segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Escola de Guajará-Mirim, RO, mantém estrutura desde 1940


Prédio abrigava o Clube Colombina, que também tinha um cinema.
'Está tudo inteiro ainda', diz a vice-diretora Luciana dos Santos Ocampo.

Leile Ribeiro Do G1 RO

Arquitetura da escola tem estilo barroco (Foto: Leile Ribeiro/G1)Arquitetura da escola tem estilo barroco (Foto: Leile Ribeiro/G1)
O prédio da Escola Estadual Durvalina Estilbem de Oliveira chama a atenção de quem passa pelo centro de Guajará-Mirim (RO). A estrutura que foi construída em 1940 e é mantida até os dias atuais com estilo barroco e aplicações de afrescos em cerâmica pintados à mão.
Mais de 400 alunos do ensino fundamental estudam na escola atualmente. A diretora Cecília de Oliveira Cavalcante conta que, com a participação dos estudantes, a escola elaborou uma biografia sobre o local com relatos de historiadores e moradores antigos da cidade. “Primeiro o prédio abrigava o Clube Colombina, que tinha um cinema também. Com a decadência do comércio da borracha, o espaço foi transformando em um hotel chamado Guajará, o primeiro do município, onde ficavam hospedadas as pessoas influentes”, explica a diretora.
Afrescos de cerâmica foram pintados a mão (Foto: Leile Ribeiro/G1)Afrescos de cerâmica foram pintados a mão
(Foto: Leile Ribeiro/G1)
Cecília conta que, com o fechamento do hotel, o prédio ficou abandonado por um longo período, mas em 1983, o então governador Jorge Teixeira de Oliveira, resolveu transformar o prédio em escola e os quartos do hotel viraram salas de aula. O nome foi escolhido em homenagem a mãe dele, que era professora.
“A escola foi inaugurada em 1984 quando eram oferecidos o ensino fundamental e cursos de magistério. De 1988 a 1999, algumas salas de aula foram cedidas para cursos da Universidade Federal de Rondônia [Unir], onde se formaram muitos professores da nossa cidade, inclusive eu”, relembra a diretora.
Cecília e a vice-diretora, Luciana dos Santos Ocampo, estudaram na instituição de ensino e se orgulham disso. “É impressionante a qualidade do material de construção da época, está tudo inteiro ainda. E eu fico feliz de fazer parte de toda essa história, me sinto orgulhosa”, afirma Luciana.
Um orgulho passado também para os alunos. “É maravilhoso estudar em uma escola que faz parte da história do município, é um motivo a mais para aprender História de Rondônia”, diz a estudante Flávia Soares Cajareco, de 12 anos, que cursa o 6º ano do ensino fundamental na escola.
“Vamos fazer de tudo para manter a estrutura da escola por muitos e muitos anos, garante a diretora Cecília.

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