Problema nas lavouras de cana-de-açúcar é a pouca chuva no início do ano.
A produção este ano deve ter 360 mil toneladas a menos.
Onde hoje se vê gado e pastagem, há 30 anos o cenário era bem diferente. Segundo o agricultor Fernando de Sousa, antes era possível colher 40 mil toneladas de cana e hoje são apenas 4 mil. Das 16 usinas, não sobrou nenhuma. O baixo preço da cana desanimou os produtores de Guriri, na zona rural de Campos e os poucos que insistiram no negócio amargam ainda mais prejuízos por causa da seca que assolou a região nos últimos três meses.
O sucesso da lavoura de cana depende muito do bom volume de chuva nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Por isso, a chuva dos últimos dias apenas amenizou a situação de seca.
Atrasar a colheita pode ser uma solução para diminuir as perdas, segundo o meteorologista José Carlos Mendonça, que desenvolveu um levantamento sobre a seca em Campos nos últimos três anos. Segundo ele, na entressafra, quando acontece o plantio da cana, há vários períodos em que a chuva ficou abaixo do limite crítico.
O secretário de agricultura de Campos não tem dúvidas e afirma que a estiagem dos últimos meses vai provocar a pior safra da história. Apesar de ainda ter esperança de uma colheita produtiva. A colheita da cana, que começaria em maio, foi adiada para junho por causa da seca. A produção este ano deve ser 20% menor que a do ano passado, o que significa cerca de 360 mil toneladas a menos.
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