Tratamento contra o tabagismo é reativado em Macapá

Inscrições podem ser feitas em três UBSs da capital.
Interessados devem procurar unidades até a sexta-feira (30).

Jéssica Alves Do G1 AP

Tabagismo está ligado a 50 tipos de doenças, alerta
o Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/EPTV)

A prefeitura de Macapá está retomando o programa de combate ao tabagismo. Na primeira etapa o serviço beneficiará 60 pacientes. As inscrições podem ser feitas em três Unidades Básicas de Saúde (UBSs) até sexta-feira (30).
Os interessados em se submeter ao tratamento devem procurar as unidades do Marabaixo; São Pedro, no bairro Beirol; e Policlínica, na Universidade Federal do Amapá (Unifap). De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o tratamento tem duração de um ano e o paciente contará com avaliação profissional e medicação.

“Parar de fumar só será possível através da sensibilização dos dependentes do tabaco para os riscos que eles correm e, ao mesmo tempo, através do incentivo a procurar ajuda para o seu tratamento”, disse a coordenadora adjunta do Programa de Tabagismo, Martiana Barros.
Segundo ela, o tratamento começará com uma avaliação médica para entendimento das condições de cada paciente. O diagnóstico determinará o tipo de acompanhamento médico podendo variar com o uso de medicamentos (remédios e adesivos), acompanhamento psicológico e prática de atividades físicas.

Em média, cada paciente terá três meses de atendimento para largar o cigarro, mas, de acordo com cada caso, alguns poderão conseguir superar o vício em menos tempo.

“O tratamento varia para cada paciente. Alguns nem precisam tomar qualquer medicamento. Em uma semana, haverá três sessões e depois o intervalo de uma semana. No decorrer do processo, iremos avaliar o progresso do paciente e se já consegue parar de fumar”, completa Martiana.
De acordo com o Serviço de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o Amapá atualmente concentra 0,9% da população de fumantes do país. Apesar do índice considerado baixo, o Ministério da Saúde (MS) preconiza que a partir de 1,2% existe o agravo de fumantes.
A meta da Semsa é implantar o serviço em 7 unidades a partir de outubro.
Tabagismo
O cigarro contém mais de 40 substâncias cancerígenas, que aumentam o risco de câncer na boca, laringe e traqueia, pulmões, esôfago, estômago, rins, bexiga e colo do útero. Fumar aumenta a queda da capacidade respiratória, bem como o risco de problemas respiratórios, como tosse, chiado e falta de ar, além de causar 90% da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e aumentar seu risco em 10 vezes. O risco de doenças coronárias, como angina no peito e infarto do miocárdio, é triplicado, e o de morte por infarto em homens com menos de 55 anos também aumenta com o uso do tabaco.