Declaração foi em referência à morte de Maria Helena, de 4 meses de vida.
Criança estava aguardava por transferência para ser operada.
Cirurgião cardíaco Marcos Santos, durante
entrevista coletiva (Foto: Dyepeson Martins/G1)
O cirurgião cardíaco Marcos Santos disse nesta segunda-feira (26), que o
Estado não tem infraestrutura para realizar cirurgias cardíacas em
crianças. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva concedida na
Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O médico foi um dos responsáveis
pelo atendimento à Maria Helena, que morreu aos 4 meses de vida, no
sábado (24), após complicações causadas por uma cardiopatia congênita. A
bebê estava internada no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA)
havia 27 dias. Ela aguardava por tranferência para uma operação urgente
de drenagem nas veias pulmonares.entrevista coletiva (Foto: Dyepeson Martins/G1)
“O Estado não está preparado fisicamente para receber as crianças cardiopatas, mas estamos tentando implantar o projeto [de cirurgias]. Não há estrutura para operar, é um problema em todo o Brasil. Estamos enfrentando um congestionamento de crianças para fazer a cirurgia do coração e o Amapá, que ainda não tem esse tratamento de alta complexidade, enfrenta esse problema”, reforçou o cirurgião.
Pais da menina protestaram na frente da sede do
governo (Foto: John Pacheco/G1)
Na manhã desta segunda-feira, os pais de Maria Helena protestaram na
frente do Palácio do Setentrião, sede do governo do Amapá. Segundo eles,
ocorreu ‘lentidão’ no encaminhamento da menina para receber tratamento
em um hospital fora do estado. Segundo o médico Marcos Santos, Maria
Helena foi classificada como “prioridade zero” na lista de espera por
transferência.governo (Foto: John Pacheco/G1)
A diretora do Pronto Atendimento Infantil (PAI), Joelma Silva, disse que a menina foi incluída no Cadastro Nacional de Leitos no momento em que deu entrada no hospital. Joelma acrescentou que a criança apresentava estado grave de saúde desde a internação. Segundo ela, o médico "equivocou-se" ao dizer que Maria Helena era "prioridade zero" na lista de transferência.
Joelma Silva, diretora do Pronto Atendimento
Infantil (PAI) (Foto: Dyepeson Martins/G1)
“Todos os esforços que estavam à nossa disposição foram feitos, até
contatos foram realizados com vários hospitais do Brasil, mas não havia
leito disponível em Unidade de Terapia Intensiva [UTI]. ‘Prioridade
zero’ na verdade significa que o leito que estivesse vago seria da
criança”, afirmou a diretora.Infantil (PAI) (Foto: Dyepeson Martins/G1)
Tanto o médico cirurgião quanto a diretora do PAI afirmaram que a burocracia para realizar a transferência de Maria Helena é lenta e que não havia a possibilidade de agilizar o processo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário