Ana Maria consome chocolate há 25 anos e já tentou dieta e promessa.
Residente em Uberaba, ela faz acompanhamento para comer 10g por dia.
Ana diz que usava mesada e conta dos pais para ter
chocolate (Foto: Ana Maria Pereira/ Arquivo Pessoal)
Nem só na Páscoa o chocolate se torna o alimento mais consumido pela empresária Ana Maria Pereira Silva, residente em Uberaba. Atualmente com 30 anos, ela se declara chocólatra desde a infância em Rio Verde
(GO). Mesmo com histórico médico de alergias e tratamentos
nutricionais, ela afirma não se ver sem a guloseima. Para a data
destinada à ressureição de Cristo e ao consumo dos chocolates, a
empresária não se culpa por abrir mão da dieta e saborear o alimento
preferido.chocolate (Foto: Ana Maria Pereira/ Arquivo Pessoal)
Ana se recorda que o paladar é aguçado para chocolates desde os cinco anos. Na época, a família oferecia o doce até perceber que a situação estava fugindo do controle. Foi aí que Ana começou a fazer peraltices ou ganhava o doce de amigos da família.
"Consumia cerca de quatro caixas de 500g. Eu guardava o dinheiro da mesada e minha mãe tinha conta na padaria, então eu já saia da escola e pegava no mínimo dois tabletes de 200g. No início, eu comia pelo sabor. Com o passar dos anos, era uma sensação prazerosa e relaxante", revelou.
Consegui diminuir o consumo, mas nunca parei "
"Meus pais com o tempo perceberam que era um vício. Quando eu tinha oito anos de idade, tive uma crise alérgica, fiz tratamento em clínicas e consegui diminuir o consumo, mas nunca parei. Aos 13 anos, me recordo que eu e uma amiga comemos tanto chocolate que chegamos a internar, ficamos inchadas e com a pele toda avermelhada", contou.
O vício levou a empresária a seguir tratamento de saúde e nutricional durante oito meses. Até promessa e substituição do doce já estiveram entre as tentativas de corrigir os hábitos alimentares. "Tive abstinência quando fiz o tratamento na clínica, me recordo que um dia surtei e consumi em um dia a média de um quilo. Há dois anos, fiz uma promessa de ficar a quaresma sem consumir chocolate, foi quando descobri a alfarroba, que tem o sabor bem parecido e é saudável", disse.
"Qualquer pessoa que come uma grande quantidade pode ter cólica abdominal, diarreia e, em alguns casos, vômitos. Também pode levar a ganhos de peso e complicações como doenças cardiovasculares, obesidade e, principalmente, diabetes. O adequado é o consumo de até 30 gramas por dia", alertou.
Sem culpa
Ciente e vítima de alguns riscos do consumo excessivo, Ana Maria é presença constante em consultórios de nutricionistas e encara a paixão por chocolate com humor. Ela conta que pessoas próximas se divertem junto. "Meus amigos e familiares já sabem sobre meu vício. Atualmente é tranquilo, pois tomei consciência que tudo em excesso prejudica a saúde. Quando estou muito nervosa, ainda escuto 'vai lá comer um chocolatinho para acalmar'", contou.
O controle da quantidade da guloseima se tornou uma alternativa, mas a chocólatra não deixa de pensar no ovo de chocolate trufado que está garantido para o feriado. "Faço acompanhamento nutricional, mas nunca deixei de consumir. Atualmente, consumo uma cerca de 10g e opto pelo meio amargo, mas tem dias que não consigo. Quando estou ansiosa ou na TPM (tensão pré-menstrual), o consumo aumenta para 200g fácil. Na Páscoa, me permito. No ano passado consumi dois ovos de chocolate e dessa vez pretendo consumir um trufado, com bastante recheio", concluiu.
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