Isso aí é a entrada do Aeroporto de Havana. |
Sabem quem fará a "modernização" dos aeroportos da tirania castrista? A Odebrecht, patrona do lulismo. E viva o patrimonialismo:
O BNDES
aprovou um financiamento para a modernização de aeroportos cubanos, que
será feita pela Construtora Odebrecht. Embora o banco não forneça o
valor, a data de aprovação e quais aeroportos serão beneficiados, fontes
do negócio confirmam que serão destinados US$ 150 milhões (cerca de R$
336 milhões) e que o acordo foi fechado há cerca de 30 dias. O banco
confirma, apenas, que o financiamento está em fase de contratação. É
provável, segundo fontes do mercado, que os valores comecem a ser
liberados ainda neste ano.
O
financiamento para a melhoria dos aeroportos cubanos está dentro da
linha de exportações brasileiras de bens e serviços de engenharia. O
banco afirma que isso é uma tendência internacional e que beneficia
empresas brasileiras, com o BNDES auxiliando a competitividade das
companhias nacionais. “Os desembolsos de recursos são efetuados em
reais, no Brasil, diretamente ao exportador brasileiro, com base nas
exportações efetivamente realizadas e comprovadas”, informou o banco.
O modelo
de financiamento aprovado pelo BNDES é o mesmo utilizado pelo banco para
que a Odebrecht modernizasse o porto de Mariel, também em Cuba. Na
época, o financiamento foi de US$ 802 milhões (cerca de R$ 1,796 bilhão
pelo câmbio atual). A primeira parte do dinheiro foi liberada em 2009.
Em sua recente visita à ilha, em janeiro, a presidente Dilma Rousseff
anunciou outro financiamento de US$ 290 milhões (cerca de R$ 650
milhões) para a criação de uma área especial industrial junto ao porto.
Na
ocasião, a presidente lembrou que esse tipo de operação beneficia
empresas brasileiras, é estratégico e gera uma relação “ganha-ganha”,
lembrando que esse financiamento não significa que o país não está
investindo em portos no Brasil. O BNDES não informou o valor total dos
financiamentos em empreendimentos de empresas brasileiras em Cuba.
O governo
brasileiro também está apoiando a construção de um grande porto no
Uruguai, que poderá, até, concorrer com terminais do Sul do Brasil,
conforme noticiou O GLOBO em maio. Embora esse apoio ainda esteja em
fase inicial, a operação pode significar mais um empréstimo do BNDES
para alguma construtora brasileira, e, segundo fontes, o valor do
negócio pode chegar a US$ 1 bilhão (R$ 2,24 bilhões).
No
momento, o Brasil está apoiando o país vizinho com informações técnicas,
mas operadores portuários brasileiros reclamam dessa parceria, por se
tratar de um concorrente direto dos portos brasileiros, que terá uma
capacidade maior e menos custos burocráticos.
A
Odebrecht confirma as negociações para o Projeto de Ampliação e
Modernização da Infraestrutura Aeroportuária de Cuba, mas a empresa não
conseguiu, até o fechamento desta edição, informar detalhes do projeto e
quando as obras devem começar. A empresa divide a liderança no ranking
de financiamento do BNDES nessa modalidade de crédito com a Embraer
desde 2009.
Em 2013, a
construtora obteve financiamentos que somam US$ 908 milhões, abaixo do
US$ 1,072 bilhão da Embraer, sendo que esta linha somou, no total, US$
2,5 bilhões. No primeiro trimestre de 2014, dos US$ 367,2 milhões
liberados nesse tipo de financiamento, a Odebrecht recebeu US$ 153
milhões, contra US$ 142 milhões da fabricante de aviões.
A reforma
dos aeroportos cubanos é importante para a economia combalida do país.
No ano passado, o setor gerou US$ 1,8 bilhão (R$ 4 bilhões) para a ilha
de 11 milhões de habitantes. No total, entraram no país 2,851 milhões de
turistas, número 0,5% acima do registrado no ano anterior, mas ainda
distante da meta de 3 milhões de turistas por ano. Os canadenses são o
principal grupo de turistas do país – com mais de um milhão de viajantes
–, seguidos de residentes do Reino Unido, Alemanha, França, Argentina,
Itália, México, Espanha, Rússia e Venezuela. (O Globo).
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