Local é ocupado desde a manhã de segunda-feira, 28, em Guajará-Mirim.
Manifestantes pedem, ainda, a exoneração do coordenador local do órgão.
Manifestantes pedem, ainda, a exoneração do coordenador Funai em Guajará-Mirim, RO (Foto: Dayanne Saldanha/G1)
Desde a manhã desta segunda-feira (28), índios representantes de várias
aldeias, como Capoeirinha, Bahia das Onças, Lage Velho, Guaporé, Lage
Novo e Sotério, ocupam o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai) em
Guajará-Mirim
(RO). Eles pedem a saída do coordenador órgão na cidade, construção de
escolas nas comunidades indígenas, assitência a saúde indígena e
reclamam da falta de auxílio no período da cheia.Cerca de 50 índios entraram no prédio e, pacificamente, pediram que os funcionários se retirassem do local. Uma das principais reclamações é quanto a educação dos Índios pois nas aldeias apenas o ensino fundamental é oferecido. Para concluir o ensino médio eles relatam que têm que ir, diariamente, até a cidade.
Quanto ao atual coordenador do órgão no município, Joel Oro Nao, os manifestantes alegam má gestão. “Desde que escolhemos ele [para coordenador], não tivemos acesso aos recursos, queremos transparência na gestão”, afirma o professor Milton Oro Nao, um dos líderes do movimento. De acordo com ele, os índios atingidos pela enchente na região não tiveram nenhum tipo de acompanhamento por parte do órgão. “Estamos sem agricultura após a enchente. Precisamos de cestas básicas nesse momento”, diz.
Sem prazo para desocupar o prédio, eles afirmam que só saem após terem as solicitações atendidas. Mais lideranças indígenas devem se dirigir ao município e ameaçam invadir, também, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Outra reivindicação é quanto a construção de um distrito de assistência a saúde indígena. “Queremos médicos, saúde”, pede Gilmar Augusto Oro Nao, estudante e morador da aldeia Cajueiro.
Ao G1, o coordenador da Funai no município, Joel Oro Nao, disse que não aprova a manifestação. “Protesto pacífico tem que ser do lado de fora. Invadir prédio público não é certo. Estamos todos trabalhando”, diz o coordenador.
Joel também afirma que o órgão em Brasília já foi notificado sobre o protesto. Quanto às reclamações sobre a gestão, ele afirma que são “inverdades” e cestas básicas serão entregues nas aldeias.
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