Serviços de ornamentação do velório e maquiagem são cobrados à parte.
'Morrer fica bem caro', diz proprietária de funerária em Rio Branco.
Preço de caixão chega a R$ 21 mil em Rio Branco
(Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Os serviços são variados, vão desde o transporte do cadáver até os
detalhes para a realização de um velório. Dentre a variedade exposta nas
funerárias que atendem Rio Branco,
capital do Acre, é possível encontrar caixões de diversos modelos,
cores, tamanhos e para todos os bolsos, podendo chegar até R$ 21 mil. Os
mais simples custam ao menos R$ 500.(Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Proprietária de uma das funerárias mais antigas da capital, existente há 35 anos, Eliana Oliveira explica que o serviço se encaixa para todas as realidades. Ela explica que incluídos no valor do caixão, estão os serviços básicos, como translado e preparação do corpo. Já flores, castiçais, cortinas, livro de presença e maquiagem são adicionais no valor pago pelo cliente. Por exemplo, a sala mais barata da capela é oferecida por R$ 650.
"Temos urnas a partir de R$ 500. O cliente precisa saber qual o tipo de serviço que quer, se algo simples, médio ou com um preço elevado. Existem urnas com imagens de santos, ou com a Bíblia, e têm também as de times. Temos urnas superluxo, luxo, médias e simples", enumera.
Com um exemplar para venda imediata, o caixão grã luxo disponível na funerária de Eliana Oliveira custa R$ 21 mil. Segundo a proprietária, a urna é fabricada em cerejeira, possui um acabamento e um acolchoado diferenciado. Ao todo, apenas três exemplares já foram vendidos.
Apesar do luxo, Eliana garante que o mais importante é ter todas as possibilidades para todo tipo de cliente, que está fragilizado por causa da perda. "É preciso ter uma atenção toda especial, porque ninguém está preparado. Nós, que trabalhamos no ramo, precisamos ter um jeito diferenciado para falar com todos", diz.
Caixão é considerado superluxo; Proprietária diz
que só foram vendidos três (Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Fátima Santos, proprietária de outra funerária de Rio Branco, reconhece
que, mesmo ninguém ficando sem atendimento, morrer não é barato. O
preço dos caixões oferecidos no local varia de R$ 690 a R$ 10 mil.que só foram vendidos três (Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Em um demonstrativo, a empresária calculou que, em média, por R$ 2.550 é feito um velório, que inclui a urna mais barata, flores naturais, capela e, caso necessário, o serviço de conservação do cadáver.
"Apesar de tudo, morrer fica bem caro. Mas temos opções para quem tem muito dinheiro, pouco, ou até para quem não tem dinheiro nenhum, que é o serviço social da prefeitura. Nós trabalhamos com pessoas mais humildes, por isso não estamos vendendo urnas muito sofisticadas", diz.
Dentre as opções no segmento estão caixões com imagens de santos e times (Foto: Caio Fulgêncio/G1)
EnterroFeito de forma separada e independente do velório, o enterro já apresenta outros tipos de gastos. O valor de um jazigo, por exemplo, em um cemitério mantido pela iniciativa privada varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil, além de uma taxa para manutenção do espaço.
Para famílias com renda comprovada de até 1/4 do salário mínimo, de acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), que administra os locais, o município custeia todos os gastos funerários e de manutenção.
Nos
quatro cemitérios públicos de Rio Branco existem mais de 13 mil
construções, entre jazigos, jardineiras e gavetas (Foto: Yuri Marcel/G1)
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