Protesto aconteceu em frente a Assembleia Legislativa, neste domingo (1º).
Presidente da AL diz que deputados precisam de conforto para trabalhar.
Dezenas de manifestantes protestaram contra auxílio-moradia, em Palmas (Foto: Jesana de Jesus/G1)
Enquanto os deputados estaduais tomavam posse e faziam a eleição da mesa diretora
da Assembleia Legislativa, na manhã deste domingo (1º), dezenas de
manifestantes se aglomeraram em frente ao órgão, em Palmas, para
protestar. Com faixas, cartazes e ao som de corneta, eles reivindicaram o
fim do auxílio-moradia de R$ 3,8 mil dos parlamentares.Os protestantes eram estudantes, professores e pessoas ligadas a movimentos sociais. Eles reclamaram do valor do benefício e disseram que o auxílio-moradia é um "contrassenso". "Os deputados estaduais não estão defendendo os direitos da população e sim votando privilégios. É maior que o salário-mínimo, que o salário de vários profissionais, como professores, sendo que eles [deputados] já têm um salário de R$ 20 mil. No Tocantins a gente tem uma demanda de 90 mil moradias, eles vão na contra-mão dos anseios populares", argumentou um dos articuladores do movimento, Edy Augusto Benini.
Professor e músico toca corneta durante protesto,
em Palmas (Foto: Jesana de Jesus/G1)
Questionado sobre o valor do benefício, o presidente Osires Damaso
(DEM), disse que o auxílio é um direito dos parlamentares e que é
justificável, já que a maioria dos deputados não mora em Palmas. "Eu
recebo essa manifestação com tranquilidade. A maioria dos parlamentares
mora no interior, não podemos deixar que um deputado chegue em Palmas e
não tenha aonde ficar.em Palmas (Foto: Jesana de Jesus/G1)
Para ter condições de fazer nosso trabalho, temos que ter qualidade de vida, temos que ter condições de exercer o nosso papel. É uma maneira legal o auxilio-moradia, é maneira que dá conforto ao deputado de fazer um trabalho representando o seu povo", defendeu.
Estudantes participaram de protesto contra
auxílio-moradia (Foto: Jesana de Jesus/G1)
Os manifestantes discordaram. Para eles, o benefício nem deveria
existir. "O auxílio-moradia não deveria ter. Eles têm problema de
moradia? Que se prove então que eles não têm onde morar. Mas como eles
tem um salário de R$ 20 mil, é um contrassenso", argumentou Benini. A
manifestação, segundo os militantes, foi para chamar a atenção dos novos
parlamentares. Segundo Benini, eles colheram mais de 3,5 mil
assinaturas contra o auxílio-moradia e a ideia é entregar o documento na
Assembleia Legislativa, assim que for possível.auxílio-moradia (Foto: Jesana de Jesus/G1)
Auxílio-moradia
O benefício de R$ 3,8 mil foi aprovado pelos próprios deputados, em dezembro do ano passado. O auxílio é concedido mediante requerimento do deputado junto a Diretoria Geral da Assembleia Legislativa. Esta é a segunda vez que os deputados aprovam um auxílio-moradia em menos de dois anos. Em março do ano passado, os legisladores aprovaram um projeto que instituía um benefício de R$ 3.429,50. Mas em julho, após uma série de protestos que aconteceram no estado, os legisladores resolveram exitinguir o auxílio-moradia.
Manifestantes dizem que auxílio-moradia de R$ 3,8 mil é um contrassenso (Foto: Jesana de Jesus/G1)
Manifestantes fizeram casa de papelão durante protesto na Assembleia Legislativa
(Foto: Jesana de Jesus/G1)
(Foto: Jesana de Jesus/G1)
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