segunda-feira, 1 de abril de 2013

Agência agropecuária tenta impedir avanço de praga em lavouras de RR


Focos da mosca da carambola foram registrados em municípios do estado.
Produtores estão impedidos de exportar mais de 15 espécies de frutas.

Do Globo Rural

A Agência de Defesa Agropecuária de Roraima está montando barreiras sanitárias para evitar que a mosca da carambola, um inseto que ataca as plantações de frutas, se espalhe pela região Norte. A praga impede a venda da produção para outros estados.
Há mais de dois anos, os produtores do estado estão impedidos de exportar mais de 15 espécies de frutas consideradas hospedeiras da praga. Os focos da mosca da carambola, que tem o nome científico de bactrocera carambolae, foram registrados nos municípios de Normandia e Uiramutã, na região norte de Roraima.
Em um dos maiores produtores de manga do estado, com 15 mil pés da fruta em 75 hectares, 30% das mangas produzidas são aproveitadas localmente. O restante é descartado. Mesmo sem nenhuma incidência da praga na área o produtor está proibido de exportar a fruta. "Nós temos cerca de 500 toneladas de manga para ser colhida. Essas mangas poderiam está gerando 80 empregos na colheita e mais de R$ 1 milhão na venda disso. Existem outros produtores que poderiam está plantando, outros que poderiam está colhendo, tornando isso uma economia para o nosso estado”, diz o agricultor Airton Cascavel.
O prejuízo para a fruticultura no estado não foi maior porque o governo comprou algumas produções por meio do Programa de Aquisição de Alimentos. Para evitar que a praga se espalhe, A Agência de Defesa Agropecuária está montando barreiras fitossanitárias. Quatro já foram instaladas. Falta apenas uma na reserva indígena Raposa Serra do Sol, na região do Surumu, que depende de autorização do Conselho Indígena.
Os veículos que saem das áreas de risco são fiscalizados e as frutas hospedeiras são apreendidas. Com a conclusão de todas as barreiras, a agência agropecuária do estado irá vistoriar as produções que ficam fora das áreas de incidência e enviar um relatório para o Ministério da Agricultura. Após a avaliação, Roraima poderá voltar a exportar frutas.

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