Rio e Brasília também terão web móvel em táxis; em Salvador, já são 200.
Cerca de 10% da frota paulistana deve ser conectada para a Copa de 2014.
Tablet instalado em táxis de SP funciona como roteador; na tela, o aplicativo Waze funcionando. (Foto: Helton Simões Gomes/G1)
Os táxis de São Paulo estão virando pontos ambulantes de acesso à
internet via wi-fi. Um projeto, já em andamento, prevê que cerca de 10%
da frota paulistana esteja conectada na para a Copa do Mundo de 2014.
Salvador, Rio de Janeiro e Brasília também fazem parte do projeto.A iniciativa, anunciada em 17 de maio, começou com dez carros. Os veículos são equipados com tablets instalados nas costas do encosto do banco do carona. O aparelho pode ser utilizado pelos passageiros, mas também funciona como roteador.
Gratuito aos passageiros, o acesso à internet móvel é feito por meio de senha e dura 15 minutos. Ao final do período, a conexão pode ser renovada. A velocidade é de 5 megabits por segundo (Mbps), diz o taxista Marcos Tadeu Mendes Peixoto, diretor do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi do Município de São Paulo (Simtetaxis).
Em junho, o número de táxis equipados subirá para 500 e, até a Copa do Mundo, que começa em junho de 2014, serão 3,5 mil. A frota de São Paulo tem 33,8 mil veículos.
Tablet
instalado em táxis de SP funciona como roteador; na tela, o aplicativo
da SPTuris, que mostra pontos turísticos da cidade. (Foto: Helton Simões
Gomes/G1)
Segundo a Comtecno, empresa baiana responsável pelo projeto, Salvador
já possui 200 táxis rodando com wi-fi. Até a Copa, serão 500. De acordo
com João Carlos Passos, diretor comercial da companhia, até 2014, o Rio
de Janeiro terá 2 mil veículos e Brasília, 700.“A prioridade são essas cidades porque tem maior demanda e são os principais portões de entrada de turistas. Mas não descartamos outras cidades”, afirmou Passos ao G1. Os veículos que possuírem o equipamento serão identificados com o adesivo oficial da Copa do Mundo.
Google Tradutor e Waze
“Vai proporcionar um melhor serviço para aquele passageiro que não sabe falar nossa língua, pois o tablet pode funcionar como um tradutor”, disse Daniel Teles, diretor do Departamento de Transporte de Passageiros de São Paulo.
“Agora, o taxista vai poder pegar japonês, chinês e até coreano”, comentou o taxista Vanderlei Machado. Tanto Teles quanto Peixoto se referem ao aplicativo Google Tradutor, instalado no tablet e ao qual os passageiros terão acesso.
Segundo Passos, há negociações para incluir outros serviços da empresa, como o Maps, e já está fechada a entrada de “outro tradutor de idioma, mais completo, com frases inteiras pré-determinadas”.
Na avaliação da entidade dos taxistas, a iniciativa também tem a função de melhorar a imagem do Brasil perante estrangeiros. “O primeiro contato com que as pessoas de fora têm é com o taxista”, afirmou Euclésio Capelato, o “Neno”, secretário-geral do Simtetaxis.
O aparelho já conta com o Waze, uma rede social de sugestão de itinerários e informações do trânsito, e com aplicativos de notícias como o do UOL.
A Comtecno venceu uma chamada pública sobre projetos voltados para a Copa, do ministério do Esporte. Com isso, foi liberada para captar patrocinadores e negociar com as prefeituras. Segundo Passos, “estão buscando primeiro os patrocinadores da Copa”. As empresas poderão exibir publicidade na plataforma.
Na versão paulista do projeto, a SPturis (secretaria de turismo paulistana) promove pontos turísticos da cidade por meio de um aplicativo. Além de listar aos passageiros os lugares da cidade por categoria, como restaurantes e locais GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), o app identificará os pontos turísticos paulistanos e mostrará informações na tela do tablet.
Segundo a empresa responsável pelo projeto, a Comtecno, a instalação dos aparelhos custa R$ 300 por táxi, além de um valor mensal entre R$ 200 e R$ 250 para custear a conexão 3G e amortização do aparelho.
Os táxis equipados com tablet e wi-fi terão o adesivo oficial da Copa do Mundo da Fifa afixado. (Foto: Helton Simões Gomes/G1)
Aeroporto e hotéisO plano da Comtecno é criar uma rede de informação turística para estrangeiros, do qual os táxis são só o começo. Aeroportos e hotéis farão parte das próximas investidas.
Já começou com o terminal de Guarulhos, em São Paulo, em que foi instalado 30 totens com conexão wi-fi que exibam informações turísticas sobre a cidade. De acordo com o executivo da empresa, João Carlos Passos, as negociações para levar as instalações ao Aeroporto Internacional de Brasília já estão avançadas. O Galeão, no Rio, é o próximo passo.
Em Salvador, a rede de informação já está presente em 22 hotéis –serão 50 até 2014, estima Passos. Os planos são de levar a 100 estabelecimentos de hospedagem em São Paulo, 100, no Rio, e 50, em Brasília.
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