por
Rayllanna Lima
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Aproveitando que a cidade está cheia de turistas, por conta do
Carnaval, os comerciantes aumentaram os valores de seus produtos fazendo
pesar a mão no bolso de baianos e turistas. Os lugares com preços mais
abusivos são os pontos turísticos da cidade. Produtos como acarajé,
almoço, água mineral, água de coco, entre outros, tiveram um aumento
significativo. Com esse aumento, quem sofre é o baiano.
Sendo obrigados a pagar
o mesmo valor que os turistas, os baianos reclamam dos valores abusivos
cobrados na cidade do Salvador. As reclamações vão da água ao
estacionamento. Como é o caso da dona de casa Maria Aparecida, 47, que,
para matar a sede enquanto caminhava por Ondina, parou para tomar uma
água de coco. “Está um absurdo de caro. Já cheguei a pagar R$ 1,50 em
uma água de coco, e agora me pediram R$ 3. Está mais caro que uma
passagem de ônibus, que custa R$ 2,80”, reclamou dona Maria.
Mas não são apenas os baianos que reclama dos valores cobrados
pelos comerciantes. A mineira Isabelle Fernandes, 32, informou que
esteve na Bahia
em abril desse ano, e notou uma grande diferença no preço do acarajé.
“É sempre bom vir a Salvador, mas como cidade turística, o preço das
coisas fica muito caro. Quando estive aqui, em abril, comprei um acarajé
com camarão de R$ 4, hoje no pelourinho o acarajé está de R$ 6”,
informou a turista.
Entre as principais reclamações dos turistas está o
estacionamento. “Tudo aumenta nessa época, inclusive o estacionamento.
Tivemos que pagar R$ 9 para estacionar aqui no Pelourinho”, reclamou a
gaúcha Simone Nascimento, 40. “No Dique do Tororó pagamos apenas R$ 3”, acrescentou sua amiga, também gaúcha, Camila Barbosa, 28.
Apesar das reclamações populares, os comerciantes negam que
tenham aumentado a tabela de preços por conta do Carnaval. Comerciantes,
baianas, vendedores de água de coco, todos afirmam que, durante a época
festiva, o valor de seus produtos continua o mesmo que era cobrado anteriormente.
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