sábado, 29 de novembro de 2014

Campanha busca prevenir e diagnosticar o câncer de pele no país


O tumor de pele é o tipo mais comum de câncer no país
Agência Brasil
Pacientes são examinados durante campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele no Hospital Federal de Ipanema.(Fernando Frazão/Agência Brasil)
Paciente  faz  exame  preventivo  de  câncer  de  mama  em  hospital  de  Ipanema (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Uma campanha de prevenção e diagnóstico de câncer de pele está sendo realizada hoje (29) em 23 estados brasileiros pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O tumor de pele é o tipo mais comum de câncer no país. Conforme avaliação do Instituto Nacional de Câncer (Inca), este ano devem ser registrados 188 mil novos casos da doença em todo o Brasil.
Segundo a dermatologista Alice Buçard, do Hospital Federal de Ipanema, existem 17 tipos de tumor de pele. De acordo com o Inca, eles são subdivididos em não melanoma, menos agressivo, que representa a maioria dos casos (182 mil), e melanoma, o mais agressivo e que deverá atingir 6 mil brasileiros.
“No caso dos tumores não melanoma, é preciso ter atenção a lesões de surgimento recente, feridas que nunca cicatrizam, lesões com aspereza, que sangram e têm alguma ardência. No caso do melanoma, normalmente é uma pinta escura. O mais comum é que seja uma pintinha castanha enegrecida, que surge e cresce rapidamente ou que o paciente tem por toda a vida e, de repente, muda de tamanho”, explicou a médica.

O professor universitário, Thompson Andrade, aguardando para ser examinado no Hospital Federal de Ipanema, durante a campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele.(Fernando Frazão/Agência Brasil)
Thompson Andrade, que  teve câncer de pele,
diz que mantém a vigilância
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Alice acrescentou que o câncer de pele tem como principal fator de risco a exposição solar. O tipo melanoma também pode ser causado por questões genéticas. “Moramos em um país com sol o tempo inteiro. A gente realmente se expõe de forma e em horários errados, sem proteção solar adequada. O câncer de pele atinge desde aquele mais branquinho até o negro. É um engano achar que o negro não tem câncer de pele”, observou a médica.
O Hospital Federal de Ipanema é uma das unidades do Ministério da Saúde que aderiram à campanha no Rio de Janeiro. Segundo Selena Bezerra, diretora do hospital, para os casos diagnosticados hoje. será organizado um mutirão cirúrgico ainda este ano. “O mutirão será realizado em dezembro para casos de lesões suspeitas ou com câncer”, salientou.

Professor universitário, Thompson Andrade, de 74 anos, teve câncer de pele há quatro anos e o retirou por meio de uma cirurgia. Ele participou da ação deste sábado, por considerar importante manter a vigilância. "Não era nenhum câncer muito perigoso, mas acho importante, de vez em quando, fazer exames para saber se apareceu algo novo”, ressaltou.
O aposentado Antônio Paschoal Caruso, de 79 anos, também resolveu fazer uma consulta na ação de hoje. Assim como no caso de Thompson, os médicos não encontraram nada suspeito. “Eles [médicos] me orientaram e repassaram informações sobre o filtro solar que tenho de usar. Tenho de prevenir. É isso que os médicos afirmam”, disse.
Hoje é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele. Informações sobre a campanha e doença podem ser obtidas no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

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