Câmeras exibem para Dilma imagens em tempo real de 12 hospitais
Presidente vê no computador pessoal imagens dos setores de emergência.
Ela já mandou eliminar goteira de corredor e dar atendimento a paciente.
Setor do Hospital de Base de Brasília monitorado por câmeras das quais Dilma recebe imagens (Foto: Priscilla Mendes/G1)
Mais de um ano após prometer que monitoraria “tintim por tintim”
o atendimento dos maiores hospitais públicos brasileiros por meio de
imagens de vídeo, a presidente Dilma Rousseff dispõe atualmente de
câmeras que registram o movimento do setor de emergência de 12
hospitais.De acordo com o Ministério da Saúde, em cada um dos hospitais monitorados há duas câmeras no setor de emergência - uma no atendimento e outra na sala de acolhimento.
Durante pronunciamento por ocasião do Dia das Mães, em maio de 2012, Dilma prometeu que mandaria instalar no seu próprio gabinete monitores de vídeo que mostrariam em tempo real, 24 horas por dia, o andamento dos atendimentos nos maiores hospitais públicos do país.
OS HOSPITAIS MONITORADOS POR DILMA |
|
---|---|
Hospital |
Local |
Miguel Couto |
RJ |
Albert Schweitzer |
RJ |
Hospital de Base |
DF |
Santa Marcelina |
SP |
Santa Casa |
SP |
Hospital da Restauração |
PE |
João 23 |
MG |
Instituto Jose Frota |
CE |
Roberto Santos |
BA |
Hospital de Urgências |
GO |
Nossa Senhora da Conceição |
RS |
Metropolitano de Urgências e Emergências |
PA |
Fonte: Ministério da Saúde |
O sistema foi apresentado a Dilma oito meses depois, em janeiro deste ano, de acordo com assessoria do Planalto, mas nenhum monitor foi instalado porque ela tem acesso aos vídeos em tempo real pelo seu próprio computador, que foi preparado para receber as imagens.
Segundo apurou o G1, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já foi acionado pelo menos duas vezes depois de a presidente flagrar situações das quais não gostou.
Foi o caso do Hospital de Base de Brasília, onde Dilma viu um balde no meio do corredor da emergência e telefonou para saber do que se tratava. O ministro explicou que era uma goteira, e Dilma mandou tomar providências para o conserto.
A presidente também cobrou explicações do ministro sobre uma mulher que estava havia horas sentada em uma cadeira de rodas no pronto-socorro do Hospital Nossa Senhora da Conceição, no Rio Grande do Sul. Padilha teve de acionar o hospital para agilizar o tratamento da paciente.
Embora os hospitais escolhidos sejam os maiores do país, todos com mais de 200 leitos, apenas duas câmeras realizam o monitoramento em emergências, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Não há câmeras nos corredores dos hospitais, por exemplo, nem nas enfermarias.
O monitoramento é uma das ações do programa SOS Emergência, do Ministério da Saúde, lançado em novembro de 2011. Além de Dilma, o ministro da Saúde e gestores da pasta têm acesso às imagens. Equipes de segurança e de administração dos hospitais e das prefeituras também são autorizados.
As imagens, de acordo com o ministério, servem para “induzir mudanças nos processos de atendimento, como acomodações desconfortáveis e tempo de espera prolongado”.
Em um ano e meio de vigência, o programa alcançou 12 hospitais, mas a meta do governo é incluir outros 18 até o fim do ano, de acordo com o ministério. Até 2014, a previsão é de 40 unidades no SOS Emergência.
A atual rede de 24 câmeras será ampliada, segundo informou o Palácio do Planalto, porque os 12 hospitais receberão mais 96 câmeras a partir de julho.
A assessoria da Presidência informou que o monitoramento dos 18 prontos-socorros que serão incluídos no programa já será inaugurado com dez câmeras em cada hospital. Assim, o governo promete que, até o final do ano, mais 196 câmeras.
Dos hospitais que receberam as duas câmeras de monitoramento, a maior parte (cinco unidades) está na região Sudeste. Dois hospitais estão no Centro-oeste, três no Nordeste, um no Sul e um no Norte.
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