sábado, 30 de agosto de 2014

'Não quero que ele morra', diz jovem que precisa doar bode de estimação


Fabiana Alves considera que animal precisa de mais espaço e liberdade.
Ela não tem dinheiro para levar "Baby" para consultório veterinário.

Do G1 BA
A estudante Fabiana Alves, moradora do bairro de Saramadaia, em Salvador, enfrenta um dilema. Dona de um bode há cerca de um ano e quatro meses, ela sente que o animal, que divide espaço com três cachorros em casa, precisa de mais espaço. Disposta a doá-lo, ela diz emocionada que tem encontrado dificuldades em encontrar um novo dono. "As pessoas que querem, só querem ele para o abate e eu não quero que ele morra. É difícil para mim", lamenta.
Fabiana Alves comprou o bode pelo valor de R$100 nas mãos de um vizinho, quando ele tinha dois meses de nascido, e passou a chamá-lo de "Baby". Apaixonada pelo animal, ela criou um relação de amizade com bicho e, pelo menos um vez por dia, leva o bode para passear no bairro onde mora. "Ela morre por esse bode. Eu acho bonito o amor", diz a vizinha da estudande, Laura Pereira.
Fabiana cria o bode há um ano e dois meses (Foto: Imagens / TV Bahia)Fabiana cria o bode há um ano e dois meses
(Foto: Imagens / TV Bahia)
Hoje com um ano e dois meses, o bode tem demandado novos cuidados. "Ele entrou no cio e não consegui nenhuma fêmea para ele no momento. Eu sei que ele vai precisar de uma, que todo o animal precisa de uma companheira. E eu fiquei com pena dele. E ele tá exalando um cheiro que está incomodando muito. E não tem jeito: eu dou banho, faço de tudo, saio com ele, mas esse cheiro não sai dele", contou Fabiana.
Por não ter dinheiro para levar o bode para um veterinário, ela resolveu doar o animal. Entretanto, ela admite que tem exigências. "Eu quero ver um pessoa, um lugar, que eu possa tá sempre vendo ele, sempre ir visitar ele. Então, conseguindo um lugar em que ele possa ficar livre, que ele possa namorar, reproduzir e que nunca venha para o abate, eu vou ficar muito feliz", disse.
No bairro de Saramandaia, onde a jovem mora, tem até torcida para um final feliz entre "Baby" e Fabiana. "Eu torço para que ela encontre uma pessoa que tenha responsabilidade de criar o animal com o melhor carinho, como ela teve e tem até hoje" disse o pedreiro Francisco Assis.

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