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As eleições de 2014 tiveram uma reviravolta depois da manhã do dia 13 de agosto
O cenário político brasileiro em 2014 foi marcado, segundo
especialistas na área, pela disputa eleitoral para a Presidência da
República mais acirrada desde a primeira eleição direta, em 1989, que
levou para o segundo turno o então governador de Alagoas, Fernando
Collor de Mello, e o petista Luiz Inácio Lula da Silva. A morte trágica
do candidato ao Palácio do Planalto Eduardo Campos (PSB), em um acidente
aéreo, colocou sua vice na chapa, Marina Silva, no páreo da disputa. No
entanto, ao fim do primeiro turno prevaleceu a polarização PT e PSDB
das últimas seis eleições presidenciais. Dilma Rousseff (PT) superou
Aécio Neves (PSDB), no segundo turno, por uma diferença de 3,4 milhões
de votos. A petista conseguiu a reeleição com 51,64% dos votos válidos
contra 48,36% do tucano. Com 11 candidatos na disputa pelo cargo mais
importante da hierarquia política do país, as eleições de 2014 tiveram
uma reviravolta depois da manhã do dia 13 de agosto. Em terceiro lugar
na corrida presidencial, Eduardo Campos voava do Rio de Janeiro para o
Santos (SP) quando o jato em que ele estava explodiu depois de arremeter
ao tentar pousar na Base Aérea de Santos e manobrar para uma segunda
tentativa. Choque, surpresa e comoção marcaram os dias seguintes ao
acidente. O ex-governador pernambucano, aos 49 anos, deixou a viúva,
Renata, e cinco filhos. As cerimônias fúnebres praticamente pararam o
estado de Pernambuco, onde Campos foi enterrado no mesmo túmulo do avô
Miguel Arraes. Além do ex-governador morreram no acidente o fotógrafo
Alexandre Severo, o jornalista Carlos Percol, o assessor Pedro Valadares
Neto e o cinegrafista Marcelo Lira. Os pilotos Geraldo da Cunha e
Marcos Martins também morreram no acidente. Com a morte de Campos,
Marina Silva, então vice na chapa do PSB, assume a disputa – mesmo sem o
apoio unânime do partido socialista –, com Beto Albuquerque (PSB-RS)
como vice. Escolha pessoal de Campos, Marina filiou-se ao PSB após não
ter conseguido oficializar a Rede Sustentabilidade, partido pelo qual
concorreria à Presidência da República. Já nas primeiras pesquisas de
intenção de voto, após a oficialização da candidatura, a ex-ministra do
Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, liderava a
corrida presidencial. POLITICA LIVRE
Ivan Richard, Agência Brasil
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