terça-feira, 1 de outubro de 2013

Trabalhadores em greve fazem manifestação coletiva em Belém


Correios, bancários, professores e operários param a capital nesta terça, 1°.
O trânsito foi interrompido em várias ruas, provocando congestionamentos.

Do G1 PA

Trabalhadores de diversos setores e várias entidades sindicais saíram em manifestação pelas ruas de Belém nesta terça (1°). (Foto: G1)Trabalhadores de diversos setores e várias entidades sindicais saíram em manifestação pelas ruas de Belém nesta terça (1°). (Foto: G1)
Trabalhadores dos Correios, bancários, professores da rede pública de ensino e operários estão reunidos em uma manifestação na manhã desta terça-feira (1°), em Belém. As categorias estão em greve no Pará e apresentam como pauta comum a reivindicação por melhores salários e condições de emprego. O movimento conta com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras entidades sindicais.
Os grevistas se concentraram às 10h na escadinha do cais do porto de Belém, no bairro da Campina, e de lá partiram em caminhada pela avenida Presidente Vargas, seguindo pela avenida Nazaré em direção ao Centro Integrado de Governo (CIG). Uma comissão ligada ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) espera ser recebida por representantes do Governo do Pará para discutir as reivindicações dos trabalhadores.
Com a passeata, o trânsito ficou interrompido em várias ruas transversais, provocando intenso congestionamento de veículos. Agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) estiveram em alguns pontos críticos para organizar o fluxo de carros e ônibus.
Reivindicações
Professores e servidores paralisaram as atividades no estado desde o último dia 23 de agosto. Em algumas escolas da capital paraense, as aulas estão sendo mantidas com a contratação de professores. "O governo está adotando uma postura inflexível quando resolve não discutir com a categoria questões importantes, como a gestão democrática nas escolas, a falta de fiscalização nas obras dos prédios escolares que estão em ruínas, os salários dos professores e a mudança na jornada de trabalho", explica Maurílio Estumano, coordenador geral do Sintepp em Belém.
Grupo de manifestantes espera ser recebido por autoridades do Governo do Pará no prédio do CIG. (Foto: G1)Grupo de manifestantes espera ser recebido por
autoridades do Governo do Pará no prédio do CIG.
(Foto: G1)
Uma rodada de negociações foi proposta na tarde da última segunda-feira (30), mas foi remarcada para a tarde desta terça-feira, na Secretaria de Estado de Administração (Sead). Os professores afirmam estarem insatisfeitos com o que vem sendo apresentado pelo Governo. "Nos foi sugerido como proposta a criação de um projeto de lei a ser apresentado na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) para resolver a questão da jornada de trabalho. Mas isso não faz sentido, o próprio Governo demonstra total desconhecimento sobre a matéria e fez uma grande mistura entre horas suplementares, hora-atividade", complementa Estumano.
De acordo com Paulo André Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Estado do Pará (Sincort/PA), a categoria aderiu ao protesto para tornar públicos os problemas que enfrenta. "Não há investimento em segurança, e quem sofre com isso são os trabalhadores, seja nas ruas, entregando correspondência ou dentro das agências dos Correios, que frequentemente são assaltadas. A  política do governo de transferir policiais militares para trabalhar como agentes de trânsito aumenta ainda mais essa insegurança”, afirma.
Os bancários também participaram da passeata coletiva e pararam em frente a diversas agências localizadas ao longo da avenida Presidente Vargas para explicar à população os motivos da greve, que no Pará, entra no 13° dia nesta terça. "A Federação Nacional dos Bancos não está disposta a negociar com os bancários. Até agora, ocorreu apenas uma rodada de negociação, que não avançou, pois eles não abrem mão do reajuste de 6,1%, contra os 11,93% que a categoria reivindica", esclareceu Allan Thomaz, responsável pela comunicação do sindicato.
"Sem a apresentação de uma proposta que traga avanços nesse sentido, a categoria seguirá em greve por tempo indeterminado”, frisou a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.
Segundo o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, trabalhadores de 382 agências de bancos públicos e privados cruzaram os braços no estado desde o último dia 19 de setembro, em adesão à greve nacional da categoria.

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