terça-feira, 28 de maio de 2013

Em MG, agricultores estão satisfeitos com o preço da tangerina ponkan


Frutos garantem o perfume nos pomares de Tocantins, em Minas Gerais.
Colheita começou em abril e segue até julho.

Do Globo Rural

Os pés de tangerina estão bem amarelados, vistosos. É tanta fruta que Oziel Alves sai do Rio de Janeiro duas vezes por semana para ir até Tocantins, na Zona da Mata Mineira, para comprar, em média, 600 caixas de tangerina ponkan. Ele trabalha para uma empresa que vende a fruta em feiras e em pontos de rodovias no interior do Rio de Janeiro e no Espírito Santo. "Quanto maior, mais doce a fruta. O pessoal gosta da casca lisa e mais bonita, aí a venda é garantida", diz.
O padrão que o mercado quer é de tangerina com 350 gramas, nem tão grande, nem tão pequena e com gosto de mel. De acordo com o técnico em agropecuária da Emater, José Domingos Telles, um dos motivos para o sucesso da atividade está nas condições climáticas. “O choque térmico, quente de dia e frio à noite, favorece a transformação dos açúcares no fruto”, explica.
A caixa de 20 quilos começou cotada em R$ 24 e agora está na casa dos R$ 12.
O agricultor Abel Abrantes entrou com a fruta mais cedo no mercado para ter um preço melhor e chegou a receber mais de R$ 20 pela caixa de 20 quilos. Hoje, mesmo com o valor entre R$ 12 e R$ 13 ele diz estar bem satisfeito.
O município de Tocantins produz, por ano, cerca de oito mil toneladas de tangerina ponkan. Cerca de 120 agricultores familiares estão envolvidos com a fruta no município, mas agora na safra existe a necessidade de contratar diaristas. A renda é de R$ 50 por dia no trabalho que requer habilidade.

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