Um dos tipos mais comum entre os piauienses é o de pele.
Três tipos de câncer de pele são mais comuns no Brasil.
Aos 77 anos o aposentado que preferiu se identificar apenas como Edgar sofre as consequências da exposição excessiva ao sol. De acordo com ele, começou a trabalhar na roça com os pais quando tinha apenas sete anos, sem qualquer proteção enfrentou altas temperaturas também no garimpo e há 20 anos foi diagnosticado com câncer de pele. “No início coçava muito, mas eu não achava que fosse nada demais, depois começou a sair manchas na pele”, disse.
As primeiras lesões foram retiradas através de cirurgia e o tratamento teria que ser acompanhado de radioterapia, mas o aposentado abandonou logo nas primeiras sessões. As lesões se agravaram e ele foi trazido para Teresina pela família. Segundo Dileusa Rodrigues, filha o aposentado, não foi atendido por conta do aparelho que está sem funcionar. “Como é que um hospital que é referencia no Nordeste nesse tipo de doença estão investindo na compra de equipamentos ou pelo menos na manutenção dos mesmos?”, interrogou.
O que torna o caso do aposentado mais grave é que o hospital São Marcos é o único credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer tratamento de câncer em Teresina à dispor do aparelho de radioterapia, com o equipamento sem funcionar Edgar e outros pacientes com a doença em estágio avançado deixam de receber o tratamento que possa lhes dar maior tempo de vida.
De acordo com a dermatologista Sheila Castelo Branco, três tipos de câncer de pele são mais comuns no Brasil e em todos existem boas chances de cura com o diagnóstico precoce e quando o estágio é avançado, a radioterapia é a única opção de cura. “Isso é imprescindível para o paciente, porque a radioterapia vai diminuir ou curar totalmente as lesões aumentando a sobrevida do paciente, mas principalmente com qualidade de vida”, explicou.
Segundo o hospital São Marcos o equipamento de radioterapia está em manutenção de rotina e deve voltar a funcionar até o fim desta semana.
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