No acervo, chaveiros são da década de 70 e contam história do AP e PA.
Colecionador quer expor objetos e deseja que família continue coleção.
Coleção do funcionário público reúne cerca de dois mil chaveiros (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
Chaveiros podem ser bem mais que simples acessórios na hora de guardar
as chaves. Para o funcionário público federal Nelson Julião Santos, de
55 anos, eles representam a história de uma época. "Meus chaveiros
contam parte da história do estado do Pará e do ex-Território Federal do
Amapá. São lembranças de empresas conhecidas e até extintas desde a
década de 1970", disse o colecionador que diz contar com um acervo de
mais de 2 mil chaveiros.
Um dos chaveiros mais antigos da coleção é do
pai de Nelson Julião (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
Nelson, que nasceu no Pará e mora há 30 anos no Amapá, explica que a
coleção é uma forma de passar o tempo e de guardar recordações. Ele
lembra que começou a reunir chaveiros aos 10 anos, por influência do pai
dele.pai de Nelson Julião (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
“Em Belém, minha família tinha um comércio e meu pai ganhava muitos chaveiros, ele colocava tudo dentro de uma gavetinha. Eu achava bonito. Quando ele faleceu, minha mãe me deu a coleção dele, aumentando ainda mais a que eu já tinha”, disse.
O colecionador diz que gasta pouco porque sempre é presenteado. “O mais caro que paguei foi R$ 12. Geralmente quando meus amigos viajam, se lembram de mim e trazem alguns chaveiros porque sabem que eu vou gostar muito”, comenta, reforçando que os preferidos são os de metal.
Nelson garante que sabe de quem ganhou cada chaveiro ou quando algum está faltando. “Meus filhos nunca chegaram a bagunçar minha coleção e nem a perder muitos chaveiros. Como eu guardo todos eles, então eu conheço cada item da minha coleção e sei quando falta algum”, afirmou.
Chaveiros de metal são os preferidos pelo
colecionador (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
O colecionador tem muito cuidado com os chaveiros. Ele limpa cada item
com álcool e os coloca dentro de um saquinho plástico para conservar.
Casado, pai de três filhos e avô de três netas, o funcionário público
diz que a família nunca mexeu na coleção, mas a mulher reclama da falta
de espaço na casa onde moram.colecionador (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
“Eu me sinto parte da história do Amapá e do Pará. Eu já tentei fazer uma exposição de todos os meus chaveiros, mas a mulher reclama, acha que vai ocupar muito espaço, porque é muito chaveiro. Mas eu penso em fazer uma vitrine que vai ocupar toda uma parede”, planeja.
Sobre o futuro, ele deseja que a coleção não acabe. “Eu espero que depois que eu morrer, meus filhos ou netos continuem a coleção. Infelizmente, eles não se ligam nisso. É mais eu que tenho esse trabalho todo”, disse.
Nelson coleciona também discos de vinil e compactos, somando quase 500 unidades que ainda podem ser escutados na vitrola que guarda em casa. Ele também tem muitos selos e notas de dinheiro antigas, mas que, segundo ele, “não chegam a ser uma grande coleção”.
Parte da coleção foi herdada do pai, diz Nelson Julião (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)
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