Para 78% dos entrevistados, os valores cobrados foram considerados 'ruins' ou 'muito ruins'
ROBERTA PENNAFORT - Agência Estado
RIO - O preço da alimentação nos estádios foi a principal reclamação de quem esteve nas seis sedes da Copa das Confederações
para assistir aos jogos, conforme pesquisa encomendada à Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas pelo Ministério do Turismo. Os valores
cobrados foram considerados "ruins" ou "muito ruins" por 78% das
pessoas ouvidas nas perguntas induzidas (com opções de resposta). Outros
itens citados como negativos, estes na pesquisa espontânea (em aberto),
foram as condições dos estádios (citadas por 8,2% dos entrevistados), o
trânsito (7,8%), a acessibilidade (6%), a sinalização da cidade
visitada (5,3%) e a organização do evento (4,6%).
Nilton Fukuda/Estadão
Pesquisa ouviu torcedores brasileiros e estrangeiros
Foram ouvidos tanto brasileiros como estrangeiros, nos aeroportos, arenas, hotéis e pontos de retiradas de ingressos, num total de dez mil pessoas entrevistadas. Apenas um quinto dos resultados havia sido computado até a tarde desta quarta-feira. Os números, considerados preliminares (o consolidado só sairá no fim do mês), nortearão iniciativas com vistas à Copa do Mundo de 2014 - o material será enviado à Fifa.
Os turistas estrangeiros, a maioria (47,2%) com ingressos nas áreas mais caras dos estádios, permaneceram em média 14 noites no Brasil e elogiaram os serviços de táxi (83,1% consideraram bons), limpeza pública (78,3%), segurança (71,7%), sinalização turística (62,9%) e telecomunicações e internet (53,6%).
Restaurantes, opções de diversão noturna e alojamentos também tiveram avaliação positiva. Já os serviços bancários foram considerados insatisfatórios por 28,8% dos entrevistados e o atendimento em idiomas estrangeiros, por 43,4% deles.
"A pesquisa produziu resultados que serão trabalhados para a Copa e para sempre, pois turismo é todo dia. Muita coisa vai dar para fazer no curto prazo", avaliou o diretor do departamento de estudos e pesquisas do ministério, José Francisco Salles Lopes. "Todo grande evento é um desafio, em qualquer setor, e mesmo os pontos considerados positivos podem ser melhorados."
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