Planalto se preocupa com as mobilizações para 15 de março. PMDB tenta fazer as pazes com a sociedade.
A coisa está crescendo. Planalto se preocupa com as mobilizações para 15 de março. PMDB tenta fazer as pazes com a sociedade.
Cada
vez que aumenta a discussão sobre o impeachment de Dilma, o governo
reage e investe suas baterias no discurso de que um processo desse tipo é
golpe da oposição. Observem o gráfico abaixo. Quando no dia 10 de
fevereiro as menções ao “impeachment” no twitter se aproximaram de 50
mil em um só dia, o governo se alarmou e reagiu. Observem que no dia 12,
dois dias após, a palavra “golpe” subiu inexplicavelmente e chegou a
150 mil menções. Isso prova que há um batalhão de militantes virtuais,
além dos periódicos governistas, trabalhando para deter qualquer
mobilização e reação que se inicie nas redes sociais.
Nos
últimos dias a palavra “golpe” voltou a subir em número de menções. Se a
direita desejar vencer tem que persistir, primeiro nas redes e depois
nas ruas.
Por
outro lado, o que pode ser encarado como sinal positivo, o PMDB tem se
apresentado cada vez mais para a sociedade como menos governista e mais
independente. As posições de confronto assumidas pelo novo Presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, e o próprio programa do partido que foi ao ar
essa semana, que tem um discurso de independência em relação ao governo
de Dilma, são amostras claras de que algo de importante paira no ar.
Nessa
onda de independência até o eterno vaquinha de presépio, que só diz SIM
para o PT – o senador Renan calheiros – ousou dizer que se Dilma quer
corte de gastos deveria começar pelo próprio governo, diminuindo cargos
comissionados e ministérios.
O que isso pode significar?
Alguns
diriam que o PMDB já vislumbra a possibilidade de que Dilma Roussef
venha a ser realmente implicada nas denuncias do Petrolão e que o
Legislativo, empurrado pela opinião pública, seja forçado a iniciar um
processo de Impeachment. Logo no início, possivelmente, Dilma iria
renunciar e o PMDB talvez fosse o maior vencedor político do imbróglio.
Alguns,
já decepcionados com a situação crítica, diriam que com um impeachment
ia ficar tudo na mesma, que seria trocar seis por meia dúzia, que só
haveria mudança com novas eleições ou com a chamada “Intervenção
Militar”. Contudo, tentar o impeachment é sim uma ação bastante racional
e estratégica. Com esse artifício o país não correria o risco de cair
em um caos temporário e não se daria aos políticos a possibilidade de
novamente se fazerem de coitadinhos, derrubados pelo que chamariam de
golpe. Se MST, CUT e outros grupos que apoiam o governo tentarem
atrapalhar após um possível impedimento legal de Dilma, serão
rapidamente silenciados pelas autoridades com competência para manter a
ordem no país, que são as Forças Armadas e auxiliares.
Se
a sociedade conseguir forçar o Legislativo a expulsar o PT para fora do
executivo federal certamente todos os ministros petistas cairiam. A
quantidade de cargos de confiança perdidos pelo PT seria também seria
imensa, além do status e capital político evaporado de forma abrupta.
Isso tudo deixaria o partido de Lula manco e cabisbaixo, com toda
certeza por um bom tempo sem colocar os pés no Planalto.
E quanto a seus satélites, partidecos de esquerda e movimentos sociais como MST, estes logo ficariam desmonetizados.
Some-se
a isso o fato do demonstrado poder de mobilização da sociedade servir
como grande poder dissuasório em relação à má administração da coisa
pública. O que intimidaria sim os novos dirigentes do país.
Há
mobilizações marcadas em todo o Brasil para a segunda quinzena de
Março. Em várias capitais há centenas de milhares de confirmações para o
dia 15 de março e no Rio e São Paulo haverá manifestações, alem do dia
15, também no dia 13, uma sexta-feira.
Robson A.D.Silva – Revista Sociedade Militar
Nenhum comentário:
Postar um comentário