segunda-feira, 30 de junho de 2014

Estrangeiros apontam semelhanças entre Brasília e outras capitais


Torre de TV é comparada à Torre Eiffel; ‘Claro que lembra’, diz francês.
Morador de Washington compara National Mall ao Eixo Monumental.

Do G1 DF
Os franceses Mathias Fancozer e Élodie Giardoni durante visita à Torre de TV de Brasília (Foto: Gabriel Luiz/G1)Os franceses Mathias Fancozer e Élodie Giardoni durante
visita à Torre de TV de Brasília (Foto: Gabriel Luiz/G1)
Quem anda pelas ruas de Brasília neste mês de Copa do Mundo percebe uma mistura de sotaques tomando conta da cidade. Mas do lado dos turistas, o que os impressiona ao conhecer a cidade projetada por Lúcio Costa são as semelhanças que encontram em relação às metrópoles de onde vieram.
Em Brasília para assistir à partida entre França e Nigéria nesta segunda (30), os franceses Mathias Fancozer e Élodie Giardoni aproveitaram a oportunidade para visitar a Torre de TV, um monumento de 224 metros de altura, no coração da cidade.
“Brasília é uma cidade que me surpreendeu, principalmente do ponto de vista da arquitetura. A gente vê que é uma cidade moderna. A Torre de TV oferece um panorama excepcional. Claro que lembra a Torre Eiffel, mas menos majestosa. A Torre Eiffel é a Torre Eiffel, né?”, brinca o contador de 25 anos, comparando com o cartão postal do país dele, que tem 324 metros de altura.
A Torre Eiffel (esquerda) e a Torre de TV de Brasília; contador francês Mathias Fancozer vê semelhanças entre as capitais brasileira e francesa (Foto: Ludovic Marin/AFP e G1)A Torre Eiffel (esquerda) e a Torre de TV de Brasília; contador francês Mathias Fancozer vê semelhanças entre as capitais brasileira e francesa (Foto: Ludovic Marin/AFP e G1)
Mathias e Élodie já conheceram o Rio de Janeiro e as cataratas do Iguaçu. Os amigos, que já sonhavam em vir ao Brasil e aproveitaram a desculpa do Mundial, ficam mais um dia em Brasília e depois partem para Recife, Salvador e Belo Horizonte.

A capital também é familiar para quem vem dos Estados Unidos. Navid Rahimi trabalha no Banco Mundial em Washington (capital dos EUA) e, em apenas um dia em Brasília, encontrou muitos pontos em comum entre as duas cidades.
“Ambas são capitais políticas e, mesmo assim, não são capitais financeiras. As duas são cidades pequenas, que foram construídas para abrigar as principais instituições do país. Em Washington temos o National Mall e aqui temos o Eixo Monumental. É bastante similar”, analisa o turista de 29 anos.

A observação cultural desse apaixonado por Copa do Mundo -- ele já foi ao Mundial da África do Sul em 2010 -- logo deixa espaço para a ansiedade pelo jogo desta segunda. Navid, que nasceu no Togo, apóia a Nigéria na partida contra a França.

“Além da Argélia, é o único país africano que sobrou na Copa do Mundo. Vou torcer para eles”, diz o bancário, que ainda rasga elogios à hospitalidade brasileira. “Pelos amigos brasileiros que tenho, já esperava que seria um país acolhedor. A comida é ótima. Até agora estou curtindo muito.”
O africano Navid Rahimi, que trabalha no Banco Mundial e veio a Brasília torcer pela Nigéria contra a França (Foto: Gabriel Luiz/G1)O africano Navid Rahimi, que trabalha no Banco
Mundial e veio a Brasília torcer pela Nigéria contra
a França (Foto: Gabriel Luiz/G1)
Fora o jogo entre França e Nigéria, o Estádio Nacional já recebeu as seleções de Equador, Suíça, Colômbia, Costa do Marfim, Portugal e Gana. Na semana passada (23), a seleção brasileira também passou pelo gramado de Brasília, jogando contra Camarões. O Brasil ganhou por 4 a 1.
Jogo
As seleções de França e Nigéria jogam nesta segunda-feira (30), às 13h, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O duelo vale vaga nas quartas de final da Copa do Mundo. Quem ganhar enfrenta o vencedor de Alemanha e Argélia, confronto das 17h, no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre.
A França chegou às oitavas de final como líder do grupo E, à frente de Suíça, Equador e Honduras. A Nigéria foi a segunda classificada do grupo F, superando Bósnia-Herzegovina e Irã e fica atrás da Argentina.
É a primeira vez que as duas seleções se enfrentam em uma Copa do Mundo. França e Nigéria jogaram apenas uma vez, em um amistoso em 2009, realizado na cidade francesa de Saint-Èttiene. Na ocasião, o time africano venceu por 1 a 0.
O jogo no Mané Garrincha vai ser realizado com o mesmo esquema de segurança adotado nas outras três partidas já disputadas em Brasília na Copa do Mundo. Ao todo, 3.448 policiais vão trabalhar dentro e fora do estádio. Também haverá seguranças particulares contratados pela Fifa que vão atuar no interior da arena.
Os portões da arena serão abertos às 10h, três horas antes do início da partida. A orientação é para que os torcedores cheguem cedo, com pelo menos duas horas de antecedência, para evitar eventuais transtornos.

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