Wagner Caetano, diretor da Top Traders e do Terminal Cartezyan, diz que Ibovespa deu início a uma reversão de tendência; alta do dólar prejudica o cenário Por Paula Barra
SÃO PAULO - A enxurrada otimista que empurrou o Ibovespa para alta de quase 30%
de março até a semana passada parece ter chegado ao fim. Um novo
cenário está sendo traçado para o mercado, diz Wagner Caetano, diretor
da Top Traders e do Terminal Cartezyan, que acertou o "topo" do índice
no ano.
Sem novos fatores que sustentem uma alta do mercado, aliado a alta do dólar, mostrando a saída do fluxo cambial do Brasil rumo ao exterior, o Ibovespa parece dar início a uma reversão de tendência. "Conforme alerta da semana passada, a força vendedora passou a ser dominante no curtíssimo prazo", disse Caetano, que utiliza tanto gráficos como fundamentos em suas análises.
Na última quinta-feira (30), o Ibovespa completou 5 pregões seguidos de queda, acumulando perdas de 3,7% neste período - sendo que no último pregão o índice teve sua maior queda desde 30 de maio. No último dia de alta, em 22 de julho, o benchmark da bolsa brasileira chegou à faixa de 58.100 pontos, maior patamar registrado desde março de 2013 (58.208 pontos).
O que explica esse movimento?Segundo Caetano, o Ibovespa passou por um processo denominado na análise técnica de distribuição, quando opera sob força de tendência de alta, porém com menor volume financeiro, refletindo um menor interesse de compra naqueles níveis. "Nesse momento, o otimismo toma conta do mercado como um todo. O investidor esperto aproveita para realizar os lucros, enquanto os menos esclarecidos saem às compras". Um outro sinal de distribuição é a redução da volatilidade, quando o mercado negocia de forma lateral, com menor diferença entre a mínima e máxima do dia, acrescenta.
Passado a euforia, agora vem a correção. Para Caetano, depois do índice ter confirmado na última sessão a perda do suporte de 56.750 pontos, que era a máxima de outubro de 2013, o alvo imediato do Ibovespa é a região dos 49.890 pontos - objetivo já indicado por ele na semana passada. "O padrão que aparece no gráfico diário é denominado topo arredondado, uma curva sinuosa e fatal para os comprados", disse.
Já do lado dos fundamentos, Caetano comenta que o que alimenta a queda do Ibovespa foram: calote argentino, crises na Ucrânia e Faixa de Gaza, especulações eleitorais, balanços positivos já embutidos nos preços, alertas do FMI sobre a economia e receio de que o Banco Central americano aumente os juros no início de 2015, diminuindo a liquidez internacional e promovendo a migração para ativos de renda fixa considerados mais seguros, como títulos do governo dos Estados Unidos.
O que fazer nesse cenário?
Para Caetano, uma alternativa para o investidor que não quer se desfazer de suas ações seria vender BOVA11, uma ETF (Fundos de Índice, na sigla em inglês) que reflete o desempenho do Ibovespa ou operar de forma mais sofisticada vendendo míni-contratos de índice futuro. A desvalorização do BOVA11 ou dos mini-contratos compensaria a perda das carteiras, valendo citar que a quantidade a ser vendida depende do tamanho e da composição das mesmas. Com o lucro da operação vendida, o investidor pode comprar mais ações, tornando a sua carteira mais robusta, formando um patrimônio considerável ao longo da queda, comenta.
Existe ainda a possibilidade para aqueles que sabem e podem operar vendidos pura e simplesmente, com a opção de vender os ativos citados acima - BOVA11 e míni-contratos de índice futuro - e ganhar de forma especulativa, ou mesmo alugar e vender ações, lucrando com a diferença entre o preço de venda e o preço de compra a níveis mais baixos no futuro, sugere Caetano.
Confira o gráfico traçado pelo analista:
Sem novos fatores que sustentem uma alta do mercado, aliado a alta do dólar, mostrando a saída do fluxo cambial do Brasil rumo ao exterior, o Ibovespa parece dar início a uma reversão de tendência. "Conforme alerta da semana passada, a força vendedora passou a ser dominante no curtíssimo prazo", disse Caetano, que utiliza tanto gráficos como fundamentos em suas análises.
Na última quinta-feira (30), o Ibovespa completou 5 pregões seguidos de queda, acumulando perdas de 3,7% neste período - sendo que no último pregão o índice teve sua maior queda desde 30 de maio. No último dia de alta, em 22 de julho, o benchmark da bolsa brasileira chegou à faixa de 58.100 pontos, maior patamar registrado desde março de 2013 (58.208 pontos).
O que explica esse movimento?Segundo Caetano, o Ibovespa passou por um processo denominado na análise técnica de distribuição, quando opera sob força de tendência de alta, porém com menor volume financeiro, refletindo um menor interesse de compra naqueles níveis. "Nesse momento, o otimismo toma conta do mercado como um todo. O investidor esperto aproveita para realizar os lucros, enquanto os menos esclarecidos saem às compras". Um outro sinal de distribuição é a redução da volatilidade, quando o mercado negocia de forma lateral, com menor diferença entre a mínima e máxima do dia, acrescenta.
Passado a euforia, agora vem a correção. Para Caetano, depois do índice ter confirmado na última sessão a perda do suporte de 56.750 pontos, que era a máxima de outubro de 2013, o alvo imediato do Ibovespa é a região dos 49.890 pontos - objetivo já indicado por ele na semana passada. "O padrão que aparece no gráfico diário é denominado topo arredondado, uma curva sinuosa e fatal para os comprados", disse.
Já do lado dos fundamentos, Caetano comenta que o que alimenta a queda do Ibovespa foram: calote argentino, crises na Ucrânia e Faixa de Gaza, especulações eleitorais, balanços positivos já embutidos nos preços, alertas do FMI sobre a economia e receio de que o Banco Central americano aumente os juros no início de 2015, diminuindo a liquidez internacional e promovendo a migração para ativos de renda fixa considerados mais seguros, como títulos do governo dos Estados Unidos.
O que fazer nesse cenário?
Para Caetano, uma alternativa para o investidor que não quer se desfazer de suas ações seria vender BOVA11, uma ETF (Fundos de Índice, na sigla em inglês) que reflete o desempenho do Ibovespa ou operar de forma mais sofisticada vendendo míni-contratos de índice futuro. A desvalorização do BOVA11 ou dos mini-contratos compensaria a perda das carteiras, valendo citar que a quantidade a ser vendida depende do tamanho e da composição das mesmas. Com o lucro da operação vendida, o investidor pode comprar mais ações, tornando a sua carteira mais robusta, formando um patrimônio considerável ao longo da queda, comenta.
Existe ainda a possibilidade para aqueles que sabem e podem operar vendidos pura e simplesmente, com a opção de vender os ativos citados acima - BOVA11 e míni-contratos de índice futuro - e ganhar de forma especulativa, ou mesmo alugar e vender ações, lucrando com a diferença entre o preço de venda e o preço de compra a níveis mais baixos no futuro, sugere Caetano.
Confira o gráfico traçado pelo analista:
Analista que acertou "topo da Bolsa" traça novo cenário para o mercado - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/analise-tecnica/noticia/3490247/analista-que-acertou-topo-bolsa-traca-novo-cenario-para-mercado
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/analise-tecnica/noticia/3490247/analista-que-acertou-topo-bolsa-traca-novo-cenario-para-mercado
Analista que acertou "topo da Bolsa" traça novo cenário para o mercado - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/analise-tecnica/noticia/3490247/analista-que-acertou-topo-bolsa-traca-novo-cenario-para-mercado
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