segunda-feira, 1 de abril de 2013

Arquivos do extinto Deops são colocados na internet

Cerca de 1 milhão de páginas do órgão de repressão foram digitalizadas.
Digitalização levou 2 anos para ser finalizada e custou mais de R$ 400 mil.

Do G1 São Paulo
Página com documentos do Deops entrou no ar nesta segunda-feira (Foto: Reprodução/Arquivo Público de SP)Página com documentos do Deops entrou no ar
nesta segunda (Foto: Reprodução/Arquivo Público)
Os arquivos e prontuários do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops) foram colocados na internet para consulta pública nesta segunda-feira (1º). O material foi disponibilizado pelo Arquivo Público de São Paulo.
Ao todo, foram digitalizados cerca de 1 milhão de páginas de documentação pela Associação dos Amigos do Arquivo Público de São Paulo em parceria com o projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. O Deops foi um dos órgãos de repressão política e cultural mais importante do país.

O lançamento oficial da página com os arquivos do Deops está prevista para as 10h30 desta segunda-feira, no Arquivo Público de São Paulo. Deverão participar do lançamento da página na internet o presidente da Comissão de Anistia e Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do atual coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Paulo Sérgio Pinheiro.
A digitalização dos documentos levou dois anos para ser finalizada. Para realização do projeto, a Comissão de Anistia transferiu mais de R$ 400 mil à Associação de Amigos do Arquivo.
Histórico
O Deops foi criado em 1924 e funcionou até 1983. O órgão tinha como objetivo prevenir e reprimir delitos considerados de ordem política e social contra a segurança do Estado. Para isso, monitorava as atividades de pessoas e grupos considerados potencialmente perigosos à ordem vigente. O Deops foi criado na década de 1920 em função de mobilizações políticas no Brasil, como greves trabalhistas, a formação do Partido Comunista do Brasil (PCB) e o movimento tenentista. O órgão, entretanto, ganhou maior visibilidade durante a ditadura militar.

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