Palmas, Araguaína e Gurupi são locais de protestos.
Profissionais da saúde pedem melhorias para o SUS.
Médicos fazem manifestação pelas ruas de Palmas (Foto: Aurielly Painkow/CRM-TO)
Cerca de 500 pessoas, entre médicos e estudantes, saíram às ruas de Palmas
(TO) na manhã desta quarta-feira (3) para prostetar contra o
sucateamento do Sistema Único de Saúde (SUS), o financiamento da saúde
por parte do governo federal e a revalidação de diplomas de medicina
obtidos no exterior.
Manifetantes dão abraço no hospital geral de Palmas
(Foto: Aurielly Painkow/CRM-TO)
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Tocantins, Nemésio
Tomasella, diz que o SUS é o maior plano de saúde existente no Brasil e
que todos os médicos o defendem "mas, nas condições atuais, não podemos
dar bom atendimento ao paciente."(Foto: Aurielly Painkow/CRM-TO)
Ele lembra ainda que é preciso voltar ao congresso a PEC 29, que determina os recursos a serem repassados para a saúde, pelos governos estadual, municipal e federal. "Queremos que 10% da receita bruta do governo federal fique para a saúde", ressalta, lembrando que a medida foi aprovada somente com os repasses para as gestões estadual e municipal.
Em relação ao Revalida, que possibilita a atuação de médicos estrangeiros no Brasil, o presidente diz que "o governo está querendo burlar o que ele mesmo determinou."
Na porta do hospital regional de Gurupi os médicos pediram melhores condições de trabalho. Os profissionais levaram cartazes que pedem mais investimentos na saúde e a exigência do Revalida para médicos estrangeiros poderem atuar no país. As melhorias no Sistema Único de Saúde foi outra reivindicação. A manifestação é pacífica.
Gurupi, a terceira maior cidade do estado, conta com 86 médicos cadastrados no Conselho Regional de Medicina, número considera insuficiente pelos profissionais da área. Mas eles afirmam que o principal motivo para a falta de médicos são as péssimas condições de trabalho oferecida nos hospitais.
Araguaína
Em Araguaína, no norte do estado, cerca de 30 profissionais da saúde cruzaram os braços em frente ao hospital regional do município. Com faixas pretas, eles aderiram à paralisação nacional e afirmaram que não são contra os profissionais estrangeiros, mas querem que eles cumpram a lei da mesma forma que os brasileiros. Além disso, eles protestaram pela falta de segurança da profissão, levando em conta que muitos trabalham na rede pública, sem contratos e sem garantias. Em Araguaína, atuam cerca de 300 médicos.
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