O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirma que ainda é preciso cautela ao se
falar num eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Mas diz, porém, que com a delação premiada do dono da UTC, Ricardo
Pessoa, e a possível rejeição das contas do governo pelo Tribunal de
Contas da União (TCU), esse desfecho se torna cada vez mais próximo.
Aécio voltou a defender o ex-candidato a vice em sua chapa, Aloysio
Nunes (PSDB-SP, também citado por Pessoa.
Após as revelações de Ricardo Pessoa, o pedido de impeachment de Dilma volta à agenda do PSDB?
Continuo tendo a cautela de sempre nessa questão, mas é perceptível que o
conjunto da obra leva a uma indignação da sociedade brasileira e essa
indignação é um dos insumos necessários para que se chegue a esse
desfecho. No entanto, vou continuar esperando que as coisas caminhem. Um
momento extremamente importante para todo esse processo, até para a
nossa definição, será o julgamento do Tribunal de Contas. É inaceitável
que a presidente queira continuar transferindo responsabilidades sobre
os atos do governo.
Outros líderes da oposição afirmam que já há elementos para pedir o afastamento da presidente da República.
Nós vamos conversar no início da semana, com todas as lideranças, para
definir, de forma clara, os próximos passos que nós vamos dar. Mas o
cerco é cada vez maior. E, como diz aquela expressão erga omnes
usada numa operação pela Polícia Federal, mais do que nunca, a lei é
para todos. Quem cometeu os delitos, vai ter que responder por eles.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que foi seu vice na chapa presidencial, também foi citado pelo dono da UTC.
Não se pode misturar um apoio legítimo, que um candidato recebeu,
declarado na Justiça Eleitoral, com o assalto comandado pelo PT que foi
feito na Petrobrás. Essas coisas não se misturam. O Aloysio é um homem
de bem e é um dos nomes mais críticos a tudo o que está acontecendo com o
País.
O que achou das últimas declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com críticas à Dilma e ao PT?
Lula tenta agora se descolar do governo, como se pudesse haver uma
criatura sem um criador. O nosso papel agora será mostrar que não
haveria Dilma sem Lula e não haveria esse governo, se não houvesse Lula e
não houvesse Dilma. Eles são uma coisa só. Foram para o bem e serão
agora também no momento difícil.
No próximo domingo, durante a convenção do PSDB, o sr.
vai ser reconduzido à presidência nacional do partido. Há consenso em
torno do seu nome?
Sim, é uma chapa única. Particularmente, acho que o PSDB está no melhor
momento da sua história. Desde a última eleição houve um reencontro, uma
reconciliação, do PSDB com setores da sociedade do qual o partido
estava distanciado, e isso é algo que não pode ser desperdiçado.
Sempre há muita disputa interna no PSDB para decidir quem será o candidato à Presidência. Isso vai acontecer em 2018?
Nós sabemos que a viabilidade do nosso projeto passa pela nossa unidade.
Ou estaremos todos unidos ou vamos perder mais uma chance histórica.
O sr. é a favor de prévias?
Sou, sempre fui.
blog do coronel
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