Flávio Tavares/Hoje Em Dia
Turistas alemães ficaram impressionados com o estado de conservação das construções da cidade
A capital mineira já não parece mais a mesma sem o movimento intenso
dos turistas de todas as partes do mundo que tomaram as ruas da cidade
desde o início da Copa. A maioria já seguiu a rota de suas respectivas
seleções e alguns só voltarão na semana que vem, quando BH sedia um jogo
da semifinal da competição. No entanto, mesmo com o movimento aquém das
expectativas das cidades históricas, como publicou o Hoje em Dia
no último domingo, quem escolheu passar mais tempo em território
mineiro não se arrependeu de conhecer um dos lugares mais famosos do
país. Ouro Preto está no ranking de guias de viagens internacionais
entre as 20 cidades brasileiras mais famosas.
Características como importância histórica e beleza despertaram a
curiosidade do chileno Rodrigo Cruz, de 41 anos, que separou o último
dia de viagem para ver de perto o que conhecia apenas pela internet.
Mesmo após a desclassificação do Chile, no último sábado, o engenheiro
resolveu manter os planos e foi com os filhos de 13 e 11 anos para a
cidade. E eles não se arrependeram. “O Chile era mais pobre na época
colonial e não guardou tanta beleza desse período. Estamos muito
surpresos com tanta beleza em toda a cidade”, ressaltou Cruz.
A paisagem local, composta por construções em estilo barroco e igrejas
imponentes, também superou as expectativas. “Além de ser muito bonita, a
cidade tem uma história que pode ser vista por todos os lados”,
explicou George da Silva, de 42 anos, que veio com a família do Canadá
para ver o Mundial.
Escolhas
A rua Direita, uma das mais famosas da cidade, foi escolhida pelos
franceses Solen Traynard, de 22 anos, e Romaine Kerjorean, de 21 anos,
para celebrar a classificação da França para as quartas de final, após
vitória sobre a Nigéria, nessa segunda-feira (30). “A cidade é linda e a
preservação da história é algo que chama a atenção”, alegou Solen.
Quem também comemorou nas ruas da cidade foram os alemães. “Aproveitei
para conhecer cidades menores, e não só aquelas que são sedes das
partidas. O que se vê aqui em Ouro Preto é único e indico o destino para
todos” avaliou o alemão Etianne Schloemer, de 28 anos.
Apesar de já ter passado por Porto de Galinhas, Salvador e São Paulo,
os amigos Martín Mortensen, de 27 anos, e Florian Ehlers, de 27 anos,
também se renderam aos encantos da cidade mineira. “As construções são
bonitas e bem cuidadas. Desta forma temos uma impressão de como era
viver no Brasil séculos atrás. Vou ficar pouco tempo, mas quero voltar”,
afirmou Martín, que é filho de brasileiro, mas mora na Alemanha desde
os 8 anos.
Embora não tenha conseguido visitar alguns museus e igrejas, fechados
às segundas-feiras, Florian se disse impressionado com o que viu. “É um
lindo local que chama a atenção pelas construções peculiares”, resumiu.
Pouco familiarizado com o português, o alemão recorreu ao próprio idioma
para explicar o que achou da cidade. “Ursprünglích”, exclamou. Na nossa
língua, algo como histórica ou original, definição mais do que justa.
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