sexta-feira, 3 de outubro de 2014

GDF implanta serviço para orientação de cirurgias à distância em 5 hospitais


Objetivo é otimizar o atendimento e reduzir transferências para o Base.
Especialistas vão acompanhar pacientes por meio de câmeras.

Do G1 DF
Secretário de Saúde, José Bonifácio, assiste à cirurgia ao lado de médico no Hospital de Base (Foto: Isabella Formiga/G1)Secretário de Saúde, José Bonifácio, assiste à cirurgia ao lado de médico no Hospital de Base (Foto: Isabella Formiga/G1)
O Hospital de Base de Brasília passa a oferecer, a partir da próxima semana, suporte em tempo real para cirurgias feitas em outras quatro unidades da rede pública. Especialistas nas áreas de trauma, acidente vascular cerebral e infarto vão orientar cirurgiões gerais do Gama, Taguatinga, Ceilândia e Sobradinho com o auxílio de câmeras. Entre os objetivos da telemedicina, como é chamado o serviço, está reduzir a quantidade de transferências das regionais para o local.
“O Hospital de Base é referência em trauma, AVC, infarto. Com a telemedicina, ganhamos tempo, evitamos atrasos, a intervenção será mais rápida”, explicou o secretário de Saúde, José Bonifácio Carreira Alvim. “Evitamos também os gastos para transferir o paciente para cá, muitos desnecessários, e otimizamos os recursos humanos.”
De acordo com o gestor, além de orientar nas operações, os médicos vão avaliar pacientes à distância por meio de imagens feitas por robôs. Eles serão acionados na sala vermelha para prestar esse suporte. A implantação do serviço está orçada em R$ 2 milhões.
“O robô vai filmar o doente, aproximar a imagem, ver a pupila, os exames", afirma. “Um neurologista vai poder conversar com o doente, pedir para ele elevar um membro, pedir para testar a força."
Para o neurologista Ronaldo Maciel, a telemedicina vai reduzir os efeitos do déficit de médicos na rede pública. “Há uma carência muito grande de especialistas na rede. Formar médicos é difícil e demorado e não vai se resolver num curto espaço de tempo. Não tem como alocar um neurologista em todos os hospitais,” diz.

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