, disse a secretária ao ressaltar que a gasolina está a R$ 3,49 e o diesel a R$ 2,89.
Mesmo com a indefinição, o Posto BR Vips, na Cruz das Almas, disse que o preço da gasolina, que custa R$ 3,37, não vai aumentar ao contrário do diesel, que passa de R$ 2,86 a R$ 2,90.
O taxista José de Lima, de 58 anos, afirma que está na profissão há 30 anos e que está preocupado com mais um aumento. "Vai sair caro. Desse jeito não vai ter como economizar,  nem com os carros econômicos vai ter jeito,  todo mundo vai mexer no bolso".
Posto com combustíveis em promoção forma fila de carros em Mangabeiras (Foto: Karina Dantas/G1)Posto com combustíveis em promoção forma fila de carros em Mangabeiras (Foto: Karina Dantas/G1)

No AC, documentos são encontrados em antigo prédio da Polícia Civil


Carteiras de identidade e trabalho estão abandonadas na antiga corregedoria.
Polícia Civil diz que já digitalizou todos os documentos.

Aline Nascimento Do G1 AC
Documentos pessoas são em meio a pilhas de entulho dentro do antigo prédio da corregedoria da Polícia Civil  (Foto: Aline Nascimento/G1)Documentos pessoas são em meio a pilhas de entulho dentro do antigo prédio da corregedoria da Polícia Civil (Foto: Aline Nascimento/G1)
Carteiras de identidade e de trabalho são encontradas em meio a pilhas de lixo dentro do antigo prédio da Corregedoria da Polícia Civil no Acre, localizado na Rua Boulevard Augusto, no bairro Quinze, em Rio Branco. Segundo os moradores, o prédio foi desativado há mais ou menos dois anos e vários documentos ficaram armazenados no local, que hoje é utilizado como abrigo para usuários de drogas. Além de documentos pessoais, é possível encontrar também arquivos policiais jogados dentro do local.
O funcionário público Jorge Leandro, de 54 anos, conta que foram colocadas grades nas portas e janelas após a desativação do prédio, porém, há quatro meses os moradores de rua atearam fogo no local e quebraram as grades.
“Há quatro meses que esses documentos estão jogados, estão aí desde que o prédio foi desativado. Antes havia uma grade e ficava tudo guardado dentro, mas aí os moradores de rua tocaram fogo. São documentos importantes e nunca veio ninguém aqui recolher”, explica.
Ainda segundo o funcionário, uma moradora de rua chegou a morrer no local após bater a cabeça na calçada. "Ela caiu, bateu a cabeça no meio-fio e morreu. De repente veio assistente social e um monte de gente procurar saber o porquê que esse prédio está abandonado", diz.
Na manhã desta terça-feira (29), os moradores do local realizaram um protesto pedindo que as autoridades retirem os moradores de rua dos prédios onde funcionavam a corregedoria e o cartório. “Tenho 54 anos e desde sempre morei aqui. O prédio foi desativado e vários drogados ficam por aqui tirando nosso sossego”, reclama.
Ao G1, a Corregedoria da Polícia Civil informou que "todos os documentos do antigo prédio já foram digitalizados". Mas, não se pronunciou sobre os documentos pessoais que ficam expostos no local.
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Prédio está desativado e segundo os moradores é utilizado como abrigo para usuários de drogas (Foto: Aline Nascimento/G1)Prédio está desativado e, segundo os moradores, é utilizado como abrigo para usuários de drogas (Foto: Aline Nascimento/G1)

Pet shop no Tocantins faz sucesso com sorvete para cães


Produto é próprio para os animais e tem sabores como picanha e frango.
Em algumas cidades do Tocantins os termômetros marcam mais de 40ºC.

Patrício Reis Do G1 TO
Os bichinhos de Leda Perini estão satisfeitos com a novidade (Foto: Divulgação/Celso Perini)Os cães de Leda Perini estão satisfeitos com a novidade (Foto: Divulgação/Celso Perini)
A paixão do brasileiro por bichos de estimação faz com que os donos invistam no bem estar dos animais. A cadela Hana, por exemplo, ganhou um ar-condicionado novinho por causa das altas temperaturas registradas no Tocantins. De olho nas oportunidades do mercado pet, empresários começam a investir em novos produtos a cada dia. Uma das novidades do momento é o sorvete feito para cães. O produto está fazendo sucesso com a clientela canina em um pet shop de Gurupi, no sul do Tocantins, principalmente por causa do calor que pode passar dos 40°C no período mais quente do ano.
Sorvete é vendido em oito sabores (Foto: Divulgação/Celso Perini)Sorvete próprio para os animais é vendido em oito
sabores (Foto: Divulgação/Celso Perini)
Para os donos, o preço é um pouco alto - R$ 8 por um pote de 100 gramas - mas os sabores são atrativos para os cães: picanha, frango, morango, manga e menta.
"O calor está gigante, então é uma inovação e não um luxo. É uma necessidade mesmo. A gente sabe que eles sofrem muito com o calor e mesmo deixando água e frutas para eles se hidratarem, o sorvete tem um sabor diferente e atrativo, que acaba ajudando a evitar que eles adoeçam." O relato é da servidora pública Leda Perini, que tem seis cachorros adultos e geralmente dá o sorvete para eles duas vezes por semana.
Ela afirma que o custo é alto, mas o benefício para os animais é maior. "Eu acredito que a gente tem que colocar na balança do custo benefício. [O preço] é um pouco salgado e não dá para dar todo dia, mas é uma forma de ajudar os bichinhos", enfatiza.
 Leda Perini tem 11 cachorros, sendo seis adultos e cinco filhotes (Foto: Divulgação/Celso Perini) Leda Perini tem 11 cachorros, sendo seis adultos e cinco filhotes (Foto: Divulgação/Celso Perini)
Segundo o médico veterinário Jairo Piovesan, o sorvete é próprio para os animais e não há contraindicação. "É um produto específico sem gordura trans ou açúcar e com zero lactose. Animais de qualquer idade podem tomar, sem qualquer efeito colateral", afirma.
Ele é dono do pet shop que vende a guloseima e conta que o sorvete tem feito sucesso. Piovesan atribui isso ao amor das pessoas pelos animais. "São companheiros que ficam ao lado dos donos. Por isso muitos têm essa ideia de proporcionar bem estar para os cães. Isso os leva a ter um cuidado maior com o bichinho", comenta.
Cachorros ganham sorvete ao menos uma vez por semana (Foto: Divulgação/Celso Perini)Cachorros ganham sorvete ao menos duas vez por semana (Foto: Divulgação/Celso Perini)

'Dia D' vai oferecer cerca de mil vagas para portadores de deficiência na BA


Serviços serão realizados na sexta-feira (2), em várias cidades; veja lista.
Cerca de 90 empresas devem destinar vagas para os trabalhadores.

Do G1 BA
Carteira de trabalho, CPF e RG (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)Participantes devem levar documentação
(Foto: TV Anhanguera/Reprodução)
Na sexta-feira (2), será realizado o Dia D da Inclusão Social e Profissional das Pessoas com Deficiência e Beneficiários Reabilitados do INSS. A ação foi divulgada nesta quarta-feira (30) pela gestão estadual.
Em Salvador, mais de 800 vagas exclusivas estão sendo disponibilizadas pelas empresas participantes, sendo que 39 empresas vão realizar entrevistas de seleção de emprego já durante o Dia D. No total, estima-se que mais de mil vagas sejam oferecidas a partir da campanha.
O Dia D na Bahia mobiliza cerca de 90 empresas a destinarem vagas de trabalhos para pessoas com deficiência.
A ação acontece simultaneamente em Salvador, na unidade central do SineBahia (Avenida ACM, número 3359, Condomínio Torres do Iguatemi), Barreiras (SineBahia/SAC), Itabuna (SineBahia/Unidade Modelo), Irecê (Sindicato dos Comerciários), Jequié (SineBahia/Unidade Modelo) e Luís Eduardo Magalhães (SineBahia/Ponto Cidadão)
Serviços
A Superintendência dos Direitos da Pessoa com Deficiência estará presente no Dia D com atendimento do programa Passe Livre Intermunicipal, que garante gratuidade para pessoas com deficiência no transporte público intermunicipal. Na sexta-feira, 500 carteiras do Passe Livre serão entregues a beneficiários já aprovados e novos beneficiários poderão solicitar participação no programa.
Outro serviço disponível apenas na capital baiana será a inscrição em cadastro para cursos e vagas de estágio. Nas outras cidades, o Dia D oferece ainda intermediação de mão-de-obra e confecção de Carteira de Trabalho (este último, exceto em Itabuna e Jequié).
DIA D NA BAHIA
Quando: sexta-feira, 02/10

Salvador – 8h às 17h
SineBahia, Unidade Central. Avenida ACM, nº 3359, Condomínio Torres do Iguatemi
Serviços: intermediação para o trabalho, emissão de CTPS e de Passe Livre Intermunicipal; cadastro para vagas de estágio e cursos profissionalizantes.
Barreiras - 7h às 15h30
Unidade do SineBahia  - SAC - Centro Empresarial de Barreiras
Serviços: intermediação para o trabalho e emissão de CTPS

Itabuna - 8h às 17h
Unidade Modelo do SineBahia – Centro
Serviços: intermediação para o trabalho
Jequié - 8h às 17h
Unidade Modelo do SineBahia – Centro
Serviço: Intermediação para o Trabalho

Irecê - 7h às 15h30
Sindicatos dos Comerciários de Irecê – Bairro Coopirece
Serviços Gratuitos: Intermediação para o Trabalho
Luís Eduardo Magalhães - 8h às 13h
Unidade SineBahia – Ponto Cidadão
Serviços: intermediação para o trabalho e emissão de CTPS

Documentos necessários
RG
CPF
Comprovante de residência e Carteira de Trabalho (CTPS)
Certificado de Reabilitação Profissional emitido pelo INSS (para beneficiários reabilitados do INSS)
Documentação complementar

Emissão da 2ª via da CTPS: carteira antiga; ou Boletim de Perda ou Roubo da anterior e documento oficial que conste número e série
Para Passe Livre Intermunicipal: Laudo CID e de acompanhante; requerimentos de Passe Livre e Acompanhante (disponíveis em www.justicasocial.ba.gov.br)
Cadastro de estágio: currículo
Cadastro de cursos profissionalizantes: comprovante de escolaridade
Contatos SineBahia
Salvador (71) 3452 5353 | Barreiras (77) 3611 1102 / 8566 | Jequié (73) 3527 5996 | Itabuna (73) 3613 9775 | Irecê (74) 3641 3191 | Luís Eduardo Magalhães (77) 3628 1942.

Maré em Prado, sul da Bahia, volta a avançar e atinge barracas de praia


Segundo a prefeitura, situação ainda afetou a entrada de uma pousada.
Maiores prejuízos foram registrados entre o domingo e a segunda-feira.

Do G1 BA
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Maré sobe em Prado (Foto: Prado Notícias)Maré sobe em Prado e causa estragos para comerciantes da cidade (Foto: Prado Notícias)
A maré voltou a subir e atingiu barracas de praia no litoral de Prado, região sul da Bahia. Segundo informações da prefeitura, duas barracas foram destruídas e a situação ainda afetou a entrada de uma pousada.
A estruturas atingidas ficam na Praia do Centro. Ainda de acordo com a gestão municipal, o maior prejuízo ocorreu entre o domingo (27) e a segunda-feira (28), quando ocorreu a super lua.
Maré volta a avançar em Prado, sul da Bahia (Foto: Prado Notícias)Maré volta a avançar em Prado, na região sul da Bahia (Foto: Prado Notícias)

Assessores de Dilma acham que Levy já está querendo sair


Valdo Cruz e Natuza Nery
Folha
Assessores presidenciais avaliam que o ministro Joaquim Levy (Fazenda) “está esticando a corda” ao insistir em críticas públicas à “ambiguidade” do governo na área fiscal e na defesa de mais cortes. No Planalto, o temor de alguns é que Levy acabe comprometendo sua permanência. Nas palavras de um interlocutor da presidente, ele pode se “inviabilizar” e sair no pior momento tanto para o governo como para ele, ficando com a imagem de derrotado.
Apesar de reconhecerem que as avaliações de Levy têm procedência, auxiliares dizem que ele erra em ficar só batendo na tecla do ajuste e que deveria estar buscando melhorar o clima da economia para a volta do investimento.
Nesta segunda (28), causou desconforto a entrevista de Levy ao jornal “Valor”, na qual defendeu mais cortes e criticou o envio ao Congresso da proposta de Orçamento de 2016 com deficit, que levou à perda do grau de investimento por parte da agência de risco Standard & Poor’s
Um auxiliar disse que Dilma reconheceu que Levy estava correto na defesa de mais cortes ao lançar a segunda fase do ajuste, mas que ele deveria estar empenhado em ajudar a aprová-lo e não ficar fazendo críticas ao governo.
COMPLACÊNCIA
“Tinha gente que achava que o ‘downgrade’ estava no preço e que, portanto, podíamos ser complacentes”, disse o ministro na entrevista.
Interlocutores de Levy negam que sua intenção seja sair do governo. Seu objetivo, dizem, seria acelerar a aprovação do ajuste e ele não estaria falando só ao governo, mas principalmente para a sociedade, porque é um “problema real” que afeta a todos.
Insistir na importância do ajuste, segundo Levy disse a interlocutores, é papel de ministro da Fazenda e ele não vê isso como extrapolar suas funções.

E-mails mostram Lula e Dilma fazendo lobby para a Odebrecht


Renato Onofre, Thiago Herdy e Cleide Carvalho
O Globo
E-mails apreendidos pela Polícia Federal (PF) nas buscas realizadas na sede da Odebrecht em junho deste ano, em São Paulo, mostram uma relação de influência e intimidade da empresa junto ao Palácio do Planalto, durante os governos Dilma e Lula. Nas mensagens, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, tenta influenciar diretamente o que o será dito pelo presidente a chefes de estados de outros países em agendas oficiais, sugerindo a postura presidencial nos encontros. A pressão surte efeito. Em mensagem para executivos da construtora, o então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, escreveu que Lula fez lobby pela empresa em um dos encontros com líderes estrangeiros, em 2007.
Nos e-mails, a Odebrecht atua para evitar a escolha de um secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia que ele considerava prejudicial à Odebrecht. Os documentos mostram, pela primeira vez, que o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, era um dos elos entre a empreiteira e o presidente, de acordo com a interpretação da PF. Carvalho nega.
Para os investigadores, o ex-chefe de gabinete é o “seminarista” a quem Marcelo se refere em mensagens. No governo Dilma o papel do “seminarista” passou a ser cumprido por Giles Azevedo, chefe de gabinete da presidente, e Anderson Dorneles, assistente pessoal de Dilma. Os dois recebiam mensagens enviadas diretamente por Marcelo Odebrecht, em nome dos interesses da empresa.
INSTRUINDO DILMA…
Em 5 de junho de 2012, quatro dias antes do encontro de Dilma com o presidente da República Dominicana, Danilo Medina, Marcelo encaminhou para Giles e Anderson uma nota com sugestões para a pauta da reunião. No documento, ele diz “ser importante” Dilma “reforçar” dois pontos na conversa: “a confiança que tem na Organização Odebrecht em cumprir os compromissos assumidos” e “a disposição de, através do BNDES, continuar apoiando as exportações de bens e serviços do Brasil, dando continuidade aos projetos de infraestrutura prioritários para o país”.
O Globo verificou que o encontro com Medina consta da agenda oficial da presidente. Em entrevista para jornalistas depois do encontro, o presidente da República Dominicana disse ter recebido aceno do governo brasileiro para obter financiamento para construção de duas usinas no país.
O projeto seria contemplado dois anos depois, ao custo de US$ 656 milhões. De US$ 2,5 bilhões emprestados pelo BNDES a empresas brasileiras entre 2003 e 2015 para contratos na República Dominicana, US$ 2 bilhões foram desembolsados em favor da Odebrecht.
“MEIO CAMINHO ANDADO”
As mensagens de Marcelo para Lula eram enviadas por meio de Alexandrino Alencar, diretor da empresa mais próximo ao petista e que está preso na operação Lava-Jato. As recomendações eram dadas por meio de documentos que tinham o mesmo título, “ajuda memória”. Na véspera de uma visita do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, ao Brasil, em 2 de maio de 2005, Marcelo Odebrecht pediu a Lula que reconhecesse o papel de Santos como “pacificador e líder regional”, e fizesse menção às ações realizadas por empresas brasileiras em Angola, com destaque para a Odebrecht.
“Dr. Alex, aqui está o documento. Dr. Marcelo pede-lhe a gentileza de encaminhar ao seminarista”, escreveu Darci Luz, secretária de Marcelo, a Alexandrino Alencar.
LULA OBEDECEU
No dia seguinte, Lula receberia Santos com discurso mencionado a forma como ele “soube liderar Angola na conquista da paz”, e saudando-o por sua “perseverança e visão de futuro”.
No discurso, o então presidente citou o projeto da hidrelétrica de Capanda, mencionado no mesmo e-mail de Marcelo Odebrecht como um exemplo da cooperação entre os dois países:
“Reforçamos, assim, um mecanismo financeiro que tem sido o grande motor da expansão dos investimentos brasileiros em Angola. A hidrelétrica de Capanda, símbolo maior da presença econômica brasileira em Angola, não teria sido possível sem a linha de crédito (do BNDES)”, discursou Lula.
“NOTA MEMÓRIA”
Ao ser convidado pelo presidente petista para almoço com o presidente da Namíbia, em Brasília, em fevereiro de 2009, Marcelo respondeu com cópia para seus diretores: “Pode ser uma boa oportunidade em função de nossa hidrelétrica (Capanda). Seria importante enviar uma nota memória antes via Alexandrino com eventualmente algum pedido que Lula deve fazer por nós”.
Horas antes do almoço, o executivo da Odebrecht Marcos Wilson escreveu ao então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, pedindo que manifestasse ao presidente Lula “sua confiança na capacidade da Odebrecht” assumir o projeto de uma hidrelétrica binacional (Namíbia e Angola) na África. Miguel Jorge respondeu:
“Estive e o PR (presidente) fez o lobby. Aliás, o PR (presidente) da Namíbia é quem começou – disse que será licitação, mas que torce muito para que os brasileiros ganhem, o que é meio caminho andado”. Segundo a Odebrecht, apesar do esforço de Lula, o projeto não foi adiante.
NOMEAÇÃO INDESEJADA
Ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner foi alvo de ação da Odebrecht, por causa da atuação do ministro no leilão da Usina de Santo Antônio, do Rio Madeira, projeto de interesse da Odebrecht.
“Alex”, escreveu Marcelo Odebrecht, em referência a Alexandrino Alencar, “o Hubner está querendo jogar o PR (presidente Lula) contra nós. Importante você fazer essa mensagem chegar no seminarista ainda hoje”, escreveu o presidente da construtora.
Em 11 de janeiro de 2008, após a saída de Hubner do ministério, o executivo Paulo Lacerda de Melo escreveu ao presidente da empresa sobre a possibilidade de do ex-presidente da Eletronorte José Antônio Muniz Lopes ser nomeado secretário-executivo da pasta. “Faz sentido político devido à origem com o Maranhão e a proximidade com JS (José Sarney, para a PF)”. O diretor menciona a proximidade de Muniz Lopes com a Camargo Corrêa, o que trazia preocupação para Marcelo Odebrecht.
“QUEIMÁ-LO LOGO”
“Existe condições pelo histórico de trazê-lo para o nosso lado, ou pelo menos deixá-lo neutro? Caso não haja condições, é melhor queimá-lo logo”, orienta Marcelo. “Neste caso talvez a melhor forma seja uma mensagem do Alexandrino (Alencar) ao seminarista (Gilberto Carvalho) dizendo que se este cara pegar o cargo pode colocar o Madeira (projeto do Rio Madeira) em risco, pois a agenda dele será destrutiva em relação à gente, visto que trabalhou para a CCCC (Camargo Corrêa) nos últimos anos”.
O diretor Irineu Berardi Meireles argumenta ser melhor aguardar. “Qualquer precipitação de nossa parte poderia ser prematura, até porque minha percepção é de que o seminarista não poderia influenciar (por incrível que pareça) nessa escolha, que seria delegada ao PMDB”, disse, referindo-se ao novo partido de Lobão, que na época deixou o DEM para se juntar à base governista.
“OK, mas vamos monitorar com cuidado para não termos um cara da CCCC lá dentro”, responde Marcelo.
PETROBRAS
As mensagens mostram Marcelo Odebrecht participando ativamente dos pormenores de discussões sobre contratos da Petrobras e relacionamento da empresa com diretores que hoje são investigados. Mensagem de maio de 2008 mostra que o presidente da empresa discutiu com Pedro Barusco, gerente de engenharia da estatal, o programa de construção de sondas no país.
“Barusco, a pedido do Duque, já ligou para o MO (Marcelo Odebrecht) acerca da sua conversa com Gabrielli”, escreveu Rogério Araújo em mensagem de maio de 2008 que tratava da contratação de sondas pela Petrobras. “A resposta já está alinhada com Miguel (Gradim, diretor da Odebrecht)”, completou Araújo.
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Atuação de Lula em favor da Odebrecht foi “patriótica e ética”


Deu em O Globo
A assessoria do Instituto Lula classifica de atuação “lícita, ética e patriótica” do Lula quando defende os interesses de empresas brasileiras no exterior. Diz a nota da assessoria do ex-presidente:
“Em seus dois mandatos, Lula chefiou 84 delegações de empresários brasileiros em viagens por todos os continentes. A diplomacia presidencial contribuiu para aumentar as exportações brasileiras de produtos e serviços, que passaram de US$ 50 bilhões para quase US$ 200 bilhões, e isso representou a criação de milhões de novos empregos no Brasil. Só uma imprensa cega de preconceito e partidarismo, poderia tentar criminalizar um ex-presidente por ter trabalhado por seu país e seu povo”, escreveu o instituto.
No texto, a assessoria do ex-presidente afirma haver uma “repetitiva, sistemática e reprovável tentativa de alguns órgãos de imprensa e grupos políticos de tentar criminalizar a atuação lícita, ética e patriótica do ex-Presidente Lula na defesa dos interesses nacionais, atuação que resultou em um governo de grandes avanços sociais e econômicos, com índices recorde de aprovação”.
Continua a nota: “temos a absoluta certeza da legalidade e lisura da conduta do ex-presidente Lula, antes, durante e depois do exercício da presidência do país, e da sua atuação pautada pelo interesse nacional”.
CARVALHO NEGA
O ex-chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, disse em nota “negar categoricamente que recebeu diretamente de Marcelo Odebrecht ou Alexandrino Alencar qualquer sugestão para discursos em agendas internacionais ou assuntos relativos à Odebrecht”.
Segundo Carvalho, “o presidente Lula sempre expressou que queria se transformar em um caixeiro viajante do Brasil”, por isso, em viagens, “sempre fez questão de convidar muitos empresários, realizando reuniões nos países visitados na perspectiva de abrir novas negociações para empresas brasileiras; a Odebrecht foi uma dentre muitas”, afirmou.
ODEBRECHT SE DEFENDE
Por meio de nota, a Odebrecht informou que “os trechos de mensagens eletrônicas divulgados apenas registram uma atuação institucional legítima e natural da empresa e sua participação nos debates de projetos estratégicos para o País – nos quais atua, em especial como investidora”.
A empresa disse “lamentar” a divulgação das mensagens nos processos contra a Odebrecht, por considerar que as mensagens não teriam “qualquer relação com o processo em curso”.
A Presidência de República e os ex-ministros Miguel Jorge ainda não responderam ao Globo.
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Sem tanques nem rebeliões armadas


Carlos Chagas
O relator no Tribunal de Contas da União das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff promete entregar seu parecer pela rejeição até sexta-feira. Pode ser que os demais ministros daquela corte decidam apressar a decisão, já que a maioria deles também se inclina pela censura ao palácio do Planalto em função de evidentes irregularidades na manipulação dos gastos do governo no ano passado. Tudo configurando falsificações de dados e documentos
O TCU é um tribunal consultivo, auxiliar da Câmara Federal, sem poderes para condenar ou absolver ninguém, mas dispõe de meios para formular críticas. Estas precisarão obrigatoriamente ser enviadas aos deputados, aos quais cabe arquivar ou abrir processo contra a presidente da República.
Nesse caso, a maioria parlamentar poderá iniciar uma operação de impeachment contra Madame, que se prosseguir e for aprovada determinará o afastamento dela por 90 dias. Caberá ao Senado Federal o julgamento, dirigido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.
Durante essas duas fases distintas, o vice-presidente da República substituirá o titular afastado, para sucedê-lo depois da condenação, tendo ou não renunciado nesse interregno. Assim aconteceu com o então presidente Fernando Collor.
HIPÓTESE
Não parece fora de propósito o desenrolar desses vários capítulos iniciados pela votação dos ministros do Tribunal de Contas da União, seguidos da decisão dos deputados, por maioria absoluta, e depois dos senadores, pelo mesmo quorum. Claro que o governo mostra-se atento para impedir ou protelar o processo de impedimento de Dilma, mas possível a hipótese está posta.
Tudo dentro da Constituição e da lei, ou seja, sem caracterizar o alegado golpe que o PT e penduricalhos supõem estar em marcha. Sem tanques nem rebeliões armadas.
O POTRO QUE ESCOICEOU A MÃE
Impossível se torna ingressar no mais elementar curso de filosofia desconhecendo Sócrates, Platão e Aristóteles, tendo sido um professor do outro. A singular relação entre eles mostra sentimentos variados de admiração e até de inveja. Devemos a Platão o conhecimento total das lições de Sócrates, que jamais escreveu um livro. Aristóteles cursou a Academia de Platão, mas quando dele começou a divergir, recebeu do mestre imagem tão cruel quanto verdadeira: “um potro que escoiceia a mãe depois de beber-lhe todo o leite”.
O episódio se conta a propósito do que acontece no PSDB. Fernando Henrique está para José Serra e este para Aécio Neves mais ou menos como Sócrates para Platão e este para Aristóteles. Formam uma unidade nem sempre uniforme, pois desconexa em três gerações.

STF recomenda que Congresso reveja financiamento de campanhas


Pedro do Coutto
O Diário Oficial, edição de 25 de setembro, publica a decisão do Supremo Tribunal Federal que declarou a inconstitucionalidade das doações de empresas a campanhas eleitorais, bem como a candidatos e partidos políticos. A matéria ocupa duas páginas Ao vetar doações de empresas, o STF recomenda ao Congresso que aprove, dentro de 24 meses, novo sistema para financiar campanhas
Além disso, recomenda ao Congresso Nacional que, dentro de 24 meses, fixe parâmetros em relação às doações por pessoas físicas no sentido de democratizar ao máximo possível os recursos utilizados pelos candidatos, neles incluindo o uso de recursos próprios. O objetivo é o de igualar as oportunidades.
Na hipótese de o Poder Legislativo não aprovar tal regulamentação, a tarefa passará a caber ao Tribunal Superior Eleitoral. Daí porque o acórdão determina o prazo básico de 18 meses. Isso para que o prazo dado ao TSE, diante da falta de iniciativa concreta, possa preenchê-lo em seis meses.
LEI NORMATIVA
A decisão traz consigo, como se vê, uma nova formulação, inclusive para efeito de concretização efetiva da lei normativa. No caso do Congresso, claro, o projeto de lei aprovado foi vetado pela presidente da República. Assim, no caso da tarefa, por omissão do Poder Legislativo, ser transferida ao TSE, sua homologação final, pela lógica dos fatos, deve ser referendada pela própria Corte Suprema.
O assunto é delicado, evidentemente. Mas havia necessidade, como o assalto à Petrobrás demonstrou, de se colocar obstáculos à prática de corrupção, que encontrava campo aberto através de doações eleitorais. O maior volume de doações não tinha finalidade eleitoral. Sei objetivo era o suborno direto e indireto dos capazes de influir para a obtenção de contratos e assinaturas de termos aditivos, os quais elevaram às alturas as faturas a serem resgatadas. Um festival de dinheiro. Dinheiro público, é claro.
CORRUPÇÃO
A própria lei 950, lei eleitoral, era violada. Entregas de doações, entre aspas, eram realizadas na base da moeda viva, embora a legislação estabelecesse que somente poderia ser feita através de cheques nominais cruzados ou depósitos bancários identificados. Sob a capa de apoios financeiros, a corrupção se concretizava.
Bilhões de reais foram subtraídos dessa forma do universo da Petrobrás. Delações premiadas destacando o tema não faltam. Aliás, sobram. Sobravam melhor dizendo, pois a partir das eleições de 2016 vão cair enormemente. Começa a temporada de cautela, já que a prática de suborno por esse caminho encontra-se sob observação da Justiça Eleitoral e do próprio Supremo, que não poderá pactuar com as normas que ele próprio determinou.
Empresas, corruptos e intermediários terão de buscar novos roteiros, mas sua descoberta vai demorar pelo menos até a sucessão presidencial de 2018, calendário em que se incluem os pleitos estaduais, além dos que abrangem tanto a Câmara quanto o Senado Federal. O freio fixado pelo STF vai funcionar positivamente. Claro que não poderá zerar, pois tal hipótese é uma utopia. Porém, uma queda de, digamos, 70% já representará uma vitória extraordinária para toda população brasileira.
TORNEIRAS
O Supremo Tribunal Federal fechou as principais torneiras do roubo neste país. E contra isso o Legislativo nada poderá fazer, apesar da tentativa do deputado Eduardo Cunha, voltada para aprovar emenda constitucional para doação de empresas. Sua aprovação, nesta altura dos acontecimentos é dificílima. Tão difícil quanto a aprovação da CPMF que o presidente da Câmara combate. Ambas dependem do apoio de 60% das duas Casas do Congresso Nacional.

No desespero, PT tenta blindar crimes eleitorais de Dilma


Pessoa foi chantageado por Edinho Silva
Deu na Folha
O PT entrou com um recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pela anulação de uma decisão do ministro Gilmar Mendes pedindo que a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal apurem suspeita de irregularidades na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O pedido de Mendes foi enviado em agosto sob o argumento de que há vários indicativos de que a campanha à reeleição de Dilma e o PT foram financiados por propina desviada da Petrobras. O ministro requer que sejam analisados crimes que possam motivar uma ação penal.
Para o PT, não há justificativa para a investigação, uma vez que as contas da campanha foram aprovadas com ressalvas pelo TSE, sendo que “a suspeita levantada pelo ministro, de que doações oriundas de empresas investigadas pela Operação Lava Jato sejam decorrentes de corrupção, é frágil”.
ARGUMENTAÇÃO
O PT argumenta ainda que se o fato de ter recebido repasses de empresas investigadas justificasse uma apuração, “as mesmas suspeitas deveriam recair sobre todas as campanhas que receberam doações dessas empresas”.
“Constata-se que as mesmas empresas que estão sob investigação policial são doadoras de grandes somas para o PSDB e para o candidato derrotado Aécio Neves. […] Se as doações ocorridas ao Partido dos Trabalhadores por estas empresas são consideradas como de corrupção, logicamente que as doações ocorridas ao partido PSDB também o são”, afirmou o PT.
Na avaliação do partido, a investigação fera a própria Constituição, “que exige, nos pleitos eleitorais, todos os candidatos devem ser tratados com igualdade, impessoalidade e transparência”.
CRUZAMENTO DE DADOS
Gilmar Mendes, que é integrante do Supremo Tribunal Federal e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), usou em seu despacho informações das investigações do esquema de corrupção da Petrobras. Ele cruzou esses dados com as doações legalmente registradas na Justiça Eleitoral.
“Há vários indicativos que podem ser obtidos com o cruzamento das informações contidas nestes autos (…) de que o PT foi indiretamente financiado pela sociedade de economia mista federal Petrobras [o que é proibido pela lei]. (…) Somado a isso, a conta de campanha da candidata também contabilizou expressiva entrada de valores depositados pelas empresas.
DELAÇÃO PREMIADA
Entre os elementos da Operação Lava Jato usados pelo ministro está trecho da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa em que ele afirma ter doado R$ 7,5 milhões do esquema para a campanha de Dilma em 2014.
Segundo informações somadas pelos técnicos do TSE, empresas sob suspeita de participar do esquema doaram R$ 172 milhões ao PT entre 2010 e 2014. Mendes aponta que parte desses valores suspeitos foram transferidos para a contabilidade da campanha de Dilma.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGAs provas contra a campanha eleitoral de Dilma abundam. Em depoimento da delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, por exemplo, contou como foi chantageado pelo chefe da campanha do PT (o hoje ministro Edinho Silva) para fazer doações. O tesoureiro João Vaccari procedia da mesma forma. Mas o PT quer evitar que esses fatos sejam investigados. Ah, Brasil!... (C.N.)

A presidente Dilma, enfim, realizou o sonho de Raul Pilla


José Carlos Werneck
O sonho do político Raul Pilla de implantar no Brasil o regime Parlamentarista foi realizado pela nossa presidente Dilma Rousseff, que sem plebiscito, mensagem ao Congresso ou qualquer outro tipo de consulta, implantou a forma de governo que o ilustre gaúcho dedicou toda sua vida pública para tornar realidade.
Raul Pilla foi o político brasileiro, que no Congresso Nacional mais lutou, como deputado federal pelo Rio Grande do Sul, para implantar o sistema de governo parlamentarista. Indubitavelmente, foi o mais importante defensor deste sistema de governo ao longo da história da república brasileira.
Nascido em 1892, em Porto Alegre, este filho de imigrantes italianos participou ativamente da política, tendo iniciado muito cedo sua vida partidária. Participou dos acontecimentos mais importantes do século XX , no Brasil e em seu estado natal. Deputado por cinco mandatos, renunciou em 1966, pois sendo um ardoroso defensor da democracia liberal, não aceitava o autoritarismo do regime militar. Faleceu em 1973, sem ter visto o Parlamentarismo ser implantado como regime de governo definitivo em nosso País.
REGÊNCIA TRINA
Não é que agora, para surpresa de todos, a presidente Dilma implantou o parlamentarismo, aperfeiçoando ainda mais o sistema, que ao invés de ter somente um primeiro-ministro, voltando à Regência Trina, conseguiu três governantes nas pessoas do vice-presidente Michel Temer, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros!
Finalmente Raul Pilla poderá descansar em paz!

E-mails mostram a incrível influência da Odebrecht no governo


Marcelo Odebrecht era a eminência parda do governo
Deu em O Globo
Como mostram e-mails apreendidos pela Polícia Federal (PF) nas buscas realizadas na sede da Odebrecht em junho deste ano, em São Paulo, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, tentava influenciar diretamente o que o seria dito pelos presidentes a chefes de estados de outros países em agendas oficiais, sugerindo a postura presidencial nos encontros.
Mas as preocupações de Marcelo Odebrecht não se limitavam à Presidência da República. Nos e-mails interceptados pela PF, o empresário discutia desde o monitoramento de ministros que não tinham pensamento convergente com o interesse da construtora até o melhor revestimento do piso para o Alvorada.
Marcelo também estava atento às relações da empresa no exterior. Ele mesmo ajudou a definir quais os presentes seriam levados em nome da empresa a autoridades cubanas, entre elas o presidente Raúl Castro.
BOICOTANDO UM MINISTRO
Marcelo observava atentamente a movimentação no governo. O ex-ministro de Minas e Energia Nelson Hubner, que ficou interinamente no cargo de maio de 2007 a janeiro de 2008, foi alvo da atenção do empresário. Tudo por conta da atuação de Hubner no leilão da Usina de Santo Antônio, do Rio Madeira, que interessava à construtora. Marcelo Odebrecht escreveu:
“Alex, o Hubner está querendo jogar o PR (presidente Lula) contra nós. Importante você fazer essa mensagem chegar no seminarista (Gilberto Carvalho) ainda hoje”
Por influência ou não da Odebrecht, Hubner deixou o cargo. Após a saída dele, um dos funcionários da Odebrecht escreve sobre os nomes que podem assumir a secretaria executiva da pasta. Eles avaliam o nome do ex-presidente da Eletronorte José Antônio Muniz Lopes.
“QUEIMÁ-LO LOGO”
Um diretor da Odebrecht menciona a proximidade de Muniz Lopes com a Camargo Corrêa, o que preocupava Marcelo, que escreve: “Existe (sic) condições pelo histórico de trazê-lo para o nosso lado, ou pelo menos deixá-lo neutro? Caso não haja condições, é melhor queimá-lo logo”, orienta.
Marcelo também tinha interesse na rotina do Alvorada. Em outubro de 2007, numa outra troca de e-mail com o então presidente da Vale, Roger Agnelli, ele sugeriu ajudar na reforma do local. “Vamos evoluir na reforma do pátio do Alvorada? Se precisar de ajuda para definir qual pedra é a mais adequada, me avise”. A Vale fazia obras no Alvorada na época.
PRESENTES PARA CUBANOS
Amenidades também passavam pelo crivo de Marcelo. Em maio de 2011, às vésperas de viagem com Lula ao Porto de Mariel, em Cuba, o empresário definiu com funcionários quem receberia presentes da empreiteira na viagem. O 1º da lista era o presidente Raúl Castro, que faria aniversário em 3 de junho. Os regalos também seriam dados a Pedro Perera, das Forças Armadas de Cuba; Rodrigo Malmierca, ministro do Comércio Exterior de Cuba; e ao embaixador brasileiro no país, José Felício.
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CNI/Ibope: 82% desaprovam a maneira de Dilma governar


Deu no Terra
A taxa de aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff subiu para 10%, segundo a pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira, em meio às turbulências econômicas e políticas que o país atravessa. Segundo os dados, 21% acham “regular” e 69% o definem como “ruim ou péssimo”.
A aprovação de Rousseff subiu um ponto comparado com outra pesquisa do Ibope divulgada em julho, variação que está dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. O resultado da pesquisa realizada por Ibope coincide com outras realizadas nos últimos três meses, que indicam taxas de aprovação entre 7,7% e 10%.
Segundo a pesquisa, 82% desaprovam e 14% aprovam a maneira de a presidente governar. Na pesquisa anterior, referente a junho, esses percentuais estavam em 83% e 15%, respectivamente. De acordo com a pesquisa, 77% dos brasileiros não confiam na presidente, enquanto 20% confiam. Em março, esses índices estavam em 78% e 20%, respectivamente.
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 21 de setembro com 2.002 eleitores de 140 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é dois pontos percentuais e, segundo a CNI, o grau de confiança da pesquisa é 95%.
ECONOMIA
Durante o período de realização da pesquisa, o dólar bateu recordes e passou de R$ 4 pela primeira vez.
O governo apresentou um plano de ajuste fiscal, que inclui medidas impopulares como a alta de impostos e o corte de gastos públicos. Estas medidas foram um dos principais fatores que desgastaram a popularidade de Rousseff, segundo a pesquisa.
O Ibope indicou que 90% dos entrevistados desaprovam as políticas de impostos e o 89% estão insatisfeitos com a elevação das taxas de juros, que subiram para os atuais 14,25%.
A economia do país está em recessão técnica, após ter acumulado dois trimestres consecutivos de crescimento negativo entre janeiro e junho.
O governo calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) cairá este ano 2,44%, e analistas do mercado financeiro preveem – 2,8%.

Quem tem medo de Lula e de Dilma?


E se Lula, de repente, resolve contar sobre os empreiteiros?
Francisco Bendl
Lula e Dilma me lembram o filme “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?”, em que marido e mulher retornam bêbados para casa após uma festa, e acolhem em sua residência um casal diante do horário avançado, pois homem e mulher moravam longe do local da reunião.
Nesse meio tempo, esposo e cônjuge discutem a sua relação através de fortes acusações, ofensas e agressões em frente aos convidados.
Elizabeth Taylor ganhou o seu segundo Oscar por esta interpretação, que foi acompanhada pelo seu marido, à época, Richard Burton.
Lula, enquanto presidente da República, deve ter virado do avesso o Brasil no que diz respeito a fuçar nos segredos que havia entre a nação e seu mundo empresarial; parlamentares e seus comportamentos baseados em dividendos sobre contratos aprovados com a União; aparelhamento do Estado, compromisso dos ministros nomeados ao STF, e que devem ter se comprometido com o ex-presidente de uma forma ou de outra como agradecimento ao tão sonhado posto.
BOCA NO TROMBONE
Imaginem se Lula, e ele não precisa beber, resolver botar a boca no trombone e relatar essas relações promíscuas entre os poderes, com banqueiros, empreiteiros, os planos de roubos ao erário, as divisões com os aliados do produto dessas falcatruas, a maneira como o ex-presidente deixou o País à sua mercê, do seu jeito!
Assim, Lula deve soltar os cachorros sempre que se encontra com a sua colega de partido, a petista Dilma, acusando-a de colocar em risco essas relações estabelecidas fundamentalmente à base de corrupção e desonestidade, traição ao Brasil e ao povo, em face do dinheiro vultoso obtido explorando e extorquindo a população e País.
DELÍRIO
Dilma e a sua incompetência, confusão mental e comportamento que beira o delírio, deve deixar Lula temeroso de que a parcela de conhecimento que Dilma possui desses escândalos venha à tona, tanto pela paciência que ela pode perder em qualquer momento, quanto pela maneira de ter supostamente encontrado uma fórmula para amenizar sua culpa pelas sandices praticadas e sua omissão sobre os ilícitos cometidos pelo PT, certamente a pedido de Lula, em face do objetivo traçado de amealhar um patrimônio formidável durante o período que o PT está no poder, e cuja concessão se estendia aos amigos que colaboraram neste sentido.
Pois estava o ex-presidente tão tranquilo quanto à impossibilidade de o seu nome ser envolvido em qualquer processo, que não pensou no Plano B, de ser denunciado por cúmplices, diante da sua certeza de que Dilma faria um bom governo, receita para qualquer crise ser esquecida ou escândalo denunciado.
DEU TUDO ERRADO
Acontece que não somente o petrolão veio à baila, como o desempenho da presidente tem sido o pior possível, justamente os dois vetores que, unidos, poderão acarretar sérios e graves problemas ao petista pelo desvio de rota, antes um pouso programado em grande aeroporto, hoje uma descida de emergência, e sabe-se lá onde vai aterrissar!
Mas quem tem medo de Lula? Empreiteiros? Banqueiros? STF? Parlamentares? BNDES? Partidos aliados? As Instituições Brasileiras? Os governadores e ex-governadores do PT? Por fim, a quem Lula mais causa medo, pavor, a quem mais amedronta, na eventualidade remotíssima – mas uma possibilidade, por que não? – de chutar o balde e confessar como foi o seu governo e como escolheu Dilma à sua sucessão e para quê?
Bem, caso Lula tenha um ataque e decida contar a sua história, o Brasil virará de cabeça para baixo, e salve-se quem puder!

Dilma abastece a inflação: diesel sobe 4% e gasolina 6%.


(Folha) A Petrobras decidiu reajustar em 6% o preço da gasolina e em 4% o preço do diesel nas refinarias. O aumento passou a vigorar a partir desta quarta-feira (30). A decisão foi tomada pela companhia na noite desta terça-feira (29) diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias –em setembro a moeda americana se valorizou em 13% ante o real. 
O reajuste é uma sinalização ao mercado de que a empresa, que passou a ser comanda por Aldemir Bendine em fevereiro, tem autonomia para definir sua política de preços dos combustíveis. "A empresa tem independência na sua política de preços e assim será", disse o executivo à Folha em julho. 
Integrantes do governo disseram à Folha que o próprio Palácio do Planalto considerou inevitável o reajuste dos combustíveis em razão das dificuldades financeiras da empresa, fortemente impactada pela disparada recente do dólar, o que ampliou os já elevados níveis de endividamento da companhia. 
A nova alta dos combustíveis também deve ser um novo desafio para o Banco Central cumprir a sua meta de inflação (4,5% neste ano em 2016, com tolerância de dois pontos percentuais), já que a mudança de preço se reflete em uma série de itens, como transporte público e transporte de carga. 
O preço nas bombas é livre e costuma ser reajustado à medida que o combustível com preço novo chegue aos postos. Em geral, segundo sindicato dos postos de combustíveis, os últimos aumentos de preço para o consumidor têm sido um pouco menor que o das refinarias. 
O reajuste anterior da gasolina havia acontecido em novembro, 11 dias após o segundo turno da eleição que garantiu o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, houve um aumento de 3% no preço da gasolina e de 5% no do diesel nas refinarias. Em anos anteriores, o governo (principal acionista da empresa) havia resistido a liberar o aumento, pelo seu impacto na inflação. 
Desta vez, porém, o endividamento da Petrobras (que já perdeu o grau de investimento de duas das maiores agências de classificação de risco, Moody's e S&P) está crítico e vem sendo pressionado pela alta do dólar, já que parte dela (73%) está atrelada à moeda norte-americana. Segundo dados do primeiro semestre (os mais recentes), a estatal tem uma dívida de US$ 140 bilhões. Desde então, o dólar à vista se valorizou em 32%. 
Outro problema para a companhia é que a valorização da moeda americana fez com que a estatal passasse a ter nas últimas semanas prejuízo na venda da gasolina –vende o combustível mais barato no país do que a cotação internacional. 
Estimativa do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) mostra que essa defasagem era de 5,8% no dia 23. Essas dificuldades, além do escândalo de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, contribuíram para as ações da estatal perderem um terço do valor neste ano. 
BLOG DO CORONEL

LULA ESTÁ EM TODAS

Lula intermediava empréstimos do BNDES e ainda cobrava pelas palestras para favorecer Odebrecht em obras que geravam propina para PT no exterior.

(Globo) O termo lobby, que traduzido do inglês para o português quer dizer saguão ou antessala, ganhou novo significado na política. A palavra também é usada para designar a atividade de pressão sobre políticos ou poderes públicos, influenciando-os em decisões que beneficiarão pessoas, grupos, partidos ou instituições. Em geral, o pagamento pela atividade é calculado a partir dos valores dos negócios fechados. O lobby não é atividade regulamentada no Brasil, e se for praticada mediante concessão de benefícios ou vantagens pessoais, pode ser interpretada como tráfico de influência.
É isso que é investigado em inquérito da Procuradoria da República no DF, que apura se o ex-presidente praticou tráfico de influência internacional, crime incluído no Código Penal em 2002. Telegramas diplomáticos trocados entre chefes de postos brasileiros no exterior e o Ministério das Relações Exteriores, entre 2011 e 2014, revelados em julho, indicam que as atividades de Lula em favor da Odebrecht no exterior foram além de palestras. Os documentos apontam que Lula atuou em duas ocasiões para beneficiar a empresa. A investigação quer saber se o lobby foi remunerado. O Instituto Lula alegou, à época, que as palestras foram pagas.
A assessoria do Instituto Lula classificou de atuação “lícita, ética e patriótica” do ex-presidente Lula quando defende os interesses de empresas brasileiras no exterior. Diz a nota da assessoria do ex-presidente: 
“Em seus dois mandatos, Lula chefiou 84 delegações de empresários brasileiros em viagens por todos os continentes. A diplomacia presidencial contribuiu para aumentar as exportações brasileiras de produtos e serviços, que passaram de US$ 50 bilhões para quase US$ 200 bilhões, e isso representou a criação de milhões de novos empregos no Brasil. Só uma imprensa cega de preconceito e partidarismo, poderia tentar criminalizar um ex-presidente por ter trabalhado por seu país e seu povo”, escreveu o instituto.
No texto, a assessoria de Lula afirma haver uma “repetitiva, sistemática e reprovável tentativa de alguns órgãos de imprensa e grupos políticos de tentar criminalizar a atuação lícita, ética e patriótica do ex-Presidente Lula na defesa dos interesses nacionais, atuação que resultou em um governo de grandes avanços sociais e econômicos, com índices recorde de aprovação”.
Continua a nota: “temos a absoluta certeza da legalidade e lisura da conduta do ex-presidente Lula, antes, durante e depois do exercício da presidência do país, e da sua atuação pautada pelo interesse nacional”.
O ex-ministro Miguel Jorge admitiu a troca de mensagens com os executivos da Odebrecht. Ele afirmou que presenciou pelo menos “meia dúzia de vezes” o ex-presidente Lula vendendo empresas brasileiras a outros presidentes. — Essa palavra lobby, depois deste escândalo, passou a ser muito pejorativa. O que esses caras fizeram não foi lobby, foi corrupção. Agora, quando você fala que o presidente de um país que tem interesse em um consórcio de empresas brasileiras, das quais duas eram estatais, tenham uma situação importante numa obra de não sei quantos bilhões de dólares, é absolutamente natural. Isso foi feito de maneira absolutamente transparente sem nenhuma sacanagem no meio — explicou o ex-ministro.

O ex-chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, disse em nota “negar categoricamente que recebeu diretamente de Marcelo Odebrecht ou Alexandrino Alencar qualquer sugestão para discursos em agendas internacionais ou assuntos relativos à Odebrecht”.
Segundo Carvalho, “o presidente Lula sempre expressou que queria se transformar em um caixeiro viajante do Brasil”, por isso, em viagens, “sempre fez questão de convidar muitos empresários, realizando reuniões nos países visitados na perspectiva de abrir novas negociações para empresas brasileiras; a Odebrecht foi uma dentre muitas”, afirmou.
Por meio de nota, a Odebrecht informou que “os trechos de mensagens eletrônicas divulgados apenas registram uma atuação institucional legítima e natural da empresa e sua participação nos debates de projetos estratégicos para o País - nos quais atua, em especial como investidora". A empresa disse "lamentar" a divulgação das mensagens nos processos contra a Odebrecht, por considerar que as mensagens não teriam "qualquer relação com o processo em curso”.
BLOG DO CORONEL

TCU julga crimes fiscais da Dilma na próxima semana.


(G1) O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (30) que julgará na próxima semana o processo sobre as contas do governo Dilma Rousseff em 2014. O dia exato, porém, ainda será definido. As sessões da corte ocorrem tradicionalmente às quartas-feiras, mas o presidente do tribunal, Aroldo Cedraz, não descarta convocar uma sessão extraordinária em outro dia da semana. A data exata deve ser divulgada até esta quinta (1º).
O relator do processo, ministro Augusto Nardes, defendeu que o julgamento ocorra o quanto antes. “Já foram dadas todas as oportunidades para o governo fazer a sua defesa. Nós demos um prazo muito elástico”, argumentou.

O primeiro pedido de esclarecimentos sobre as contas de 2014 foi feito em junho pelo TCU, com prazo de 30 dias para resposta. Mas devido à inclusão de novos fatos ao processo, no mês de agosto, o governo acabou ganhando mais tempo para se defender da suspeita de ter adotado manobras para aliviar, momentaneamente, as contas públicas.

“Pedaladas fiscais”
 
O processo do TCU que analisa as contas do governo Dilma de 2014 apura supostas irregularidades para aliviar, momentaneamente, as contas públicas. Entre elas, estão as manobras que ficaram conhecidas como “pedaladas fiscais”.

As pedaladas consistem no atraso dos repasses para instituições financeiras públicas do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários, como Bolsa Família, seguro-desemprego e subsídios agrícolas. Esse tipo de atraso permite ao governo ter dinheiro em caixa por mais tempo, mas obriga instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil a usar recursos próprios para honrar compromissos.

O TCU afirma que a prática de atrasar os repasses permitiu ao governo melhorar o resultado das contas públicas, inflando o chamado superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter a trajetória de queda). O órgão de fiscalização também destaca que o volume de operações no governo Dilma foi muito superior ao realizado nas gestões de outros presidentes.

O governo argumenta que não há irregularidades na manobra de atraso de pagamentos a bancos públicos e diz que esse procedimento já foi realizado pelos governos Fernando Henrique Cardozo e Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento das contas é feito todo ano, como determina a Constituição. Nele, os ministros do tribunal dizem se recomendam ou não ao Congresso a aprovação do balanço do ano passado. O TCU nunca votou pela rejeição. Após o julgamento pelo TCU, as contas precisam ser analisadas pelo Congresso Nacional.
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Postos de combustíveis programam repasses com cautela

Aumento dos preços atinge rápida e diretamente vendas do segmento

Jornal do BrasilPedro Leite *
Após o anúncio do reajuste dos preços de gasolina e diesel, donos de automóveis por todo Brasil começaram a quarta-feira (30) refazendo suas contas diante do provável repasse do aumento para seus bolsos. Contudo, especialistas do setor apontam que, com a contração da economia derrubando as vendas, o repasse deve ser implementado com cuidado.
"Os postos aguardam antes de se posicionarem. Se subir muito o preço, eles não vendem. Há cautela para o reajuste", afirma Emílio Martins, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região (Recap) e diretor da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis).
A Petrobras informou, na noite de terça-feira (29), que decidiu reajustar os preços de venda de seus combustíveis nas refinarias. Os reajustes são de 6% na gasolina e de 4% no óleo diesel. O aumento vem em momento difícil para a empresa, no qual a alta do dólar pressiona as dívidas e há queda dos preços do petróleo, causado por um excesso de oferta global da commodity.
Os aumentos já valem a partir de hoje. “Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS”, especificou a estatal em nota.
"Amanhã já temos um cenário mais definido, com o governo se pronunciando com relação às projeções dos preços de bomba. Quem comprou combustível hoje já está fazendo reajustes. Vai depender de como se comportam as distribuidoras. Tem companhia anunciando aos postos que o preço vai subir R$ 0,10 no diesel e R$ 0,15 na gasolina", avalia Martins.
Após reajuste, repasses devem se definir mais claramente a partir de amanhã (1º/10).
Após reajuste, repasses devem se definir mais claramente a partir de amanhã (1º/10).
Como consequência do cenário de retração econômica do país, que afeta o setor de combustíveis com intensidade, os donos de postos encaram com prudência a elevação dos preços.
"Nos últimos dois meses, a queda de vendas foi explícita e geral. A atividade econômica diminui e, consequentemente, também o consumo. Qualquer tipo de aumento pode acentuar uma menor demanda, principalmente dos carros de passeio", afirma Martins. "Determinados setores diminuíram em 50% o frete. Isso tem reflexo direto no segmento de combustíveis. Qualquer tipo de ajuste potencializa isso".
Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional de Comércio, Bens e Serviços (CNC), afirma que o segmento é o mais atingido em termos de queda de vendas. "Combustível não depende tanto de crédito, de confiança do consumidor. Depende basicamente de preço", explica o economista.
Segundo Bentes, houve diminuição de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado (janeiro a julho) analisado. Nesse período, o desempenho é o pior do setor desde 2006, quando a perda chegou a 10%.
"O principal problema das vendas nesse segmento tem sido o comportamento dos preços. A inflação média no varejo desse período tem ficado em 6,4%. A inflação dos combustíveis e lubrificantes medida pelo IBGE é de 9,1%, a inflação mais alta dos dez segmentos do varejo", analisa Bentes. "No passado o problema do setor foi o custo, agora é a receita. A economia está encolhendo, a perspectiva é de 3% de encolhimento do PIB esse ano. A circulação de pessoas e mercadorias diminui, derrubando a receita", avalia.
O último reajuste do preço de venda nas refinarias de gasolina e diesel foi anunciado em novembro de 2014. A gasolina subiu 3% e o diesel 5%.
Reajuste levanta preço de ações da Petrobras
As ações da Petrobras foram beneficiadas pelo anúncio do reajuste. No encerramento da Bovespa desta quarta-feira, os papéis Petrobras ON eram negociados em alta de 8,79%, negociados a R$ 8,54, enquanto os PN tiveram valorização de 9,86%, a R$ 7,24. Em Nova Iorque, os ADRs (American Depositary Receipts) da empresa terminaram cotados a US$ 4,35, subindo 11,83%.
* do projeto de estágio do JB

Dilma demite Renato Janine do Ministério da Educação

O ministro Renato Janine Ribeiro, da Educação, foi demitido na tarde desta quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff, como parte da reforma ministerial. Ele foi chamado ao Palácio do Planalto para ser informado da saída. Janine sucedeu Cid Gomes na pasta. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, deixará o cargo para assumir a Educação,  pasta que já ocupou anteriormente. Para a Casa Civil irá o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner.
Renato Janine Ribeiro
Renato Janine Ribeiro
Dilma também definiu que a nova Secretaria de Governo, a ser comandada pelo petista Ricardo Berzoini, vai englobar a Secretaria das Micro e Pequenas Empresas, o Gabinete de Segurança Institucional e a Secretaria Geral, todos atualmente com status de ministério.
O atual ministro da Defesa, Jacques Wagner, disse hoje (30) que, mesmo que seja convidado e assuma a Casa Civil da Presidência da República, o trabalho de articulador político do governo deve continuar com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini.
“Acho que é isso que a presidenta [Dilma Rousseff] está buscando: a negociação política, não só com as duas Casas [do Congresso Nacional], mas com os governadores, estar a cargo do ministro Berzoini”, disse Wagner.
“Acho que é isso que a presidenta está buscando: a negociação política", disse Jaques Wagner
“Acho que é isso que a presidenta está buscando: a negociação política", disse Jaques Wagner
>> Jaques Wagner diz que está à disposição "no que puder ajudar”
Wagner explicou que não trabalha na condução da reforma administrativa e que o papel de ministro da Casa Civil é outro. “Eu vivi como articulador político quando a presidenta Dilma estava na Casa Civil e não houve nenhum tipo de esbarrão. Cada qual tinha sua missão, e na época o presidente Lula foi muito claro quanto a isso”. Segundo Wagner, a Casa Civil tem a obrigação de normatizar e auxiliar na condução de programas prioritários, negociando, sim, com partidos da base e da oposição para facilitar as votações no Congresso. A articulação política tem uma função diferenciada, ressaltou.
O ministro disse, porém, que ainda não foi convidado formalmente, mas pode contribuir com sua boa relação com o Congresso. “Eu tenho essa fama de ser adepto do diálogo. As pessoas acham que há dificuldades nessa área e que eu possa contribuir. Mas não acredito que alguém seja o solucionador isolado, isso não existe. É um trabalho de equipe, comandado pela presidenta da República”, afirmou Wagner. Ele destacou que tem uma boa relação com as lideranças do PMDB, um dos partidos da base aliada ao governo.
No comando do Ministério da Defesa, Wagner disse que sempre tenta ajudar no projeto de governo. “São ministérios [Defesa e Casa Civil] igualmente importantes. As Forças Armadas são instituições centenárias. Não vou negar, se for formalizado o convite, vou cumprir minha missão, mas deixo a pasta com tristeza porque eu vislumbrava uma caminhada ainda com muita coisa a melhorar”, disse o ministro.

Marinalva Pedrosa: a vez da Capuchinha


Marinalva Pedrosa - Especial Força do Campo


Reprodução
Capuchinha - Tropaeolum majus L

A procura e o interesse do consumidor por novidades na alimentação aumentam a cada dia, o que, consequentemente, influencia o mercado das hortaliças destinadas ao consumo in natura. Tal tendência deve-se ao fato de a população agora voltar seu olhar para alimentos que promovam uma melhor qualidade de vida e benefícios à saúde. Dentre esses alimentos de grande potencial nutricional, destacam-se as hortaliças não convencionais.
Uma delas é a Capuchinha (Tropaeolum majus L.), que ocorre em todo o Brasil. De fácil cultivo, a espécie alastra-se espontaneamente, adapta-se a todos os tipos de clima e floresce durante quase todo o ano, desenvolvendo-se melhor quando o plantio é feito em épocas quentes – razão pela qual se destaca ainda mais no clima que temos vivenciado nos últimos meses - e em solos ricos em matéria orgânica. Ela apresenta crescimento rápido e hábito trepador, sendo recomendada como planta companheira para cultivo com outras espécies por atrair lepidópteros (insetos como a borboleta), repelir pulgões e besouros e melhorar o crescimento de outras plantas.
Apesar da facilidade de propagação, de cultivo e da diversidade de uso, a Capuchinha ainda é pouco conhecida, principalmente como hortaliça. Visando resgatar as chamadas hortaliças não convencionais, a Epamig com apoio de parceiros tem realizado e participado de trabalhos de divulgação e esclarecimentos aos consumidores e produtores. Uma destas ações é o ‘Festival da Primavera,’ que acontece durante toda a estação, em Sete Lagoas. Em sua primeira edição, o festival destaca a Capuchinha como flor comestível. Com ações organizadas pela Prefeitura de Sete Lagoas com apoio da Epamig e diversos parceiros, a proposta é divulgar e incentivar cultivo e consumo da Capuchinha com a distribuição de mudas e cartilhas.
Amplamente utilizada como planta medicinal, tem diversas propriedades curativas. As folhas apresentam grande quantidade de vitamina C, sendo capazes de aliviar sintomas de resfriados. Também aproveitada como planta ornamental e na apicultura comercial, a Capuchinha é uma boa alternativa para produtores de hortaliças que buscam diversificar a produção ou o cultivo de plantas medicinais e flores comestíveis.
A Capuchinha tem toda a parte aérea comestível, incluindo caule, folhas, flores, botões florais e frutos verdes. As folhas e flores possuem sabor acre e picante, com alto valor nutritivo, podendo ser servidas ao natural ou enfeitando saladas. Além de ornamentar, conferem sabor refrescante quando combinadas com legumes, frutas, azedinha e alface. As flores são ainda fonte de luteína, que está relacionada à prevenção de doenças como catarata e degeneração macular.
Em parceria com diversas instituições, a Epamig criou bancos ativos de hortaliças não convencionais para manutenção dessas espécies, além de apresentar palestras, dias de campo e distribuição de materiais técnicos e didáticos a associações e instituições interessadas. No www.epamig.br podem ser baixados cartilhas e boletins técnicos sobre essa e outras hortaliças não convencionais.
A Capuchinha é uma boa alternativa para produtores de hortaliças que buscam diversificar a produção e também para aqueles interessados no cultivo de plantas medicinais e flores comestíveis

Queijo: produtores mineiros apostam num mercado que cresce 11,4% ao ano


Lídia Salazar Especial para Força do Campo


Sérgio Amzalak/divulgação
Queijo: produtores mineiros apostam num mercado que cresce 11,4% ao ano

Apostando na diversificação para atender a todo tipo de consumidor, o mercado de queijos tem oferecido uma rica oportunidade de opções. No Brasil são fabricadas inúmeras marcas, diferenciadas pelo tipo de leite, bem como a região e forma de fabricação. É um mercado que vem aumentando a produção, rendimento e crescendo em variedades.
De acordo com a Mintel, uma das principais agências de inteligência de mercado do mundo, de 2006 a 2013, o segmento de queijos no Brasil cresceu 9,4% ao ano em volume e 7,7% ao ano em faturamento total, devendo aumentar seu ritmo de crescimento até 2017. A projeção é que os volumes de queijos vendidos cresçam, em média, 11,4% ao ano entre 2014 e 2017, e os valores anuais de venda 11,1% ao ano. O mercado deverá atingir R$ 20 bilhões em vendas em 2017.
O perfil de consumo de queijos no país é ainda muito baseado nos ‘convencionais’, feitos com o leite de vaca, como a muçarela, o queijo prato e o requeijão, sendo que esses representam quase 70% do volume consumido, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq). E nesse cenário, 50% da produção nacional de queijos industrializados e artesanais estão concentradas em Minas, onde teve início a história do queijo no país.
Atualmente, os queijos não convencionais, especialmente os fabricados com leite de búfala e cabra, têm ganhado espaço e conquistado paladares. Pesquisa da Mintel apontou, numa amostra de 1.500 adultos (acima de 16 anos), percentuais consideráveis de entrevistados que já tinham consumido outros tipos de queijos, além da muçarela, prato e requeijão. Vinte e cinco por cento já havia experimentado o camembert e o brie, 49% o provolone, entre outros tipos. Com esses dados, concluiu-se que há muitas oportunidades de crescimento de mercado para diferentes tipos de queijo e do consumo daqueles com maior valor agregado.
Mozzarela
O queijo do leite de búfala, chamado de mozzarela, é mais branco e doce que o produzido com leite de vaca. O produtor precisa de um selo de garantia para certificar a pureza do produto. O nome mozzarela, original da Itália, só pode ser atribuído ao produto que seja elaborado exclusivamente com leite de búfala.
Maurício Lapertosa, proprietário da Fazenda Belcon, em Esmeraldas, a 60 km de Belo Horizonte, tem 750 cabeças entre búfalos e búfalas numa área de 350 hectares, que comporta uma produção de mozzarela de 300 kg/dia. “Tenho búfalas que produzem até 25 litros de leite por dia”, conta Maurício Lapertosa, que há mais de 30 anos trabalha com a raça murrah. O produtor revela que já exportou animais para a Colômbia, Venezuela e Argentina, já que, segundo ele, essa é a raça mais procurada para a produção de leite.
Na Fazenda Belcon, a cada cinco litros de leite é possível fazer um quilo de mozzarela. Vale ressaltar que para produzir a mesma quantidade com leite de vaca seriam necessários entre 10 e 12 litros. “Costumo dizer que a mozzarela de búfala é boa para o bolso de quem cria e para o coração de quem consome.
Tem muita vitamina A, 56% menos colesterol, o dobro de cálcio e não tem sal”, pontua ele.
Maurício Lapertosa vende para supermercados e restaurantes de Belo Horizonte. O preço médio de comercialização é de R$ 30 o quilo. A apresentação mais da mozzarela é em bolas acondicionadas em soro, podendo ser encontrada também na forma de tranças, palitos, nozinho, bola recheada, cerejinha, mauta defumadas, drenadas e também em blocos para fatiar.

Produzido em minas mas nem tão tradicional
Outro queijo que vem ganhando mercado é o produzido com leite de vaca da raça gir. Apesar de estar entre os tradicionais produtos feitos com leite de vaca, o queijo de gir tem conquistado o consumidor por suas qualidades nutricionais. “O leite do gir é nobre na Índia, onde é usado como remédio contra várias doenças. No Brasil, é considerado não alérgico para quem tem problemas com lactose, por possuir a proteína beta caseína A2”, explicou Túlio Madureira da Silva, produtor na região do Serro, em Minas Gerais.
Grife no queijo
A marca de produto artesanal Queijo do Gir está no mercado há 10 anos. A fazenda possui 45 ha divididos em 60 piquetes rotacionados. “Temos 22 vacas em lactação o que garante uma produção de 30 peças de queijo/dia, com cerca de 210 litros de leite/dia”. A marca é comercializada no Mercado Central, em Belo Horizonte; no Rio de Janeiro e em breve estará em São Paulo. A venda também é feita pela internet.
O preço do Queijo do Gir está condicionado ao tempo de maturação, que é mínima de 45 dias, variando de R$ 50 a R$ 150. “Tudo é feito de maneira muito artesanal e extremamente cuidadosa, pois não vendemos somente queijo, mas a cultura e a nossa história”, diz o produtor.

Variedade também no queijo de leite de cabra
Os queijos de cabra podem ser encontrados em diversas variedades de sabor e formato, sendo classificados de acordo com a consistência da massa e o processo de cura, que irão determinar o aroma e o sabor. Marli Alves, proprietária do laticínio Capril Santa Cecília, localizado na Fazenda Papagaios, em Itaguara, é produtora de queijo de cabra e alguns derivados. Ela possui 50 cabeças em lactação e consegue uma produção diária de 20 quilos de queijo, com variação de acordo com a produção do leite que cada animal fornece por dia.
Na produção, são necessários seis litros de leite para um queijo de 500g. Segundo Marli Alves, o principal desafio na comercialização é vencer o preconceito que existe em relação ao odor do produto. “Nós temos o cuidado de deixar as cabras e os bodes separados, porque quando eles são criados longe um do outro, o leite não tem cheiro forte. E ainda colocamos as cabras na direção contrária ao vento. Infelizmente, a maioria dos produtores não faz isso, o que deixa o queijo com um aroma ruim, prejudicando a fama do produto”, lamenta.
Apesar disso, a produtora tem sua fabricação como um bom negócio e pretende continuar investindo na qualidade do queijo. Marli Alves garante que os benefícios são muitos para quem consome o produto. “O queijo de cabra é de fácil digestibilidade, tem grande parte de suas moléculas de gordura em tamanho reduzido, o que facilita a quebra e contribui para a absorção dos nutrientes”. Além disso, ela explica que problemas digestivos, úlcera e gastrite, podem ser amenizados com o consumo de leite de cabra, pois devido a sua composição, diminui a acidez e contribui para a cicatrização das paredes do estômago.
Barbacena
Quem também investe em queijo de leite de cabra é Luiz Carlos de Oliveira, da Capril Santa Fé, em Barbacena, que retira 150 litros de leite por dia. “Tenho 30 cabras, entre jovens e adultas. Para complementar a minha produção de queijo, conto com cinco produtores que me fornecem o leite”, revela. Com a ajuda dos outros rebanhos, ele consegue produzir cerca de 30 quilos de queijo por dia. O preço do seu queijo varia entre R$ 25 e R$ 40, e ele comercializa em supermercados e mercados de Belo Horizonte.
Uma curiosidade é que a França é um país de grande tradição na produção desses queijos de leite de cabra. No entanto, pode haver na produção mistura de leite de vaca e de ovelha. A palavra chèvre, cabra em francês, estampada nas embalagens de produtos comercializados, mostra que o queijo é feito somente com leite do animal. Se for feito com 50% de leite de cabra e 50% de outro tipo de leite é chamado de mi-chèvre.
M.Cordeiro/divulgação
Queijo: produtores mineiros apostam num mercado que cresce 11,4% ao ano
LACTOSE – O queijo de leite de vaca gir tem a beta caseína A2, proteína que não causa alergia

“O queijo de cabra é de fácil digestibilidade, tem grande parte de suas moléculas de gordura reduzidas”