sábado, 29 de março de 2014

Autoridades alertam sobre o risco de pesca em áreas alagadas, em RO


O nível do Rio Madeira chegou 19,67 metros nesta quinta-feira.
Unidades de saúde registram casos ascendentes de doenças diarréicas.

Assem Neto Do G1 RO

Pescador retira peixes do rio na praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (Foto: Gaia Quiquiô/G1)Pescador retira peixes do rio na praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (Foto: Gaia Quiquiô/G1)
A baixa oxigenação da água, em razão da presença de microorganismos e bactérias nocivos à saúde humana, fazem as autoridades sanitárias alertarem a população de Porto Velho sobre o risco de pescar nas áreas urbanas alagadas pelo Rio Madeira. Sílvio Luiz Santos Lins, chefe da Divisão de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente,  não recomenda o consumo de peixes capturados vivos ou aqueles que aparecem mortos.
O nível do Rio Madeira continua a subir, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), a cota registrada nesta quinta-feira (27) chegou 19,67 metros, superando em mais de dois metros a marca recorde de 17,52 metros registrada em 1997. Segundo a Defesa Civil, são mais 4,6 mil famílias estão fora de suas casas em todo estado. Oficialmente nenhuma morte relacionada à cheia foi confirmada.
“Os cidadãos precisam estar atentos a problemas de saúde de toda ordem. A mistura do lixo, entulho e resíduos sólidos em fossas e privadas em grande quantidade são um fenômeno natural em época de cheia”, disse o fiscal. “São materiais orgânicos, que, para ser decompostos, demandam muito oxigênio, o que não ocorre neste momento crítico de enchentes”, complementou a bióloga Daniele Freire.
Peixes ainda vivos podem ser percados na beira do esfalto em avenida de Porto Velho. (Foto: Ana Luiza Moreira/G1)Peixes ainda vivos podem ser pescados na beira do
esfalto em avenida de Porto Velho.
(Foto: Ana Luiza Moreira/G1)
Após a confirmação de dois casos de febre tifoide, 17 de leptospirose e duas suspeitas de cólera em Porto Velho, o secretário municipal de Saúde, Domingos Sávio, refaz o alerta para que os pais proíbam os filhos de ter qualquer contato com a água contaminada do Rio Madeira.
"Há um aumento ascendente de doenças diarreicas e viroses registrados nas unidades de média complexidade. Enquanto houver alagamento, iremos conviver com esse problema. Possivelmente, com a baixa no nível do rio, teremos um diagnóstico sobre o tamanho desta tragédia toda", afirmou Domingos Sávio.
Na próxima semana, o Instituto de Pesquisa sobre Medicina Tropical Fiocruz, ligado á Universidade Federal de Rondônia (Unir), apresentará resultados de exames sobre a mortandade de alevinos, a contaminação da água nos 12 bairros alagados da capital e os riscos á saúde

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