quarta-feira, 28 de maio de 2014

Metalúrgicos da GM em São José, SP, iniciam paralisação de 24h por PLR


Em assembleia nesta terça-feira (27) os metalúrgicos aprovaram greve.
Objetivo é pedir aumento no valor da PRL; empresa ofereceu R$ 9 mil.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Funcionários da GM aderiram à paralisação nesta terça (27) (Foto: Tanda Melo/ Sindicato dops Metalúrgicos)Funcionários da GM aderiram à paralisação nesta terça (27) (Foto: Tanda Melo/ Sindicato dos Metalúrgicos)
Metalúrgicos da planta de São José dos Campos da General Motors iniciaram nesta terça-feira (27) uma paralisação de 24 horas. O objetivo da medida, aprovada em assembleia feita pelo Sindicato dos Metalúrgicos, é pedir aumento no valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A GM informou que foi "surpreendida com a paralisação arbitrária" do sindicato

Segundo o sindicato, a montadora ofereceu R$ 9 mil, mas os funcionários pedem R$ 29 mil. "Estamos em um impasse. No ano passado, ela ofereceu R$ 16 mil de PLR. A proposta que a empresa fez é pouco já que o quadro de funcionários diminuiu e o lucro aumentou. As negociações foram encerradas, por isso entramos em greve", disse Antônio Ferreira de Barros 'Macapá,' presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
De acordo com ele, os funcionários que estavam na fábrica voltaram para a casa e os do turno da tarde não devem comparecer  porque o estado de greve já havia sido aprovado nesta segunda (26).
"Nossa greve tem dois temas. Além da PLR também queremos estabilidade. A empresa abriu um PDV e cancelou as férias coletivas da Copa. Não dá pra convivermos com PDVs, um atrás do outro e não ter estabilidade", diz Macapá.
Na última sexta-feira (23), a GM abriu um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para os trabalhadores horistas da unidade de São José dos Campos. Segundo a montadora, o PDV tem como objetivo ajustar a produção à demanda do mercado.
Também pelo motivo de adequar a produção, a GM anunciou na última quarta-feira (21) que vai dar férias coletivas aos funcionários da fábrica de comerciais leves de 12 a 29 de junho e da fábrica de transmissões e CKD, de 13 a 23 de junho. A GM foi procurada, mas ainda não retornou.
Em nota, a GM informou que foi "surpreendida com a paralisação arbitrária de 24 horas imposta em seu complexo industrial". A montadora informou ainda que "nem os preceitos legais para o movimento foram respeitados".
"A GM afirma que continua empenhada em negociar um acordo viável que permita ao complexo, formado por sete fábricas, ser competitivo dentro da atual conjuntura do mercado", diz trecho da nota.
Produção
O complexo em São José dos Campos enfrenta uma crise desde 2012, quando anunciou que fecharia o Montagem de Veículos Automotores (MVA) - o setor produzia os modelos Classic, Corsa Hatch, Zafira e Meriva. Após impasse com o sindicato, o setor foi completamente fechado em dezembro de 2013. Mais de mil trabalhadores foram demitidos.

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