quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A coisa está crescendo.

 Planalto se preocupa com as mobilizações para 15 de março. PMDB tenta fazer as pazes com a sociedade.

A coisa está crescendo. Planalto se preocupa com as mobilizações para 15 de março. PMDB tenta fazer as pazes com a sociedade.
Cada vez que aumenta a discussão sobre o impeachment de Dilma, o governo reage e investe suas baterias no discurso de que um processo desse tipo é golpe da oposição. Observem o gráfico abaixo. Quando no dia 10 de fevereiro as menções ao “impeachment” no twitter se aproximaram de 50 mil em um só dia, o governo se alarmou e reagiu. Observem que no dia 12, dois dias após, a palavra “golpe” subiu inexplicavelmente e chegou a 150 mil menções. Isso prova que há um batalhão de militantes virtuais, além dos periódicos governistas, trabalhando para deter qualquer mobilização e reação que se inicie nas redes sociais.
Nos últimos dias a palavra “golpe” voltou a subir em número de menções. Se a direita desejar vencer tem que persistir, primeiro nas redes e depois nas ruas. 
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Por outro lado, o que pode ser encarado como sinal positivo, o PMDB tem se apresentado cada vez mais para a sociedade como menos governista e mais independente. As posições de confronto assumidas pelo novo Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o próprio programa do partido que foi ao ar essa semana, que tem um discurso de independência em relação ao governo de Dilma, são amostras claras de que algo de importante paira no ar.
Nessa onda de independência até o eterno vaquinha de presépio, que só diz SIM para o PT – o senador Renan calheiros – ousou dizer que se Dilma quer corte de gastos deveria começar pelo próprio governo, diminuindo cargos comissionados e ministérios.
O que isso pode significar?
Alguns diriam que o PMDB já vislumbra a possibilidade de que Dilma Roussef venha a ser realmente implicada nas denuncias do Petrolão e que o Legislativo, empurrado pela opinião pública, seja forçado a iniciar um processo de Impeachment. Logo no início, possivelmente, Dilma iria renunciar e o PMDB talvez fosse o maior vencedor político do imbróglio.  
Alguns, já decepcionados com a situação crítica, diriam que com um impeachment ia ficar tudo na mesma, que seria trocar seis por meia dúzia, que só haveria mudança com novas eleições ou com a chamada “Intervenção Militar”. Contudo, tentar o impeachment é sim uma ação bastante racional e estratégica. Com esse artifício o país não correria o risco de cair em um caos temporário e não se daria aos políticos a possibilidade de novamente se fazerem de coitadinhos, derrubados pelo que chamariam de golpe. Se MST, CUT e outros grupos que apoiam o governo tentarem atrapalhar após um possível impedimento legal de Dilma, serão rapidamente silenciados pelas autoridades com competência para manter a ordem no país, que são as Forças Armadas e auxiliares.
Se a sociedade conseguir forçar o Legislativo a expulsar o PT para fora do executivo federal certamente todos os ministros petistas cairiam. A quantidade de cargos de confiança perdidos pelo PT seria também seria imensa, além do status e capital político evaporado de forma abrupta. Isso tudo deixaria o partido de Lula manco e cabisbaixo, com toda certeza por um bom tempo sem colocar os pés no Planalto.
E quanto a seus satélites,  partidecos de esquerda e movimentos sociais como MST, estes logo ficariam desmonetizados.
Some-se a isso o fato do demonstrado poder de mobilização da sociedade servir como grande poder dissuasório em relação à má administração da coisa pública. O que intimidaria sim os novos dirigentes do país.
Há mobilizações marcadas em todo o Brasil para a segunda quinzena de Março. Em várias capitais há centenas de milhares de confirmações para o dia 15 de março e no Rio e São Paulo haverá manifestações, alem do dia 15, também no dia 13, uma sexta-feira.
Robson A.D.Silva – Revista Sociedade Militar

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