Presidente da Bolívia foi proibido de aterrissar em Portugal para uma escala e impedido de entrar no espaço aéreo francês
Rafael Moraes Moura - Agência Estado
Em nota divulgada nesta quarta-feira, a presidente Dilma
Rousseff expressou "indignação e repúdio ao constrangimento imposto ao
presidente Evo Morales por alguns países europeus, que impediram o
sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo". Para
Dilma, o "constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia,
mas a toda América Latina" e "compromete o diálogo entre os dois
continentes e possíveis negociações entre eles".
Andre Dusek/AE
"O noticiado pretexto dessa atitude inaceitável - a suposta presença de Edward Snowden no avião do Presidente -, além de fantasiosa, é grave desrespeito ao Direito e às práticas internacionais e às normas civilizadas de convivência entre as nações. Acarretou, o que é mais grave, risco de vida para o dirigente boliviano e seus colaboradores", diz a nota.
A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deve fazer uma reunião extraordinária nesta quinta-feira, 4, para tratar do assunto. O governo brasileiro deverá ser representado pelo secretário-geral do Itamaraty, Eduardo Santos - a presidente Dilma Rousseff cumpre agenda amanhã em Salvador, para lançar o Plano Safra do Semiárido.
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