quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Aliados ainda acreditam na virada de Aécio Neves na corrida à Presidência


por
Lilian Machado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Apesar do cenário negativo na campanha do candidato à presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, que nas últimas pesquisas apresentou queda nas intenções de voto, ficando no terceiro lugar, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), os seus aliados na Bahia acreditam numa virada, com um suposto desgaste da campanha petista e mais exposição do tucano entre eleitorado.
Além do horário eleitoral que pode ser mais observado pelos eleitores na reta final, os debates da Rede Record e TV Globo. Na corrente local, em favor de Aécio, lideranças do DEM e do PMDB, com quem o tucano tem forte ligação, ainda apostam em mudanças no panorama.
Nos últimos dias cresceram os rumores de que estariam arrefecendo os ânimos dos oposicionistas com relação à corrida do tucano para o Palácio do Planalto. No interior, as lideranças estariam parando de pedir material, inibidos pelo crescimento da socialista.
Em sua agenda de campanha não há compromissos para o território baiano, nas próximas duas semanas. Segundo informações da assessoria de Aécio, só há atividades marcadas até o dia 14, depois dessa data, uma nova maratona deve ser iniciada, mas ainda não foram especificados os lugares.
O presidente do DEM na Bahia, José Carlos Aleluia, minimizou a declinada de Aécio nas análises dos institutos e deu ênfase ao resultado que desbanca o favoritismo de Dilma. “O que estamos vendo é uma queda acentuada da presidente. Os brasileiros têm demonstrado o desejo de mudança e o nosso candidato representa a mudança”, disse.
Aleluia negou o desânimo na campanha. “Não jogamos a toalha. Muito pelo contrário. Continuamos a fazer campanha para Aécio que é um excelente candidato. A Dilma e a Marina são mais conhecidas por terem disputado em 2010, mas temos 32 dias de campanha e isso é uma eternidade”, enfatizou.
Entretanto, sobre o quadro estadual, o democrata não acredita em consequências para a campanha de Paulo Souto (DEM) ao governo. “O único trunfo para alavancar a campanha do candidato Rui Costa (PT) seria o crescimento da Dilma, o que não vem acontecendo, diferente de 2010, quando o crescimento dela determinou a ascendência de Wagner (PT), que vinha mal e cresceu no final”.
Para ele, a disputa se tornou “muito local”. “Lídice se crescer é para tirar votos de Rui de quem foi aliada, pois participou do governo que ele fez parte, sendo também responsável pelo sucesso e pelo fracasso”, argumentou.
No grupo do PMDB, o deputado federal Lúcio Vieira Lima acredita que deve minguar o clima que favoreceu Marina. “Sabíamos que agregaria a ela a comoção por causa da morte de Eduardo Campos. Vamos esperar que a campanha entre em um ritmo normal. Não esqueçamos que a Dilma caiu e quem sabe pode acontecer a surpresa de Aécio e Marina no segundo turno? Questionou, em tom afirmativo.
Lúcio compartilha da ideia de Aleluia de que não há influencia da situação nacional no plano local. “Essa eleição está descasada da nacional, diferente de 2010 que Lula elegeu o seu funcionário Jaques Wagner. Esse quer agora fazer o mesmo, mas não está conseguindo o mesmo efeito, pois o seu funcionário Rui Costa é totalmente inexpressivo e tirado do bolso dele. O povo acordou ao ver que Lula ao eleger Dilma para presidente e Fernando Hadad para prefeito de São Paulo nada resolveu. O povo tem visto que não adianta ser funcionário, mas é preciso ter competência para administrar”, ironizou numa referência a fala do governador na imprensa local de que Souto seria funcionário da família Magalhães ao ter servido o falecido senador Antonio Carlos Magalhães e agora ao neto, o prefeito de Salvador ACM.

Nenhum comentário:

Postar um comentário