quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Artesãos de Alagoas fazem arte com materiais que seriam jogados no lixo


Trata-se de uma oportunidade de ganhar a vida ajudando o meio ambiente.
Trabalhos também são bastante requisitados por arquitetos de Maceió.

Do G1 AL, com informações da TV Gazeta

Com a prática de recolher e reciclar materiais que são jogados no lixo, artistas plásticos e artesãos alagoanos criam objetos de decoração e estimulam a economia local. Esse trabalho, que conta ainda com a participação das cooperativas de reciclagem, ajuda na criação de duas novas tendências de mercado.
Para muita gente, o lixo sempre é visto como algo sem serventia e que precisa ser descartado, mas para algumas pessoas, trata-se de uma oportunidade de ganhar a vida. Há mais de dez anos, o artista plástico Percivaldo Figueiroa transforma sucata em escultura. Ele diz que todo objeto que encontra na rua, ou até mesmo na praia serve de inspiração para as obras dele.
“São poucas as coisas que eu vejo como lixo, então tudo eu tento reaproveitar. Muitas vezes eu até não consigo utilizar porque acabo ficando sem espaço. Mas sempre que vejo que posso fazer uma coisa diferente com determinado material eu o guardo”, falou Figueiroa.
O que começou como hobby, agora virou profissão. Os trabalhos de Figueiroa são bastante requisitados por arquitetos de Maceió e ele ainda usa seu talento para produzir cenários de espetáculos teatrais.
Outro artista alagoano que vive da reciclagem é Alex Lima, que tem como especialidade a fabricação de luminárias feitas com garrafas pet. "Quanto eu era criança precisava brincar, mas não tinha dinheiro para comprar brinquedos, então tudo se transformava. É preciso pensar bem antes descartar materiais no meio ambiente. Com criatividade tudo pode virar arte", explicou.
Segundo o diretor técnico do Sebrae, Ronaldo Moraes, o trabalho destes artistas com a reciclagem revelam duas novas tendências de mercado. “Uma é a economia criativa, que envolve todos os trabalhos ligados a arte, e a outra são os negócios associados ao meio ambiente, importantes para o desenvolvimento do estado”, disse.
De acordo com o Sebrae, existem quatro cooperativas de reciclagem em Maceió e, atualmente, cerca de 2 mil pessoas trabalham na cadeia da reciclagem. “Essa é uma cadeia que mostra sustentabilidade em todo o seu processo, gerando economia para todo o estado de Alagoas já que deixamos, em determinados momentos, de importar matéria-prima.

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