Ortopedistas paralisaram os atendimentos no Deoclécio Marques.
Situação sobrecarrega o principal hospital do RN, admitiu o secretário.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, a maioria dos médicos que compõe a escala de plantão do Hospital Deoclécio Maques são contratados por meio de uma cooperativa, cujo contrato vence na segunda-feira (1º) e ainda não foi renovado. Por isso, os médicos decidiram suspender novos atendimentos, uma vez que na segunda não poderiam dar continuidade ao tratamento. Dessa forma, até a renovação dos contratos os atendimentos serão direcionados para o Walfredo Gurgel.
"Isso vai sobrecarregar o Walfredo Gurgel, que já é sobrecarregado. Por isso, a necessidade de ser célere na renovação do contrato com a Coopmed", defendeu Luiz Roberto Fonseca, secretário estadual de Saúde. "Na segunda ainda não conseguiremos renovar o contrato, mas esperamos conseguir no decorrer da semana", completou o secretário.
Sem atendimento especializado em Santo Antônio, a 70 quilômetros de Natal, pai e filho saíram de Santo Antônio para uma urgência ortopédica no hospital Deoclécio Marques. Mas chegando na unidade, se depararam mais uma vez com a falta de atendimento. "Estou aqui com muita dor no braço, mas disseram que eu tenho que procurar outra unidade. E eu fico sem saber se lá também não vai prestar", disse Sidirley Basílio, estudante. "A gente veio para cá encaminhado pela Secretária de Saúde da nossa cidade. E chegando aqui é a mesma situação, também sem atendimento", completou o agricultor Sivenaldo Basílio.
Imagens de feitas com um celular revelam a situação dentro da unidade - corredores repletos de macas. Do lado de fora, mais gente em busca de atendimento. Uma idosa teve que voltar para casa com muitas dores nas pernas. "Se tem um hospital é para atender as pessoas. E não estão atendendo. Nada feito. Disseram que não podem atender", lamentou a aposentada Sebastiana Gondim.
"Eu com uma fratura no braço e outra na clavícula, tive que passar a noite sentado porque não tinha leito. O médico passou uma medicação e mandou eu voltar pra casa. Lá dentro está lotado, cheio de macas pelos corredores. Com certeza o atendimentos dos outros deve ter sido assim como o meu", reclamou o agricultor.
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