A primeira quinzena de abril é o prazo limite para que os
líderes do DEM e do PTB decidam se os dois partidos vão ou não se
fundir. No momento, o entrave está nas negociações para definir como, ou
melhor, quem ficará no comando da legenda em caso de unificação. Ao
mesmo tempo em que avançam as discussões entre democratas e petebistas,
aumenta também a tensão no cabo de guerra travado em torno da montagem
da cúpula partidária, com cada ala reivindicando espaço no núcleo
central de poder. À equação, somam-se ainda a redistribuição de postos
de destaque no Congresso Nacional. O que inclui lideranças de bancada e
assentos em comissões na Câmara e no Senado, embora o fator seja
considerado hoje mais fácil de resolver do que a disputa interna pelo
controle da Executiva Nacional. Nos estados, a primeira fonte de
divergências, todos os impasses foram superados há cerca de duas
semanas.Indagado sobre a atual probabilidade de fusão dos dois partidos,
o prefeito ACM Neto (DEM) calcula que, numa escala de 0 a 10, a chance
de acordo é de 7. No entanto, Neto evita detalhes sobre as principais
barreiras ao acerto com o PTB. “Estamos em processo de discussão
interna, não seria correto expor tais assuntos”, assinalou. ACM Neto
admite que há resistência por parte do senador goiano Ronaldo Caiado
(DEM), de quem é amigo pessoal. “Ele tem suas posições, as coloca de
maneira clara e vai defendê-las até o fim, o que é justo e correto. Mas o
senador também já afirmou que vai seguir a decisão tomada pela maioria
do partido, aliás, como sempre fez”, explicou o prefeito. POLITICA LIVRE
Jairo Costa Junior, Correio*
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