domingo, 26 de julho de 2015

Empresas incubadas e startups não sentem crise

JORNAL OHOJE - GO
Empresa incubadora tem 20 anos de existência e, em 2014, conseguiu ampliar em 50% o seu espaço físico

Agência Brasil

O faturamento de R$ 289 milhões registrado no ano passado pelas 54 empresas graduadas e as 27 empresas nascentes da Incubadora de Empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) não é fruto de nenhum “milagre”, disse à Agência Brasil a gerente da incubadora, Lucimar Dantas.
“As empresas que a Coppe atende estão em crescimento. São empresas que acabaram de nascer”. A incubadora tem 20 anos de existência e, em 2014, conseguiu ampliar em 50% o seu espaço físico, passando de dois para três prédios, sendo que o terceiro edifício é voltado para a área de petróleo, gás e energia e pode abrigar mais nove empresas. “São dois fenômenos que se somam: o fato de essas empresas estarem em fase de crescimento, o que as leva a ser sempre mais aceleradas que a média e, como são pequenas, são mais ágeis que as demais para mudar. No momento que percebem uma crise, elas têm mais agilidade para mudar o seu direcionamento. Além disso, a incubadora cresceu em capacidade, o que aumenta o bolo”, disse Lucimar. Em relação a 2013, o faturamento aumentou 22%.
Inovação tecnológica
O grande foco das empresas incubadas é a inovação tecnológica e para estarem incubadas, elas têm que interagir de alguma maneira com a UFRJ. Em sua maioria, as empresas incubadas são formadas por alunos ou ex-alunos da Coppe-UFRJ, mas Lucimar Dantas garantiu que não existe restrição à participação de empresas de alunos de outras instituições de ensino superior. Cerca de 50% das empresas incubadas têm negócios e pesquisas relacionados à cadeia de petróleo e gás. A incubadora deverá totalizar até dezembro 30 startups (empresas recém-criadas e rentáveis) incubadas, incluindo quatro que entraram no final de junho. Elas poderão ficar incubadas pelo prazo de três anos e contarão com assessoramento, treinamento e acompanhamento.
A crise econômica também não afetou a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo, disse à Agência Brasil o coordenador técnico do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), entidade gestora da incubadora da Universidade de São Paulo (USP), José Carlos de Lucena. “Não estamos sentindo a crise. É muito cedo. Como a maioria das empresas está em fase de desenvolvimento, isso não afeta”, declarou. O mesmo ocorre, segundo Lucena, em relação às empresas que já estão no mercado. “Ainda não veem o reflexo da crise não”.
A incubadora da USP fechou o mês de junho deste ano com 112 empresas, em diversos estágios de incubação. Até junho, foram graduadas 136 empresas. A maior parte das empresas incubadas desenvolve projetos nas áreas de medicina e saúde, tecnologia da informação (TI) e fármacos, informou Lucena.
Na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (IEBT) da Universidade Federal de Viçosa (MG), a crise econômica não está afetando as startups, disse à Agência Brasil a gerente de Novos Negócios da unidade, Danielle Silveira Leonel. “Está correndo tudo bem”. Segundo ela, não houve até o momento comentários a respeito da crise. A incubadora é multidisciplinar. No momento, ela tem nove empresas nascentes incubadas nas áreas de biotecnologia, alimentos, ciências agrárias, mecânica, tecnologia da informação (TI). “Talvez pelo fato de serem empresas novas, que estão começando agora, elas não estejam sentindo muito a crise”, completou Danielle. (Agência Brasil)

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